Até o ano passado a única porta de entrada na Itália pela TAM era Milão (hoje também por Roma), então, obrigatoriamente, em algumas viagens, na ida e na volta, passei alguns dias na cidade, o que acho ótimo, pois amo Milão.
Porém, explorei pouco ainda o seu entorno, tem cidades muito interessantes e Turim (Torino em italiano) é uma delas. Conheci em um bate e volta de trem a partir de Milão, em setembro de 2017, a viagem dura 50 minutos aproximadamente, recomendo muito, eu adorei.
Na região do Piemonte, Turim é a quarta maior cidade da Itália, tem uma população de 900.000 habitantes.
Palazzo Madama na Piazza Castello
A cidade é famosa por abrigar o Santo Sudário. Uma peça de linho, relíquia sagrada, que envolveu o corpo de Jesus Cristo após a crucificação. Sobre o espinho da coroa de Cristo você pode ler aqui Pisa – Itália
O Sudário original se encontra na Catedral de Turim, na Piazza Giovanni. Está guardado em uma urna de alumínio e exposto, normalmente, a cada 10 anos, por autorização do Papa. A próxima exposição está marcada para o ano de 2025. Há também uma cópia que fica na Igreja de San Lorenzo.
Do ano de 1498, em estilo renascentista, a Catedral de Turim é dedicada a São João Batista. Aberta todos os dias das 7:00 às 12:00 e das 15:00 às 19:00 horas.
A urna onde se encontra o Santo Sudário
Depois da igreja, fomos para uma das atrações mais importantes de Turim: o Palazzo Reale, na Piazzeta Reale. Do século XVI era o antigo palácio da Casa de Saboia. Possui um acervo muito rico de quadros, tapeçarias e objetos.
O Palazzo Reale se trata de um complexo com vária alas. Uma delas é a Armeria Reale: armas e armaduras antigas que ocupam três salas do palácio, é lindo.
São muitas salas com mobiliário e ainda a biblioteca, o museu arqueológico e a Galeria Sabauda.
A Galleria Sabauda é onde se encontra a coleção de arte acumulada pela família Sabóia, uma das mais importantes da Europa. Turim pertenceu ao Ducado de Saboia e foi capital da Itália por 3 anos (1563). Em 1946 a monarquia foi abolida na Itália e a família exilada.
A Galleria Sabauda (Savoy ou Saboia), se situa na nova ala do palácio e possui obras primas das escolas européias, pinturas italiana, holandesa e flamenca.
O meu maior interesse em Turim era conhecer o Museu Egípcio, que fica na Via Accademia delle Scienze, perto do Palazzo Reale, mesmo porque em Turim nada é longe, as atrações ficam bem concentradas em torno da praça principal.
O Museu Egípcio de Turim é o 2º maior do mundo, atrás apenas do Museu do Cairo.
Comprei o ingresso antecipado pela internet (com hora marcada) no site do museu porque tinha lido que as filas eram enormes, enfim, no dia que eu fui não tinha fila, mas é melhor garantir.
O museu é es-pe-ta-cu-lar! Possui três andares mais o subsolo. O seu acervo é imenso e a disposição das peças em salas escuras, só o objeto iluminado, fica muito bonito. No 1º andar se encontra o Vale das Rainhas e no 2º andar a Tumba de Nefuru, suas principais atrações.
A cidade de Turim é bonita e muito agradável para passear, tem muitas lojas, restaurantes e bares espalhados por arcadas que são cortadas por praças e galerias, ideais para fazer uma parada para um café ou sorvete, dependendo da época do ano.
Via Roma
A Galleria Subalpina é a mais importante, o símbolo de Turim. Uma passagem coberta que fica entre a Piazza Castello e a Piazza Carlo Alberto. É do século XIX.
Almocei na Galleria Subalpina, no café e restaurante Baratti e Milano, um local histórico de Turim, desde 1858. Além do salão para refeição tem bar, confeitaria, gelateria e uma loja para comprar chocolates que são deliciosos e vem em latas lindas, um ótimo presente. Como amo chocolate, a lata que comprei foi para consumo próprio mesmo.
Esqueci de fotografar o prato, estava com tanta fome, só lembrei na hora da sobremesa.
Outra passagem coberta é a Galleria San Federico, de 1930, uma das entradas é pela Via Roma.
A Piazza San Carlo, na via Maria Vitória é conhecida como “a sala de visitas” de Turim. O seu conjunto arquitetônico é o barroco sofisticado. Possui as igrejas gêmeas de Santa Cristina (!!!) e San Carlo. Tem muitos cafés e lojas nas suas arcadas e no centro a estátua do Duque Emanule Filiberto. Detalhe: o vermute foi inventado aqui!
Não podia deixar de conhecer e fotografar a Igreja de Santa Cristina (!!!)
Além da Catedral, outra igreja importante de Turim é a San Lorenzo. Nessa igreja se encontra uma cópia do Sudário, um tecido de linho de 4,42m de comprimento por 1,13m de largura. Nesse pano se vê a imagem de frente e verso de um homem adulto nu, com bigode, barba e cabelos longos, feridas que revelam que foi crucificado com pregos, espancado e coroado com espinhos, como Jesus Cristo.
A Igreja de San Lorenzo fica exatamente ao lado esquerdo do Palazzo Reale.
Cópia do Sudário na Igreja de San Lorenzo
Há muito mais o que ver em Turim, o ideal é dormir uma noite para continuar a conhecer a cidade, mesmo porque, pela quantidade de bares e restaurantes que eu passei deve ser muito animada. Pretendo voltar mais uma vez para visitar o Palazzo Madama, o Castelo Medieval Acaja, Museu do Cinema, Mole Antonelliana e o Parque Valentino à beira do Rio Pó, entre tantas outras atrações.
Castello degli Acaja
Turim foi uma maravilhosa surpresa, capital do Piemonte vale mesmo a pena conhecer.
Aos vinte e poucos anos a minha cidade preferida no mundo era New York. Na casa dos trinta e dos quarenta anos foi Paris. E hoje quase chegando ao cinquenta anos sou apaixonada por Roma. Volúvel eu? Pode ser! Mas, o tempo passa, a cabeça muda, os anseios, gostos e modo de vida também vão mudando.
Sempre amei história e arte e nisso Roma é imbatível. Adicione um povo alegre, carismático e muito engraçado e está feita a combinação perfeita para dias de viagens que foram sempre muito especiais.
Estive em Roma quatro vezes. Cada vez em um hotel diferente. Lunetta, Babuíno 181, Art by Spanish Steps e Russie (indico o Babuíno e o Russie). Os três últimos na região que mais gosto de ficar, na ligação entre a Piazza del Popolo e a Piazza di Spagna.
Escadaria da Igreja Trinità dei Monte – Piazza di Spagna
Roma tem muito o que ver e fazer. Nesse post vou mostrar uma parte do que vi na cidade nos meses de junho de 2013, março e junho de 2017 e agosto de 2018.
O Hotel que mais gostei de ficar em Roma foi sem dúvida o Russie. A localização colada à Piazza del Popolo, a beleza, atendimento super gentil e um pátio/jardim maravilhoso para um aperitivo ou refeição, fazem dele um local perfeito para se hospedar. A tarifa, condizente com todas as suas qualidades é alta, por isso, não me hospedo lá todas as vezes. Então, tenho um plano B, o Hotel Babuíno 181, quase em frente, pequeno, estilo boutique, muito confortável, por uma tarifa ótima.
