Museu Hermitage

Impossível ir a São Petersburgo e não visitar o Museu Hermitage. A sua atração mais importante, ouso dizer que fui a cidade por causa dele, para mim era um sonho conhecer.

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A construção do prédio principal, o Palácio de Inverno, ocorreu entre 1754 a 1762 por ordem da Imperatriz Elizabeth, filha de Pedro, o Grande, e foi a residência oficial dos czares. Em estilo rococó, nas cores verde e branco, Catarina, a Grande foi a primeira czarina a ocupá-lo. Fica as margens do Rio Neva, possui 1786 portas, 1945 janelas e 460 aposentos.

Em 1764 a czarina Catarina II adquiriu 225 pinturas flamengas e alemãs dando início a coleção, mas o museu só foi aberto ao público em 1852.

O museu possui no total 10 edifícios, sendo que 6 deles podem ser visitados, entre eles: o Grande Hermitage, o Pequeno Hermitage, o Novo Hermitage, o Teatro Hermitage e o Palácio do Estado Maior (impressionistas e arte contemporânea). Este último eu não visitei.

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Fiz um grand tour guiado com Nádia (@passeio.petersburgo) e fiquei extasiada. Já comentei aqui São Petersburgo – Parte I que fui em agosto e a cidade estava lotada de turistas, no museu não foi diferente. Então tem que ter muita calma e paciência para conseguir ver e principalmente fotografar. A “sorte” é que a maioria dos turistas faz o tour curto, para ver só as principais obras, assim em muitas salas que visitei estava bem tranquilo.

O Museu Hermitage possui 1.000 salas e conta com 3 milhões de peças no seu acervo. Possui a maior coleção de pinturas do mundo. Em tamanho só perde para o Louvre, em Paris.

Os edifícios são interligados, só por informação da guia é que eu sabia em qual parte estava. Começamos pelo Palácio de Inverno com a visita a Capela.

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As salas e corredores são espetaculares, é o tipo de museu que a sua arquitetura concorre em importância e beleza com o próprio acervo.

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O Armorial Hall, um salão para cerimônias oficiais e concertos.

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St. George’s Hall, a Grande Sala do Trono

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E a atração mais visitada de todo o museu: Peacock clock – o Relógio de Pavão. Adquirido por Catarina, a Grande, em 1781 é uma peça incrível com pássaros de tamanho real. O relógio funciona até hoje, mas para preservá-lo só em dias específicos é colocado em funcionamento. Ao seu lado tem um telão com vídeo que mostra ele em ação. É lindo demais!

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Não me perguntem como eu consegui fazer essas fotos, porque simplesmente deveria ter uns 3.759.653 asiáticos em frente ao relógio. E um batedor de carteira também, depois avisaram.

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Sentiram o drama para chegar em uma obra famosa?

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Cheguei!!!  Obra de Leonardo da Vinci – La Madonna Benois (Virgem com o menino Jesus) de 1478-1482.

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E Madonna Litta, também de Leonardo da Vinci de 1490.

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Mais salas e corredores espetaculares pelo trajeto

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O Corredor de Rafael, cópia fiel dos afrescos de Rafael que se encontram no Palácio Papal no Vaticano. Realizado por artistas italianos por ordem de Catarina II em 1780.

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Salão das Pinturas Italiana e Espanhola, decorado com vasos e lampadários de malaquita e lapis-lazuli

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Cavalos do Czar originais

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O tamanho dos vasos, mesas, comparado com a altura das pessoas é impressionante

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Salão Dourado e Estúdio Carmesim

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Biblioteca do Czar Nicolau II

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Mais aposentos, onde o foco é o mobiliário

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E chegamos na Escadaria Jordan, a entrada do Palácio de Inverno onde os convidados para recepções e funções de estado passavam. Aqui enfrentamos mais uma da série: Expectativa X Realidade. Queria uma foto minha nessa escada maravilhosa, me sentindo a própria convidada de honra do Czar e o que eu consegui:

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Eu no meio de 5.862.692 chineses! É de chorar!

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Dica: quer uma foto sozinho na escadaria? Vá em janeiro! Você corre o risco de morrer congelado, mas pelo menos tem uma foto exclusiva, vale a pena!

