A mais linda das três cidades que conheci na Escandinávia. Estocolmo é contemplação, é para ficar vagando e suspirando e nada mais. Só que tem muito o que ver e fazer sim! Então entre um ponto e outro do check list do caderninho a gente vai enchendo os olhos de beleza.
Estocolmo é a capital e maior cidade da Suécia, tem quase 1 milhão de habitantes, sendo também a capital da Escandinávia, região histórica e geográfica da Europa setentrional que abrande a Noruega, Dinamarca e Suécia, podendo em um sentido mais amplo incluir a Finlândia também.
Novamente, sol e chuva, óculos de sol e sombrinha, camiseta e casaco, calor e frio, esse céu azul lindo da foto e céu encoberto, mudando a cada 5 minutos, porque o verão na Escandinávia não é moleza meus amigos.
Escolhi o Grand Hotel Stockholm para me hospedar com um pouco de receio. Não gosto desses hotéis gigantes com milhares de quartos, que a gente tem que andar quilômetros para chegar no quarto, acho impessoal, enfim, a localização era excelente, resolvi arriscar e deu certo! Em algumas fotos na internet ele parece decadente, não tem nada disso. O hotel é lindo, restaurante e bar maravilhosos, staff super gentil, ganhei um upgrade reservando pelo booking.com milagre!

O quarto era muito espaçoso, confortável, limpeza excelente, tinha um closet na entrada e um banheiro enorme, ar condicionado e wi-fi funcionando perfeitamente e não era distante do elevador e do hall.
Almoçamos no Restaurante Veranda do próprio hotel, com uma vista linda e era um serviço de buffet maravilhoso, adorei. Tinha a opção à la carte também, mas gostamos tanto do que havia no buffet que nem pensamos duas vezes.
Depois do almoço fomos em direção ao Palácio Real, no caminho o prédio do Parlamento Sueco
O Palácio Real, na ilha de Gamla Stan (cidade velha), fica a poucos passos do Grand Hotel. Este palácio é para eventos oficiais, é enorme, tem vários aposentos e possui 3 museus. A residência particular da família real sueca é o Drottningholm.
No primeiro andar estão os antigos aposentos reais, no segundo andar os aposentos de Estado e quartos dos hóspedes.
Os três museus no interior do palácio são: Tre Konor sobre a história medieval dos palácios
O Museu de Antiguidades de Gustav III
E o tesouro, das jóias da realeza, que infelizmente não pode fotografar.
Em seguida fomos passear pelo bairro histórico da ilha Gamla Stan (cidade velha) e foi o lugar que eu mais gostei em Estocolmo. Mesmo com a multidão de turistas que se concentra nesse local, principalmente de cruzeiros, a partir das 17 horas já fica bem tranquilo.
Estocolmo é composta de 14 ilhas, no Lago Malaren onde encontra o Mar Báltico. O bairro de Gamla Stan fica na ilha de mesmo nome. A sua praça central Stortorget (bem no meio da ilha) é o cartão postal de Estocolmo: as fachadas de casinhas coloridas que são puro charme.
Na praça central Stortorget tem a Catedral de Estocolmo e o Museu Nobel. O museu é do tipo interativo, tem muito conteúdo digital para pesquisar.
O Museu do Prêmio Nobel fica no edifício da Bolsa de Valores e é dedicado aos ganhadores do prêmio, cerimônia que ocorre todo dia 10 de dezembro, data da morte de Alfred Nobel que começou a fundação para premiar as mentes mais brilhantes do mundo. Todas as categorias do prêmio são entregues em Estocolmo a exceção do Prêmio Nobel da Paz que é na Noruega (Oslo).
Tem muitas biografias interessantes dos premiados e algumas com itens pessoais como os sapatos de Selma Lagerlöf, escritura sueca, ganhadora do nobel de literatura em 1909 e primeira mulher a ser membro da Academia Sueca em 1914.
Neste mesmo local está a Catedral de Estocolmo, dedicada a São Nicolau
Storkyrkan – Grande Catedral – teve a sua primeira edificação no século XIII, converteu-se em igreja luterana em 1527 e o seu exterior foi remodelado para o barroco em 1740.
No interior da igreja tem uma estátua de madeira de São Jorge e o Dragão do século XV, cuja beleza é impressionante.
Ainda na ilha Gamla Stan o legal é percorrer as suas ruas com muitas lojas, galerias de arte e restaurantes, entre as que eu mais gostei estão a Vasterlanggatan, a Kopmangatan, a Lilla Nygatan e a Stora Nygatan.
Na rua Kopmangatan tem a praça Kopmanbrinken com uma estátua de São Jorge e o Dragão. Essa rua e o seu entorno tem lojas de bijouxs, jóias, roupas, antiquários e galerias de arte bem interessantes.
Fiquei apaixonada por esse bairro e no outro dia voltei para andar mais por aqui, depois mostro mais um pouco.
Na primeira noite nós fomos jantar em um restaurante que eu estava louca para conhecer: Hallwylskabar, no pátio do Museu Hallwyska
É um restaurante, bar, balada, super na moda, amei!
Minha mesa foi bem perto da fonte
Fomos caminhando na volta à beira mar e foi muito lindo
No outro dia fomos conhecer a Prefeitura de Estocolmo. Estava um dia lindo e caminhamos até lá, parando em muitos lugares para fotografar
A Prefeitura de Estocolmo (Conselho Municipal) fica na Hantverkargatan é de 1923. Possui uma torre de 106 metros de altura. Aqui e realizado o banquete do Prêmio Nobel. Para conhecer o seu interior só através de tour guiado (tem em inglês e espanhol) sempre em hora cheia. É bom chegar um pouco antes para comprar o ingresso.