Pátio do Hotel de Russie
Começo com a Piazza Navona, um lugar que sempre acabo passando e então adoro fotografar nas suas lindas fontes (toda vez, não canso) e nessa praça se encontra o Museu Nacional Romano (um deles), que tem um acervo tão grande que suas obras estão abrigadas em quatro locais.
Fontana dei Quattro Fiumi de Bernini (1648) – Piazza Navona
Dica: não encoste nas fontes para fotografar! Fiz isso e o cloro estragou a minha calça.
O Palazzo Altemps faz parte dos prédios (centros) que compõem o Museu Nacional Romano, fica na Piazza di Sant’Apollinaire ao lado da Piazza Navona. É um exemplo de arquitetura renascentista. O local por si só já vale a visita e no seu maravilhoso acervo tem estátuas greco-romanas e o trono de Afrodite. Foi cenário do filme “A Grande Beleza”.
Palazzo Massimo, outro centro do Museu Nacional Romano, fica no Largo Villa Peretti, na área da Piazza República. O prédio possui 4 andares, com acervo de afrescos, mosaicos, esculturas clássicas e jóias.
A Galleria Nacional de Arte Antiga se encontra na Via delle Quatro Fontane, no Palazzo Barberini. O prédio, do ano de 1623, era a casa do cardeal Maffeo Barberini que depois se tornou o Papa Urbano VIII. São obras de arte dos séculos XVI e XVII, como pinturas de El Greco, Caravaggio e Rafaello.
A escadaria de Bernini
A arte no tetoNarciso de Caravaggio (1598)
Cena também do filme a Grande Beleza, o quadro Fornarina de Raffaello de 1.520.
A Galeria (museu) Nacional de Arte Antiga tem um segundo prédio para o seu acervo, fica do outro lado do Rio Tibre, o Palazzo Corsini, na Via della Lungara, no bairro Trastevere, que eu amo e muito bom para passear também. O museu é lindo demais!
A villa onde se encontra o Palazzo Corsini foi adquirida em 1736 pelo Cardeal Neri Corsini, de Florença, sobrinho do Papa Clemente XII, que encomendou a sua reforma. Antes disso tinha hospedado a Rainha Cristina da Suécia quando abdicou do trono e foi morar em Roma.
Outro museu que adorei conhecer foi o Palácio e Galleria Colonna, fica na Piazza SS. Apostoli, perto do Quirinale. É imperdível! No dia que visitei estava no local o Primeiro Ministro da Itália em visita protocolar, então tivemos que esperar um pouco em outra sala enquanto ele passava. A visita é guiada, acompanhei um grupo em italiano.
O Palazzo Colonna só abre aos sábados pela manhã. A construção começou como um fortaleza no ano de 1300. Oddonne Colonna – Papa Martinho V, em 1417 fez daqui a sede do Pontificado. Depois várias gerações da família Colonna ocuparam o local, que foi sendo acrescido por 500 anos! Foi em meados de 1600 que o Cardeal Girolamo Colonna imprimiu a sua forma de palácio barroco. Aliás, os palácios mais lindos de Roma parece que eram todos de cardeais!
Sala Grande
A Galleria Colonna possui um acervo de quadros de Pinturicchio, Tintoretto e Veronese.
Outro museu imperdível em Roma é a Galleria Borghese. Precisa comprar o ingresso online com antecedência, ou se tiver disponibilidade em Roma, ir pelo menos 3 dias antes para o agendamento de dia e horário.
A Galleria Borghese fica na Villa Borghese um imenso parque com uma área verde linda. O prédio foi construído em 1613 pelo Cardeal Scipione Borghese (eu não disse?), membro de uma das famílias mais ricas e importantes da Itália. O museu foi inaugurado em 1903.
A sala de entrada é magnífica! A Galleria conta com um acervo de esculturas e pinturas de Bernini, Da Vinci, Raffaello, Ticiano, Caravaggio. Além das obras, todo o prédio tem uma decoração linda nas paredes, tetos e portas, é incrível!
Na primeira sala tem a escultura de Pauline Bonaparte Borghese (Antônio Canova – 1805), irmã de Napoleão Bonaparte, casada com Camillo Borghese. A estátua causou um escândalo porque Pauline está nua e afirmou que foi ela quem posou para o artista, o que na época só era feito por prostitutas.
O museu tem muitas obras, isso porque Napoleão Bonaparte levou para o Louvre 300 obras do acervo da Borghese! É realmente um lugar espetacular, pela sua beleza e importância.
Apolo e Dafne – Bernini – 1622O Rapto de Persefone – Bernini – 1621David – Bernini – 1623Pequeno Baco Doente ou Autorretrato como Baco – Caravaggio – 1593Davi com a cabeça de Golias – Caravaggio – 1605
E uma das mais interessantes e enigmáticas personagens da História – Lucrezia Borgia
Lucrezia – Jacopo Palma – Il Vecchio – 1515
A Galleria Borghese é uma explosão de beleza, um lugar para não deixar de ir!
Detalhe da parede
Palazzo Venezia, sede do Museu Nacional e do Instituto de Arqueologia e História da Arte. Fica na Via del Plebiscito, na Piazza di S. Marco. O prédio foi construído a partir de 1455 pelo Cardeal (!!!) Pietro Barbo que se tornou o Papa Paolo II. Foi escolhido por Benito Mussolini para ser a sede do governo fascista de 1929 a 1943, sendo que utilizava para seu escritório a Sala del Mapamondo, com a famosa sacada de onde fazia os seus discursos.
Quando eu fui não era permitido fotografar o interior do museu. Vocês não tem ideia da raiva que eu tenho disso! Não tem sentido, a fotografia sem flash não prejudica a obra e depois com tantos museus visitados, tanta informação, fica difícil lembrar do acervo. Se o objetivo é vender o catálogo também não tem lógica já que tantos museus pelo mundo permitem. Enfim, no site do museu tem algumas obras: 1) Cristo Pantocrator (século XIII) esmalte em latão; 2) Retrato dos Filhos de Orsini, Tiberio Titi, 1597. Fotos do site: http://www.museopalazzovenezia.benicultura.it
Galleria Palazzo Doria Pamphili, na Via Del Corso. Não confundir com o Palazzo Pamphili da Piazza Navona que também foi propriedade da família, mas vendido e desde os anos 1960 abriga a Embaixada do Brasil em Roma. O Palazzo da Via del Corso tem uma das maiores coleções de arte privada da Itália, o museu é particular, pertence a própria família, dá para acreditar? E ainda moram aqui, em uma parte do palácio, um sonho!
A falta de qualidade nas fotos de 2013 é impressionante, tenho vontade de voltar aos lugares só para fazer fotos “decentes”.
A Galleria Pamphili tem um acervo de mais de 400 pinturas que datam dos séculos XV ao XVIII de Ticiano, Raffaello, Caravaggio entre outros. O personagem mais célebre da família foi Giambattista Pamphili, cardeal (!!!) que se tornou o Papa Inocêncio X em 1644, cujo quadro pintado por Velasquez é famoso pela perfeição e detalhismo, além do semblante papal incomum.
Museus Capitolinos, na Piazza del Campidoglio, ao lado do monumento a Vittorio Emanuele. Foi o museu que eu mais gostei e como visitei em 2013, já faz tempo, quero muito voltar. Se chamam “museus” porque é um conjunto de palácios que abrigam uma vasta e importante coleção de obras de arte. O acervo se encontra no Palazzo dei Conservatori e no Palazzo Nuovo, unidos por uma galeria subterrânea.