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O teto da Escadaria Jordan

E por fim, para compensar, quando cheguei na sala do Vaso Kolyvan estava quase vazia, um espanto! O vaso foi encomendado pelo Czar Nicolau I em 1828. Foi feito de um bloco único de Jaspe Verde  e levou 14 anos para ser lapidado. Tem 2,5 metros de altura, eixo de 4,5 metros e pesa 19 toneladas. A sala só foi concluída depois da colocação do vaso, porque seria impossível para ele entrar. A origem de seu nome é a cidade siberiana de Kolyvan de onde a pedra foi extraída.

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Visitei o museu em aproximadamente 4,5 horas. Foi tempo suficiente para conhecer os seus aposentos e peças importantes, mais outros não tão concorridos. Como contratei serviço de guia ela comprou o ingresso antecipadamente e não peguei fila para entrar. Claro que é perfeitamente possível visitar o museu sozinho, mas o serviço de guia ajuda a entrar mais rápido e fazer o roteiro em um trajeto lógico, coisa que nem sempre conseguimos sozinhos. O tempo rende.

No dia anterior, passeando pela praça do museu fiz algumas fotos. Abaixo com a coluna de Alexandre, em homenagem ao Czar Alexandre I, que reinou de 1801 a 1825. Inaugurada em 1834, possui 48 metros de altura.

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A fachada do Pequeno Hermitage

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E o Palácio do Estado Maior, do outro lado da praça e faz parte do complexo do Hermitage.

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Depois do museu almoçamos ali perto e no final de tarde fizemos um passeio de barco. O pier da Neptun Company fica bem próximo ao Hermitage (500m da Praça do Palácio) no Moyka River, emb 26. O ingresso compra na hora, como fui no verão tem 5 horários de saída: às 13h, 15h, 17h, 19h e 21h.  O passeio dura uma hora. Por essa empresa tem áudio guide em inglês e espanhol.

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O barco tem parte interna e externa, como estava um dia lindo, sem vento, fomos na parte externa, muito melhor para fotografar.

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A Fortaleza de São Pedro e São Paulo

Fiquei uma semana na Rússia em agosto e peguei um clima maravilhoso. Choveu um pouco, em apenas um dia, quando estávamos no Hermitage em St. Peters e uma manhã de céu nublado em Moscou quando fomos ao Kremlim. Todos os dias foram de sol e céu azul, temperatura variável, mas agradável, de manhã e à noite frio (16/20 graus), à tarde esquentava (23/26 graus) foi simplesmente perfeito. A minha Rússia foi azul!

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Colunas Rostral – direcionavam os navios que entravam no Rio Neva

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Catedral de St. Isaac

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A fachada do Hermitage pelo Rio Neva
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Ponte Blagoveshchensky

Os palácios às margens do Rio Neva são lindos demais, residências da nobreza russa, herança da época dos czares.

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Dá para ver uma parte da Catedral do Sangue Derramado, que, infelizmente, estava com a sua cúpula principal em restauro. E também não precisava ter esse tapume na frente não é mesmo? Ainda mais com pichação, que tenho verdadeiro horror, acaba com uma cidade.

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E voltando para o pier no Rio Moyka.

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No próximo post, vou mostrar o passeio que fiz nos arredores de São Petersburgo para visitar os Palácios de Catarina e Peterhof, outras atrações imperdíveis para quem vai à Rússia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 comentários em “Museu Hermitage

  1. Passei duas tardes esperando o sol forte passar,para ir à praia,lendo em estado de graça,a visita de Cristina e Rogério à Russia.Um luxo !Cristina fez um blog com o melhor de São Petersburgo e Moscou: humor fino,roteiro estudado e prático. Sua narrativa e imagens mostram uma Rússia inusitada,diferente de tudo que já.vi.Faz do mistério do isolamento soviético uma brincadeira que só os mágicos transmitem.Cores fortes,palácios gigantes e grandeza imensurável ficam leves e suaves em sua magníficas fotos.Narrativa cativante fazem do Blog,matéria imprescindível para viajantes.Duas cidades labirínticas ficam castelo de cartas no blog da Cristina Bertoncini..Vou ler tudo!!!

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