Quando eu fui comprar o ingresso a funcionária do guichê era bem simpática e após eu sair ela veio atrás de mim para dizer que tinha amado a minha blusa, que esqueceu de falar na hora, bem querida! Depois voltou para trabalhar, hahaha
O tour levou 1 hora, achei muito longo, a guia falava sem parar, muita informação, enfim, eu queria conhecer e não tinha outro jeito. São alguns ambientes para visitar como o Salão Azul, Salão do Conselho, Salão Oval, a Galeria Príncipe, a Sala das Três Coroas e a Sala Dourada, a mais linda.
Lembro que nessa sala (Salão do Conselho) a guia ficou meia hora falando sobre o teto de madeira, nossa foi de matar!
Finalmente chegamos na Sala Dourada que eu queria tanto conhecer. É linda demais! O baile do prêmio Nobel acontece aqui. A sala é toda coberta de mosaicos. São 18 milhões de pastilhas de vidro e ouro, é realmente impressionante.
Agora a gente respira fundo e enfrenta a multidão para fazer a foto dos sonhos, expectativa x realidade e felizmente consegui! Ponto para o maridão.
No painel a representação da Rainha do Lago Mälaren, denominação antiga de Estocolmo já que a cidade é banhada por esse lago que dá acesso ao mar Báltico.
Todas as paredes são decoradas com cenas que tem ligação com a história da Suécia
Na área externa, o jardim da Prefeitura às margens do lago Mälaren
Mais um passeio pelas ruas de Gamla Stan
E a rua mais estreita da cidade – Marten Trotzigs Grand. O nome é de um imigrante alemão que fez fortuna em Estocolmo e possuía muitas propriedades neste local. A entrada é pela Vasterlanggatan, ao lado do Café Jarntorget. Ao fundo possui 36 degraus e termina com menos de 1 metro de largura na Rua Prastgatan.
Abaixo a fachada do Aifur, um restaurante temático viking, com música ao vivo, muito pitoresco, só funciona para jantar.
Na rua Stora Nygatan tem a Polkagriskokeri a mais famosa loja de doces de Estocolmo, desde 1859, as doceiras embalam os doces na própria loja. Aqui foi criado um dos símbolos mais conhecidos do Natal, o doce em forma de bengalinha de listras branca e vermelha.
Na Rua Svartmangatan entramos na Igreja alemã (luterana) de Estocolmo, dedicada a Santa Gertrudes
Caminhando fui em direção ao Mercado Municipal de Estocolmo – Ostermalms Saluhall de 1888, considerado o 7° melhor salão de alimentos do mundo e para mim falou “qualquer coisa melhor do mundo” estou lá! Mesmo porque amo visitar e de quebra comer em mercado.
E quando eu cheguei? Fechado para reforma!! Nem da fachada deu para fotografar, todo coberto de andaimes, vontade de chorar. Ao lado foi construída uma área provisória onde funcionam alguns restaurantes e bancas de produtos à venda.
Abaixo o prédio original. Arrasada! O Mercado de Estocolmo fica no bairro Norrmalm

Bom, vamos em frente, quem sabe um dia eu volto a Estocolmo!
Próxima parada: Museu Vasa na Ilha Djurgarden, construído para abrigar um navio. Exatamente, o museu é todo dedicado a este navio e a sua incrível história.
O navio de guerra Vasa foi construído a mando do rei Gustav Adolf II. Em 10 de agosto de 1628 ao sair do porto disparou uma salva de canhões, só que deu uma rajada forte de vento que fez ele reclinar e entrou água pelas canhoneiras que estavam abertas fazendo o navio afundar morrendo 50 de seus 150 tripulantes. Quer dizer: o navio nem saiu do porto, já afundou, uma tragédia.
Vasa é o nome da dinastia reinante na época. O navio possuía 3 mastros, 10 velas, 69 metros de proa à popa e 1.200 toneladas. Um dos maiores da marinha sueca, com 64 canhões. Era um palácio flutuante com 700 esculturas.
A causa provável do seu naufrágio foi que o rei quis que instalassem mais canhões do que a estrutura do navio podia suportar, causando o desequilíbrio.
Em 1956 Anders Franzén, sueco, técnico marinho e arqueólogo naval amador descobriu o Vasa e em 1961 ele voltou a superfície. É o único navio de guerra do século XVII existente no mundo com 98% do casco original.
O museu Vasa é muito interessante e vale a pena a visita.
Ao lado do Vasa se encontra o Museu Nórdico e embora não estivesse nos meus planos resolvi entrar, achei o prédio tão lindo! É um bom motivo, não é mesmo?
O museu é dedicado à história e cultura do povo sueco, desde o final da idade média até a era contemporânea.