Escada desenhada por MichelangeloReplica da estátua equestre de Marco Aurélio
Em 1471 o papa Sisto IV doou muitos objetos de arte antiga descobertos nas inúmeras escavações arqueológicas por Roma, inclusive várias estátuas de bronze, entre elas a Loba amamentando Rômulo e Remo, símbolo da mitologia da fundação de Roma. O museu só abriu ao público em 1734.
Original da estátua de Marco Aurélio de 176 d.c.
Os Museus Capitolinos pela importância de seu acervo é mais um local da lista de tem que ir em Roma.Quem assistiu o filme A Grande Beleza, de Paolo Sorrentino, lembra que tem uma cena aqui.
Museus do Vaticano. Para conhecer o museu, a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro comprei um tour salta fila pela Civitatis com um pequeno grupo de portugueses. Nossa guia era formada em História da Arte e foi muito bom, além de não precisar ficar horas na fila para entrar, já que é imensa.
No início fomos para o terraço e jardim, depois nos museus, são chamados assim, no plural, porque as galerias de arte romana, grega, etrusca, egípcia, etc, são consideradas um museu cada uma.
Chão de mosaico
Fotografar as obras é difícil, com as obras então, com milhares de pessoas em volta, quase impossível.
As paredes e os tetos dos corredores são lindos demais!
Os afrescos das Salas de Raffaello
Foi uma emoção muito grande poder contemplar um acervo de obras de arte tão importante. No final do tour pelos museus nos dirigimos a Capela Sistina.
Na Capela Sistina é proibido fotografar e falar. Ficam vários seguranças pedindo silêncio e impedindo os que insistem em fazer fotos. Podemos ficar algum tempo (não lembro quanto) pois tem um número limite de entrada por vez. O marido ficou decepcionado, achou pequena. Eu não, afinal é uma “capela” e o afresco de seu teto, executado por Michelangelo de 1508 a 1512 a pedido do Papa Julio II é realmente fantástico.
Galleria Spada na Piazza Capo di Ferro, perto do Campo dei Fiori. O palácio foi construído em 1540 pelo cardeal (!!!) Girolamo Capo di Ferro e posteriormente adquirido pelo cardeal (!!!) Bernardino Spada em 1632 e que hoje abriga a sua coleção de arte, sendo que no prédio também funciona o Conselho de Estado.
A atração principal da Galleria Spada, no entanto, está no seu exterior, no pátio. Trata-se da Colonnata ou a “Perspectiva de Borromini”, uma galeria de 9 metros de comprimento que por ilusão de ótica parece ter mais de 30 metros. Foi executada em 1653, pelo artista Francesco Borromini, utilizando cálculos matemáticos. No início a galeria tem 3 metros de altura e 6 metros de largura e vai estreitando e elevando o piso para chegar no final com 2 metros de altura e 1 metro de largura.
A escultura de Marte ao fundo parece grande, mas na realidade tem 80 cm de altura.
O Altare della Patria ou Monumento a Vittorio Emanuele II, fica na Piazza Venezia, foi inaugurado em 1935 em homenagem ao primeiro rei da Itália unificada. Tem 135 metros de largura e 70 metros de altura, todo em mármore botticino branco. Os italianos odeiam, acham horroroso e colocaram o apelido de máquina de escrever! Eu acho bonito, mas entendo que edificar uma construção tão grande e tão branca no meio de uma cidade em tons de terracota não tinha nada a ver mesmo.
O seu terraço panorâmico tem uma vista 360 graus de Roma.
Vista do Terraço
No seu interior tem o Museu Nacional da Imigração Italiana e o Museu da Bandeira e das Forças Armadas. Há também exposições temporárias.
E, quase acabando, porque esse post já está enorme, o Castel Sant’Angelo. Costruído em 123 d.c. para ser o túmulo, o mausoléu do Imperador Adriano. A pedido do Papa Nicolau III, em 1277, foi construída uma passagem entre o Castelo e o Vaticano para que os papas pudessem fugir e se refugiar em caso de invasão porque o local se transformou em uma fortaleza. Depois, na época renascentista foi prisão. Foi também castelo e morada de vários papas, tendo seus apartamentos para visitação, sendo que hoje funciona como museu.
No interior dos apartamentos papais é proibido fotografar. A vista lá de cima do Castelo é linda, pois fica em frente ao Rio Tibre.
Em frente ao castelo tem sempre “gladiadores” para fazer fotos e levar uns euros.
E, por fim, não poderia deixar de falar das fontes de Roma. A mais famosa, a Fontana di Trevi, tão linda, só que tão difícil de fazer uma foto que se aproveite.
A Fontana di Trevi, em estilo barroco, começou a ser construída em 1735 por encomenda do Papa Clemente XII. No centro está a estátua do deus do oceano, ao lado as estátuas que representam a abundância e a salubridade e um pouco mais abaixo dois cavalos, um tranquilo e outro inquieto que simbolizam que o mar ora está calmo, ora agitado.
À noite é um pouquinho mais fácil. Essas fotos acima foi um fotógrafo que cobra para tirar fotos em polaroid e também faz fotos com a nossa câmera (junho 2013). Tem sempre um lá, oferecendo os seus serviços. A foto da polaroid não ficou boa, mas com a minha câmera eu amei.
Para mim é a fonte mais linda do mundo!
Junho de 2017
Outra fonte de Roma, um pouco mais afastada do circuito turístico e a Fontana dell’Acqua Paola, na Via Garibaldi em Trastevere. Fica situada em uma colina, no Monte Janículo e proporciona uma vista linda de Roma. Foi construída em 1612 e depois restaurada pelo Papa Paolo V de quem recebeu o nome. Aparece na primeira cena do filme a Grande Beleza, de Paolo Sorrentino.
Deixo para outro post o Coliseu, que visitei duas vezes, durante o dia e à noite. As 3.765.942 igrejas que conheci, o Pantheon e outros locais de interesse histórico e arqueológico como o Foro Palatino, Circo Massimo, Teatro de Marcelo, as Termas de Diocleciano e as Termas di Caracala. Em outro post, ainda, quero falar sobre os restaurantes que fui em Roma.
A história da cidade de Roma abrange mais de 2.500 anos, sendo um dos berços da civilização ocidental. Sua única cidade irmã é justamente Paris e a frase que simboliza essa fraternidade é: “Somente Paris é digna de Roma, somente Roma é digna de Paris.” Não poderia ser mais verdadeiro! Passear por suas ruas é ter o privilégio, a cada instante, de contemplar todo o esplendor e beleza da sua mais perfeita tradução: Cidade Eterna.
Capital da Sicília, lugar incrível e imperdível. O “problema” é que são tantos os lugares incríveis e imperdíveis na Itália que a gente fica louco, não é mesmo? Enfim, a Sicília é linda demais, tão única e especial que merece a visita, e Palermo, a sua cidade mais importante, não pode ficar de fora.
Como já havia mencionado no post As igrejas de Palermo , nas minhas pesquisas pré-viagem li no blog http://www.turistaimperfeito.com a seguinte frase de Adelaide Pereira: “Palermo é um mundo, mas não é para todo mundo” Exato! Tem lixo, pichação, desordem, caos, violência (bem menos do que em qualquer capital brasileira). Para mim foi tudo lindo, maravilhoso, com segurança e amei os quatro dias que passei lá, em setembro de 2017.
Por ser a “Itália pobre” realmente a oferta hoteleira em Palermo não é lá essas coisas. O único hotel que eu gostei era muito longe do centro – Grand Hotel Villa Igiea (me arrependi de não ter ficado lá), então escolhi um hotel, a meu ver, na melhor localização para explorar a cidade pela primeira vez e pensei: seja o que Deus quiser.
Fiquei hospedada no Eurostars Central Palace Hotel e gostei (mas não recomendo). A localização é realmente excepcional, muito perto de todas as atrações, conheci tudo a pé. É um hotel 4 estrelas situado no Palazzo Tarallo, do século XVIII. As áreas comuns são lindas, mesmo estando decadente, precisando de uma reforma (como quase tudo em Palermo), não perdeu a sua beleza. O quarto era enorme, ótimo café da manhã. Dois poréns: não tem uma boa vista e o banheiro muito pequeno, não era bom.
O Hotel Eurostars fica na Via Vittorio Emanuele e tem um restaurante no rooftop “Ai Tetti Dinning”que é excelente, melhor comida que provei em Palermo.
Sobre as igrejas, que são incríveis, as mais lindas da vida, você lê aqui As igrejas de Palermo
A melhor atração de Palermo, que eu adorei conhecer, foi o Palazzo Reale. Tem que ir! Só tem um detalhe, como é o local onde funciona o Parlamento da Sicília (Assembleia Regionale) o seu horário de funcionamento é de sexta à segunda, quando os deputados não trabalham. Assim, como cheguei em Palermo em uma segunda-feira, fui direto visitar.
O Palazzo Reale ou Palazzo dei Normanni abriga além dos aposentos reais a Capela Palatina. A primeira construção data do século IX. Depois os soberanos normandos o ampliaram e por fim o Rei Ruggero II construiu a Capela Palatina em 1132.
O Salão de Hércules (Sala d’Ercole): local onde se reúnem os representantes da Assembléia Regional. As pinturas das paredes de Velasquez representam as cenas desse herói mitológico grego. Foi o primeiro parlamento italiano e um dos mais antigos da Europa.
Os apartamentos reais, decorados pelos Bourbon: Sala Azul e Sala Amarela.
Retrato de Maria Carolina Habsburgo e Lorena, da Áustria, irmã de Maria Antonieta, que casou com o rei de Nápoles e duas Sicílias.
A Sala do Rei Ruggero, no interior da Torre Pisana, com mosaicos do século XII, com cenas de caça, animais como leões, leopardos, pavões e também árvores e palmeiras.
É uma sala pequena e os visitantes não podem entrar. É vista apenas por uma porta, então a dificuldade de fotografar é grande. No mosaico abaixo a cena que virou símbolo de uma marca que eu amo, a perfumaria Ortígia: dois leopardos e as palmeiras. A sala é deslumbrante.
Por fim, a atração mais importante do Palazzo dei Normanni: A Capela Palatina, executada sob a ordem do Rei Ruggero II, foi consagrada no ano de 1140 como igreja da família real. Com mosaicos bizantinos, lembra muito a Catedral de Monreale. Ao fundo, no altar, a imagem do Cristo Pantocratore.
Cristo Pantocratore ao fundo
Os mosaicos são fabulosos e brilham em tons de dourado.
Em frente ao Palazzo Reale está o Parque Villa Bonanno
Voltamos pela Via Vittorio Emanuele (rua do hotel), atravessamos a Porta Nuova, passamos em frente a Catedral de Palermo. Uma rua comercial bem movimentada em direção ao Quattro Canti.
Via Vittorio Emanuele
Descendo a Via Vittorio Emanuele encontramos muitos palácios com pátios abertos
Almoçamos nessa rua, no restaurante Locanda del Gusto, em um pátio lindo!
E chegamos no cruzamento da Via Vittorio Emanuele com a Via Maqueda, outra rua comercial, com muitas lojas, chamado de Quattro Canti ou Piazza Vigliena. São quatro fachadas, uma em cada esquina, em estilo barroco, dos anos de 1608 a 1620, com fontes e alegorias das quatro estações, estátuas dos reis Carlos V, Felipe II, Felipe III e Felipe IV, e na parte superior consagradas a Agata, Ninfa, Olive e Cristina, a santa padroeira de Palermo.
Detalhes da Fontes
A arquitetura de Palermo é linda. Quase ao lado do Quattro Canti, na Via Maqueda, está a praça mais famosa da cidade, A Piazza Pretória. Composta por três palácios: Palazzo Bordonaro (Prefeitura de Palermo), Pretório ou delle Aquile (Câmara Municipal) e o Palazzo Bonocore.
A Piazza Pretória é conhecida como a “Praça da Vergonha” em razão da nudez das estátuas da Fonte de mármore de carrara, do ano de 1554.
Ao fundo da Praça está a Igreja de Santa Catarina de Alexandria
Outro local muito famoso em Palermo é o Teatro Massimo, na Piazza Verdi. Foi na sua escadaria que o cineasta Francis Ford Coppola rodou a última cena do filme o Poderoso Chefão, parte III.
Dom Bertoncini feliz, está em casa!
O Teatro Massimo, construído entre 1874 e 1897 é o maior teatro da Itália e o terceiro maior da Europa. Tem visita guiada com duração de 45 minutos, todos os dias, várias opções de horários, fiz o tour em italiano, que tenho razoável compreensão.
A visita engloba o Grande Hall, a Sala de Pompeia, o Hall de Emblemas, o Foyer e o palco que no momento da nossa visita estava aberto em teste de cenário.
O Teatro Politeama fica próximo, na Piazza Ruggero Setimo, mas só vimos por fora e o primeiro hall, não estava aberto para visitação.
Perto do Teatro Politeama encontramos uma rua que eu amei, a Via Principe di Belmonte, muito arborizada, com restaurantes com terraços que ocupam parte da via, almoçamos aqui no Ristorante Giada, quase esquina com a Via Roma, foi maravilhoso.
Perto da Via Cavour, esquina com a Via Rugiero Settimo (ótima rua de compras), também encontrei uma rua muito interessante a Via Bara All’Olivella. Bem estreita, cheia de restaurantes, ferve dia e noite, uma rua muito animada com alguns pequenos teatros de marionetes.
Depois andamos muito pela cidade e seguimos em direção ao mar e ao porto, descendo a Via Vittorio Emanuele, onde encontramos prédios e construções decadentes, muito comuns na cidade.
Quase chegando no porto está a Porta Felice, um portão monumental, de entrada da cidade, na Via Cassaro, na zona do Foro Itálico, uma região linda para passear.
Porta Felice – sentido Centro/Porto
A Porta Felice foi inaugurada em 1637, em estilo barroco e renascentista, sua torre direita foi quase que totalmente destruída em um bombardeio na segunda Guerra Mundial e depois recuperada.
Porta Felice- sentido Porto/CentroMarina di Palermo
Depois da Piazza Capitaneria do Porto de Palermo tem um calçadão que costeia o mar, mas nesse ponto não tem uma visão direta, tem várias quadras para esportes e os seus muros impedem a visão do mar.