O museu é enorme e tem muitas peças interessantes, com cenas da vida cotidiana sueca em várias épocas, assim como trajes, jóias, mobiliário, louças, etc. Amei conhecer, se tiver tempo na cidade vale muito a pena.
Nessa ilha Djurgarden também se encontra o museu do ABBA, grupo musical sueco que estourou nos anos 1970 e um dos mais famosos do mundo. Mas, mesmo sendo fã de suas músicas, estava tão cansada, achei que não valia a pena ir no museu da banda.
No caminho de volta, na Rua Nybroplan, a fachada do Teatro Dramático Real de 1788, em estilo Art Nouveau.
À noite, jantamos em um restaurante asiático. O meu plano era jantar em uma brasserie dentro da Ópera de Estocolmo, mas estava fechada para férias. Confesso que não sou muito fã da culinária asiática, mas passamos na frente desse restaurante na noite anterior e achei tão lindo que resolvi experimentar. Adorei!
O Restaurante Berns Asiatiska fica no Berzelii Park, dentro do Hotel Berns. Ambiente lindo e atendimento super simpático de Astrid uma brasileira muito querida e a comida estava excelente.
À noite o restaurante é bem escuro e movimentado, então busquei uma foto na internet para se ter noção da beleza do lugar.

Para fechar a noite, um drinque no Cadier, o bar do Grand Hotel Stockholm
Abaixo, foto do Cadier Bar durante o dia
No dia seguinte, fomos conhecer uma outra ilha/bairro de Estocolmo, o Södermalm. Esse bairro é ligado ao Gamla Stan pela Ponte Katarina Vagen. A primeira parada foi no Museu Fotografiska
Como o próprio nome já diz, o museu é dedicado a fotografia, antes um departamento do museu de arte moderna, inaugurou neste espaço em 2010 e só pelo local já vale a visita, embora eu sou suspeita para falar porque amo foto e fico babando na genialidade do olhar, da capacidade de capturar, flagrar esse instante que muitas vezes é em um segundo.



O museu Fotografiska tem um rooftop com café e restaurante e uma vista incrível
E no térreo uma loja maravilhosa, pena que não fotografei, a melhor de museu que eu fui em toda a Escandinávia.
Depois fomos bater perna pelo bairro, na saída do museu esse paredão imenso de rocha na Stadsgardsleden
Passamos pela igreja Sofia Kyrkan, na Skanegatan. Ela fica em uma pequena colina, de 1906, é luterana, tem esse nome em homenagem a rainha sueca Sofia de Nassau e no momento da nossa visita estava acontecendo um casamento.
E chegamos na área principal do bairro Sodermalm o entorno da praça Nytorget

O Sodermalm é um bairro muito bom para passear, como fomos em um sábado estava acontecendo uma feira de produtos orgânicos, a Bondens Egen Marknad e tinham alguns moradores vendendo peças vintage também.
Percorremos a rua Gotgatan com lojas de objetos de decoração e arte muito legais

E nessa rua almoçamos no restaurante Tiffany’s, muito bom! Então fomos descendo a Gotgatan em direção a ponte Katarina para Gamla Stan o coração de Estocolmo

E a vista de Gamla Stan pelo lado de Sodermalm
Aproveitamos para conhecer a famosa loja de departamentos de Estocolmo, a Nordiska Kompaniet, na Hamngatan e a beleza dela está no prédio, na sua fachada, porque por dentro é uma loja de departamentos como todas as outras, sem novidade.
Antes de chegar no nosso hotel fomos no Kungstradgarden, que significa Jardim do Rei, na Stromgatan, bairro Norrmalm, uma praça/ parque muito bonito e como era final de semana, estavam montando os estandes para uma uma série de eventos esportivos e musicais.


No último dia voltei a esse parque, pela manhã bem cedo, porque achei tão bonito e era bem ao lado do meu hotel e fiz mais algumas fotos para depois ir embora. Sempre amanhecia ensolarado em Estocolmo e depois ia nublando.

No Kungstradgarden tem um espelho d’água rodeado com 60 cerejeiras que na época da floração (entre março e abril) fica fantástico
Por fim, atravessamos a ponte que liga o bairro Norrmalm e chegamos na pequena ilha de Skeppsholm e no jardim em frente ao museu de arte moderna esculturas/instalações dos artistas Jean Tinguely (metal) e Niki de Saint Phalle (animal)
Na última noite, por sugestão do Concierge fomos jantar em um restaurante especializado em frutos do mar, o Wedholms Fisk. Meu Deus, que comida maravilhosa!

Para me despedir dessa cidade que é pura beleza segue as fotos feitas na charmosa ponte Skeppsholmsbron de ferro e madeira com uma coroa dourada no seu centro e uma vista de sonho