À noite jantamos no Ristorante Carlo V, que eu também amei, na Via Vittorio Emanuele, na Piazza Bologni, que é linda e a noite fica mágica com a iluminação
Também visitei o Mercado de Balaró, o mercado municipal que acontece em dois locais, fui no da Via Balaró, mas não fotografei, como li que aqui tinham muitos trombadinhas, resolvi guardar o celular, mas não achei um lugar perigoso, um mercado de frutas, legumes, carnes e peixes, como de tantas cidades, o típico aqui é que os feirantes ficam gritando para “atrair” os clientes, então a barulheira é grande.
Considero três dias ideal para conhecer Palermo. Fiquei quatro dias porque fiz um bate e volta a Agrigento que você lê aqui Vale dos Templos – Agrigento – Sicília e em outro dia um passeio de meio período a Cefalu e a Catedral de Monreale que ficará para outro post.
Se você é uma pessoa sensível recomendo parar de ler o post aqui. O essencial da minha visita a Palermo terminou.
Porém, como amo visitar cemitérios, tinha lido que em Palermo existe as famosas Catacumbas, como sobrou tempo, resolvi conhecer. O marido não queria ir, eu ia sozinha, mas na última hora resolveu me acompanhar. Ele não gostou, achou horrível.
As Catacumbas dos Capuchinos é muito interessante, com múmias expostas em corredores, por alas, de acordo com o gênero ou profissão. Então tem corredores só de homens, mulheres, crianças, frades, bispos, médicos, soldados. As mulheres virgens tem uma coroa na cabeça. No total são 1.252 múmias.
No início, em 1.534 só os frades capuchinos ficavam aqui, que criaram a sua própria técnica de mumificação. Os corpos eram esvaziados, colocado palha e essência vegetal dentro, e depois ficavam em uma sala que pelas condições de temperatura e umidade estavam mumificados em 1 ano.
Com o tempo passaram a aceitar quem pudesse pagar para ser mumificado. Deixou de receber corpos em 1880. Duas exceções: O vice cônsul do Estados Unidos em 1911 e a menina Rosália (a múmia mais linda do mundo) que em 1920 morreu aos 2 anos de idade de pneumonia.
Tem uns “personagens” folclóricos também como o Antônio Prestigiacomo que como era muito mulherengo pediu para quando morresse fossem colocados olhos de vidro para poder continuar “vendo” as belas mulheres por toda a eternidade. Tem cada um!
É proibido fotografar e eu costumo respeitar, mas tinham tantas pessoas fotografando que eu achei um absurdo e fiz algumas fotografias também. Em uma pesquisa no Google encontram-se muitas fotos das Catacumbas, inclusive da menina Rosália que eu não fotografei.
Palermo é uma cidade incrível, foi uma maravilhosa surpresa, não imaginei que iria gostar tanto, andei muito pela cidade, durante o dia e à noite, não senti medo, com os cuidados que devemos ter em qualquer grande cidade. Uma experiência fantástica!
A gastronomia de Veneza é fantástica. Cidade altamente turística, mesmo na Piazza San Marco, seu coração e consequentemente apinhado de turistas encontram-se restaurantes excelentes.
Claro que não são em todos os lugares que se come bem, “isca de turista” sempre tem, Veneza não é diferente, mas o que me chamou a atenção foi que mesmo em locais altamente turísticos, se come muito bem.
O forte da culinária veneziana são os frutos do mar, muito frescos e deliciosos.
Estive em Veneza três vezes. Em junho de 2013, junho e setembro de 2017. Para ler sobre o post acesse aqui Veneza
Vou listar os restaurantes que estive e adorei, recomendo todos. E vamos começar com um clássico, porque amo demais beleza e história.
1 – Ristorante Quadri: na Piazza San Marco, possui essas cadeiras na foto acima de frente para a Basílica, com um palco onde tem música clássica ao vivo no final da tarde. Na parte de baixo está o café/bistrô que fui em junho de 2013 e na parte de cima, no primeiro andar, o restaurante gastronômico com 1 estrela Michelin estive em junho de 2017.
O Caffè Quadri existe desde 1775. É lindo demais, tanto no térreo quanto no primeiro andar. No restaurante Quadri (andar de cima) foi a refeição mais cara em Veneza, por ser padrão estrelado, mas vale a pena. É considerado um dos 50 melhores do mundo pelo The Diners Club.
Quando chegamos estava assim vazio, depois lotou. Comida incrível. Reservei com o concierge do meu hotel, mas é possível pelo site: http://www.alajmo.it
2 – Antico Martini: no Campo Teatro Fenice, desde 1720, outra instituição de Veneza. O restaurante tem uma parte externa, mas vale a pena mesmo sentar na parte interna, com várias salas, uma mais linda que a outra. É o meu restaurante preferido pelo conjunto da obra: localização charmosa, ambiente lindo, comida maravilhosa e atendimento muito simpático e gentil. No Antico Martini não tem erro!
Ponte da Calle del Sartor da VesteCalle del Sartor da Veste
Detalhe dos muitos quadros lindos do restaurante.
3 – Giudecca 10 – Hotel Cipriani: fica na ilha de Giudecca, um dos três restaurantes do Belmond Hotel Cipriani. O hotel tem uma lancha privativa que leva e traz os hóspedes e clientes da Piazza San Marco para o hotel, leva uns 5 minutos o trajeto, lindo demais.
O restaurante tem mesas ao ar livre quando o tempo está bom e em junho (2013) geralmente está. Reservei com antecedência e pedi uma mesa de frente para o canal, uma experiência incrível!
A vista da mesa, com a diferença da luz, ao cair da noite, sempre linda.
4 – Da Rafaelle: primeira refeição em Veneza em 2013 e repetimos em 2017, bem próximo ao Hotel Bauer. Restaurante descontraído, barato, frutos do mar excelentes. Junto ao Rio de l’Alboro, com essa vista linda, mesas no interior também.
5 – Terrazza Danieli – Hotel Danieli: no filme O Turista com a Angelina Jolie tem uma cena dela com o Johnny Depp jantando em um terraço em frente a Igreja Santa Maria del Salute, pensei: quando for a Veneza vou jantar nesse restaurante com essa vista incrível. Como ela estava hospedada no Hotel Danieli (no filme) reservei o restaurante terraço do hotel acreditando ser esse.
Não era! Apesar de ser um terraço (no rooftop) e ter vista para a igreja na hora fiquei decepcionada porque era muito distante. Depois passou. A comida estava ótima, atendimento também, fomos no piano bar no térreo que estava maravilhoso, foi uma noite incrível!
Cheguei no restaurante em junho de 2013 à noite, já estava escuro. O melhor é reservar mais cedo para pegar o anoitecer e ter esse panorama. Hotel Danieli – Riva degli Schiavoni
6 – Club del Doge – Hotel Gritti: Não me conformei e assisti novamente o (péssimo) filme O Turista e então cheguei a conclusão que o terraço maravilhoso que a Angelina Jolie estava jantando só podia ser do restaurante do Hotel Gritti, no Campo Santa Maria del Giglio
E era! Tem coisa mais linda? Em junho de 2017 cheguei cedo e fui vendo o anoitecer, todas as cores do céu até escurecer por completo com ela, assim, de camarote na minha frente, a Santa Maria del Salute, tenho umas 5.984.368 fotos dessa igreja de tão maravilhosa que eu acho.
O restaurante estava funcionando no terraço por causa da época, no frio tem um ambiente interno lindo demais, bem clássico, aliás esse hotel é o meu sonho de consumo em Veneza, acho fantástico.
Feliz no Gritti
7 – Restaurante Grand Canal: em frente ao Grand Canal, em um deck do Hotel Mônaco, na região de San Marco muito próximo a Piazza San Marco. Fomos almoçar em setembro de 2017 e estava delicioso. Vista linda, para colocar na lista dos que eu tenho vontade de repetir.
8 – Chat qui Rit: comida italiana de bistrot. Pedimos massa (eu) e carne (marido) e os pratos estavam muito bons, ambiente moderno, na calle Tron.
9 – Osteria Enoteca San Marco: ambiente moderno também, comida maravilhosa, uma enoteca fantástica na entrada. Atendimento especial. Na calle Frezzeria.
10 – Bauer: já comentei no outro post Veneza que me hospedei nos Hotéis Bauer e Il Palazzo Bauer. Amo demais esses hotéis pela sua beleza e localização. São anexos e compartilham os ambientes, como o restaurante De Pisis, O Bar Canale e o Roof Top Settimo Cielo. Não hóspedes também são bem vindos. A comida do restaurante De Pisis é deliciosa, linguine al vongole foi a minha pedida e estava incrível. O restaurante tem dois ambientes, interno clássico, lindo e o deck em frente ao Grand Canal, fui para o almoço, estava um dia lindo, sentei no deck.
Com ela sempre – Santa Maria del Salute
No restaurante De Pisis também é servido o café da manhã do Hotel Bauer
Foto panorâmica do deck do restaurante De Pisis – Hotel Il Palazzo Bauer
O Bar Canale fica em um pátio térreo, área externa, em frente ao Grand Canal. Fui à noite para tomar um aperitivo e o ambiente é muito agradável, adorei. Só que foto noturna é tão complicado, então vou me socorrer de um profissional para dar uma ideia da beleza do local.
E o terceiro espaço é o rooftop Settimo Cielo. Local do café da manhã do Hotel Il Palazzo Bauer, tem área interna e externa. À tarde e à noite bar e aperitivos. Eu amo esse local, tem uma vista linda, animado, bom astral.
A vista do rooftop Settimo Cielo do Hotel Il Palazzo Bauer é 180 graus, um sonho!
Foto panorâmica do Settimo Cielo, terraço no último andar do Hotel Il Palazzo Bauer
11 – Harrys Bar – ao lado do Hotel Il Palazzo Bauer, um lugar imperdível para quem vai a Veneza. Bar e lanches no térreo, restaurante no andar superior, fui nos dois e amei. E foi aqui que o célebre drink Bellini foi inventado, meu aperitivo preferido no mundo, champanhe com suco de pêssego, na Itália ele é preparado com a polpa da fruta natural, fica delicioso.
O marido com ele – o delicioso Bellini
A Piazza San Marco é uma festa, durante o dia ou à noite, vive lotada de turistas, muitas vezes aquela multidão não é nada agradável, é verdade, mas ao cair da tarde, muitos vão embora e ela vai ganhando o seu charme, com vários bares, restaurantes ou confeitarias com mesas e cadeiras espalhadas pela Piazza e seus palcos para shows de música ao vivo, geralmente clássica, da melhor qualidade. É mágico, adoro.
12 – Caffè Florian: A confeitaria mais famosa de Veneza. É linda, imperdível. Muitos dizem “é muito cara”, “não vale o preço”. Sim é muito cara, mas discordo, vale sim o preço. Está situada na Piazza San Marco em Veneza. Conseguem imaginar o preço do metro quadrado desse local? Tem muitas pessoas para servir e músicos no palco pelo menos 8 horas por dia. Quanto custa manter? E mais uma vez sigo aquela lógica: é uma viagem, não vou todo dia (fui 3 vezes), um lugar icônico e vai ser ótimo para a minha biografia rsrsrs!
Caffè Florian na Piazza San Marco desde (apenas) o ano de 1720, a cafeteria mais antiga em funcionamento de forma contínua no mundo, o outro é o Le Procope de Paris (que eu também conheço e amo)
São essas as dicas de restaurantes, em vários estilos e preços, todos deixaram saudade, foram bons momentos, por isso os recomendo. E, como sempre, em viagem eu não como para viver, eu vivo para comer!
Foi uma das cidades que conheci no bate e volta a partir de Florença, em março de 2017.
Para Bolonha considero ideal dormir 2 noites para ver com calma suas atrações, tem muita coisa interessante. Consegui ver “quase” tudo que queria (já explico), não fiquei com aquela sensação de quero mais ou preciso voltar.
Gostei muito de Bolonha, o marido não. Achei a arquitetura em tons de vermelho muito bonita, a famosa gastronomia e o legado acadêmico ótimos motivos para visitá-la. Bem por isso, é chamada de “la rossa” (a vermelha), la grassa (a gorda) e la dotta (a culta).
Para conseguir visitar todas as atrações de Bolonha é melhor não ir em um domingo ou segunda, pois algumas delas fecham nesses dias. Fui em um sábado e estava “quase” tudo aberto (por culpa minha, já conto).
Chegamos de trem, a viagem dura apenas 35 minutos, uma beleza. Dá para ir e voltar tranquilamente a partir de Florença.
Instalação na saída da estação de trem Bologna Centrale
Passamos pela Via dell’Indipendenza que aos finais de semana é pedonal e aqui já podemos sentir porque Bolonha é chamada de “A Rossa”
Bolonha tem 40 Km de pórticos, amei! Cidade que facilita a sua vida quando está chovendo.
Chegamos na Piazza Maggiore e infelizmente (eu já sabia) a sua linda Fontana del Netuno, de 1566 com uma estátua de bronze de Netuno estava coberta para restauro. Nessa praça está a Catedral de Bolonha, a Basílica de San Petrônio.
Sua construção começou em 1390 para ser a maior igreja do mundo, maior inclusive que a Basílica de São Pedro no Vaticano. Sua conclusão só aconteceu em 1659 e não respeitou o projeto original. A sua fachada é muito interessante, pois ficou inacabada. Metade para baixo é de pedra d’Istria e mármore Rosso Verona, metade para cima de tijolos. Dedicada a San Petronio padroeiro de Bolonha.
A Basílica possui capacidade para 28.000 pessoas. Tem 132 metros de comprimento e 60 metros de largura, mesmo assim, com essas dimensões é a 15ª maior igreja católica do mundo.
Cabeça de San Petronio em um relicário de prata na parte de baixoMeridiana Solar
A Piazza Maggiore é a praça mais famosa, um ponto de encontro da cidade e possui alguns prédios bem interessantes. O primeiro é o Palazzo d’Accursio, conhecido como Palazzo Comunale, sede do município de Bolonha, abriga também um museu de arte.
Outra atração da Piazza Maggiore é a Biblioteca Salaborsa, muito linda e no seu subsolo tem achados arqueológicos.
O Palazzo Re Enzo, na Piazza del Netuno, uma extensão do Palazzo del Podestà, de 1245, forma um conjunto de edifícios com função pública da Piazza Maggiore. Hoje abriga eventos e congressos.
No andar térreo do Palazzo del Podestà está o Voltone, uma abóbada sob a Torre dell’Arengo, apoiada em 4 pilares. Cada pilar fica em uma canto oposto ao outro. E tem uma acústica tão impressionante que se alguém sussurrar em um dos cantos, quem está no canto do outro lado escuta perfeitamente!
Pórtico para a entrada do Voltone no Palazzo del Podestà
Muito próximo a Piazza Maggiore se encontra o Archiginnasio, atravessando um pórtico para Piazza Galvani. Trata-se de um Palazzo, do ano de 1563, que abriga uma fantástica biblioteca, o Teatro Anatômico e no andar de cima o salão do Stabat Mater.
Piazza GalvaniPátio do Archiginnasio
O Archiginnasio foi criado em 1562 para reunir todas as escolas da Universidade de Bolonha que estavam espalhadas pela cidade, para ficarem em um único lugar. Depois, em 1803, a sede da Universidade se mudou para o Palazzo Poggi. Desde 1838 o Archiginnasio é a sede da mais importante biblioteca municipal da Itália com 800 mil volumes.
É também o maior museu Heráldico do mundo, pois possui 6.000 brasões de professores, reitores e alunos que passaram por aqui e quiseram deixar registrados os brasões de suas famílias. Estão espalhados pelas paredes e tetos criando um visual incrível, lindo!
O que é esse teto da escada que dá acesso ao piso superior? A quantidade de brasões e o efeito? Lindo demais!
O espaço mais importante é a Stabat Mater (do latim Estava a Mãe), era a sala onde os estudantes de direito tinham aulas. Hoje funciona para eventos.
Daqui, para não perder a sequencia histórica, fomos para o Palazzo Poggi, sede do campus da Universidade de Bolonha, a mais antiga da Europa, desde o ano de 1088.
Visitamos dentro do Campus o Museu do Palazzo Poggi e o Museu de Anatomia de Cera Luigi Cattaneo.
Entrada do campus da Universidade de Bolonha
O Museu Poggi da Universidade de Bolonha engloba coleções de História Natural, Física, Química, Arte Oriental, Náutica e Biblioteca.
O mais fascinante para mim foi conhecer o Museu de Anatomia Luigi Cattaneo, com trabalhos perfeitos de anatomia e obstetrícia feitos em cera para estudo dos alunos.
Concordamos totalmente porque Bolonha é chamada de “La Dotta” (a douta, a culta).
Como no meu roteiro não pode faltar igrejas, queria muito conhecer a Basílica de Nossa Senhora de San Luca – Madonna de San Luca. Ela fica no alto de uma colina, longe do centro. Tem um trenzinho que sai da Piazza Maggiore, mas resolvi ir de táxi para ganhar tempo, passeio bate e volta o tempo é curto. Pedi para o motorista me esperar para depois retornar, o marido não queria conhecer e ficou esperando dentro do táxi.
Aqui é que entra o “quase tudo” que eu conheci em Bolonha e falei no início do post.
Eu tinha a informação que a igreja fechava das 12:30 às 14:30. Mas, nunca é garantido, muitas outras igrejas na Itália não bateram com a informação prévia. Fui para lá às 14h, realmente estava fechada e só reabria às 14:30! Eu podia ter esperado em outro lugar, ter feito outra coisa, mas ansiosa, me dei mal. Esperar com o táxi por 30 minutos estava fora de questão. Então só conheci a área externa, pedi para uma pessoa que também “bateu com a cara na porta” fazer essa foto minha e fui embora desolada. Uma pena!
Fomos então conhecer a fama de “la grassa” (a gorda) de Bolonha, a sua culinária. Passeamos pela Via Pescherie Vecchi e suas transversais onde a quantidade de restaurantes e lojas de produtos alimentícios é incrível.
Almoçamos nesse restaurante na Via Pescherie e foi maravilhoso!
O Mercato di Mezzo, na Via Clavature, também é uma ótima opção para almoço, com várias opções de comida, com mesas e bancos no centro do pátio para sentar.
O charme do calçadão da Via degli Orefici
E para não ficar só com uma igreja, eu tinha outra carta na manga, então fui conhecer (sozinha) a Basílica de Santo Stefano. Um conjunto de quatro igrejas medievais (de um original de sete igrejas) reunidas em um mesmo teto (telhado). Fica na Via de Santo Stefano, uma rua muito legal, animada, cheia de bares.
O Complexo da Basílica de Santo Stefano engloba a Igreja do Crocifisso (século XI), Igreja do San Sepolcro (séc XI), Igreja de Santi Vitale e Agricola e Igreja de Santa Trinita. Há um Claustro Superior que segundo a tradição Dante Alighieri gostava de ficar aqui fazendo os seus estudos e reflexões enquanto frequentava a Universidade de Bolonha em 1287.
Na parte final do complexo tem uma loja para vender produtos feitos pelos monges muito boa, tem sabonetes, cosméticos, doces, artigos religiosos também. Quem me atendeu foi um monge brasileiro de Salvador e me disse que o creme para psoríase deles é muito famoso, gente do mundo inteiro vem comprar.
Por fim, passamos em frente para conhecer a Torre degli Asinelli. São duas torres gêmeas medievais inclinadas, de 1488.
A Torre Asinelli é a mais alta de Bolonha (97 m) e aberta para visitação (a fila é enorme), são 498 degraus em uma escada de madeira íngreme. A inclinação dela é de 2,23 metros e quase não se percebe em razão da sua altura.
A Torre Garisenda possuía 60 metros, mas teve 12 metros cortados por risco de desabamento. Está fechada ao público, é a mais inclinada, com 3,22m e foi citada por Dante na sua obra Divina Comédia.
Bolonha tem muito mais atrações, foi o que deu para ver em um dia de passeio, achei uma cidade muito animada, me passou um bom astral, imagino que a noite deve ser ainda melhor. Adorei conhecer!
Quando fixei base em Florença, em março de 2017, por cinco dias, a minha intenção era fazer três passeios bate e volta, pois já conhecia a cidade e dois dias seriam suficientes para ver o que faltou e nos outros iria conhecer Pisa, Bolonha e Siena.
Embora seja muito disciplinada em viagens e procure seguir o roteiro planejado, me permito fazer alterações por algum motivo que claro, só surge lá.
Pode ser o clima, o cansaço, o mau humor (sim, às vezes ele aparece mesmo em viagem de férias) ou um lugar muito bom que quero ficar mais tempo, dá para fazer uns ajustes aqui e ali para adaptar a viagem a realidade que os muitos estudos não preveem.
Conheci então Pisa e Bolonha. Só que em Florença estava tão bom, dias tão lindos, tinha tanta coisa para ver e fazer que resolvi tirar Siena, justamente a cidade que eu mais queria conhecer, porque refleti e achei que era uma cidade que merecia mais que um bate e volta e fica melhor ainda se juntar com San Giminiano e Lucca. Um dia ainda irei!
Vamos a Pisa. Claro que o motivo para conhecer a cidade é a sua icônica Torre inclinada que por mais batida que seja, acho o esforço para mantê-la em pé fascinante. Mas Pisa não é só isso e já aviso que os passeios bate e volta que os grupos costumam fazer em uma manhã ou em uma tarde acho difícil para conhecer, tem que correr.
Rio Arno – Pisa – o sol e o céu azul de Florença não me acompanharam em Pisa
Fomos sozinhos, eu e o marido de trem. E a “aventura” já começou aqui. Comprei o bilhete com duração da viagem em 1h, direto, pelo Regionale Veloce. Chegamos cedo na estação e o trem já estava parado para embarque, estranhei, nunca tinha acontecido, sempre é rápido o tempo de embarque. Ali me dei conta de que não tinha lugar marcado e podia sentar em qualquer banco. E foi entrando gente, entrando gente, não parava de entrar gente, cada figura, uns com malas enormes que não tinha onde colocar, ficavam no colo mesmo, atrapalhando o passageiro do lado, ninguém reclamava, me sentia em um filme de comédia.
Não tinha mais lugar para sentar e continuou entrando gente. Agora ficavam em pé, sentados no chão, pendurados no corrimão, não acreditava no que estava vendo. Jovens, velhos, crianças, até um cego levaram para “ver” Pisa, adorei! Eu e o marido ríamos tanto que uma senhora italiana olhava para a gente e ria também, sem saber do que era (óbvio), porque o riso realmente contagia.
Bom, o trem finalmente partiu e de “veloce” não tinha nada! Muito menos “direto”. É considerado direto o trajeto (linha) que não tem necessidade de trocar de trem para alcançar o seu destino final, ou seja, sem baldeação, mas não significa que ele não para. E esse parou, meu Deus, o desgraçado não andava, só parava, foram 7 estações!
Enfim chegamos, estava exausta hehehe!
E o primeiro lugar que eu estava ansiosa para conhecer era? Quem disse a torre errou! Queria muito conhecer a Igreja de Santa Chiara. Por que? Porque aqui está guardado um dos espinhos da Coroa de Cristo! O marido não acredita, eu sim e uma vez ouvi a seguinte frase, mas desconheço o seu autor “Tão tolo quanto aquele que acredita em tudo é aquele que não acredita em nada”.
Essa igreja foi edificada em 1277, fica em rua lateral (Via Roma, 67) que termina na praça onde está a Torre Inclinada, o Duomo e o Batistério. Só que tem uma construção tão simples, sem nenhuma indicação, que passei por ela algumas vezes e não vi, já estava desesperada quando resolvi perguntar no restaurante em frente e me indicaram a porta. Pertence ao Complexo do Ospedale de Santa Chiara ( porta ao lado).
O altar em frente
Ficando de frente para o altar, o espinho está em uma vitrine do lado esquerdo, com uma grossa grade de ferro.
Espinho da Coroa de Cristo – muita emoção
Depois seguimos pela Via Roma, viramos a esquerda e fomos conhecer o Museu delle Sinopie, na Piazza Duomo, achei interessante, mas não é imperdível, então se você tiver pouco tempo, não se preocupe, pode tirar do roteiro. Embora seja um museu pequeno que não demora para ser visitado.
Sinópia é o pigmento vermelho misturado com água e aplicado por escova para fazer os desenhos em papel ou pergaminho, traçados na primeira camada de gesso, preparatórios para o afresco. Seria o esboço do afresco e são raros.
E chegamos: a famosa Torre Inclinada ou a Torre de Pisa. São Pedro não me ajudou e o céu estava carregado de nuvens o que tira muito da beleza da foto, sem o contraste do azul. De todo modo, achei linda, foi restaurada há pouco tempo, está sem andaimes e o seu mármore bem branquinho que dá para ver toda a riqueza de detalhes.
Não tive interesse em subir, vi que a fila de espera era imensa, mas não foi por isso, podia ter comprado o ingresso antecipado, não quis mesmo, bastava apreciar por fora.
A Torre Inclinada fica na Piazza dei Miracoli ou Piazza Duomo e foi construída entre os anos de 1173 a 1350. É o campanário do Duomo, ou seja, a torre que abriga os sinos da igreja. São 7 sinos. Tem 58,36 metros de altura, 15 metros de diâmetro e possui uma inclinação de 5,5°. Para subir são 273 degraus distribuídos em 8 andares. A visita tem duração de 30 minutos, pois tem um número limite de visitantes por vez.
Os experimentos de Galileu Galilei (1564 – 1642) aconteceram aqui, pois nasceu e viveu em Pisa.
Agora, eu fiz questão de ter a manjada foto “segurando” a Torre para ela não cair. Acontece que os “dotes” de fotógrafo do marido não permitiram a execução do plano com perfeição (que foi treinado em casa) e ficou assim:
Da série: Por que eu não casei com um japonês?
Paciência, vamos para a próxima atração, que eu amei: o Campo Santo, o cemitério de Pisa, também na Piazza dei Miracoli. Eu sou apaixonada por cemitério. Acho lindo e os meus preferidos são o Père Lachaise em Paris e o Monumentale de Milão. No Brasil o da Consolação em São Paulo é imperdível (vou fazer um post sobre SP que inclui a visita guiada que fiz lá).
O cemitério da Piazza dei Miracoli é diferente dos “tradicionais”. Foi construído em 1277 e possui poucos túmulos. A maioria está em placas no chão, como as pessoas que são enterradas em igrejas. Tem sarcófagos romanos e terra trazida do Monte Calvário pelas Cruzadas. O seu acervo de relíquias religiosas é riquíssimo com pedaços da Santa Cruz e restos mortais dos Apóstolos. Foi o primeiro museu de Pisa.
Os túmulos são de personalidades, pessoas que fazem parte da história da cidade, como os da família Médici e do matemático Fibonacci.
Os sarcófagos romanos são lindos (são 84 no total)Relíquias religiosas
Os afrescos são incríveis! O cemitério foi seriamente atingido na 2ª Guerra Mundial e muitos sarcófagos e afrescos totalmente destruídos. Há um intenso trabalho de restauração para recuperar o que sobrou.
O chão é coberto de placas mortuárias, algumas bem interessantes.
A próxima atração é o Batistério, na Piazza dei Miracoli. Do ano de 1152, em estilo romântico/gótico fica em frente ao Duomo (a Catedral de Pisa). Todo mundo sabe, mas não custa registrar, que os batistérios eram construídos do lado de fora porque não era permitido que pagãos (não batizados) entrassem nas igrejas.
O seu púlpito hexagonal em mármore data de 1260. Galileu Galilei foi batizado aqui.
Em frente ao Batistério, na mesma Piazza dei Miracoli, está o Duomo de Pisa, cidade difícil de visitar, não?
Dedicada a Santa Maria Assunta, a Catedral de Pisa, construída de 1064 a 1118, tem a fachada em mármore, no estilo arquitetônico romântico. Possui 3 pares de portas de bronze do século XVI colocadas para substituir as originais de madeira que foram destruídas no incêndio de 1596.
A porta central retrata a história da Imaculada Conceição e o nascimento de Cristo. A porta da direita o Calvário e a Crucificação e a porta da esquerda o Ministério de Cristo.
O seu interior é impressionante.
O teto de madeira decorado com ouro 24 K é herança dos Médici e o seu púlpito octogonal do artista Giovanni Pisano,de 1301, espetacular.
Então, todas essas atrações estão concentradas na Piazza dei Miracoli, também conhecida como Piazza Duomo a poucos metros uma da outra.
Passando novamente pela Torre de Pisa aproveitei para me despedir com uma selfie (porque o marido ficou mau humorado das 3.548.973 fotos que teve que fazer) e seguimos em frente.
As ruas de Pisa são bem agradáveis para passear, como muitas cidades italianas e européias, tem muitos restaurantes e lojas, várias praças entre elas.
Fazendo o trajeto em direção à estação de trem Pisa Centrale chegamos na Piazza dei Cavalieri onde tem o Palazzo dell’ Orologio, de 1357, com visita guiada sob reserva.
Na construção do Palazzo foram incorporados os restos da Torre Medieval conhecida como Torre da Muda ou da Fome. Da Muda porque as águias da Comuna de Pisa ficavam aqui na época da muda das penas.
Torre da Fome por causa de um caso terrível que ficou famoso na cidade, quando em 1289 o Conde Ugolino Gherardesca foi preso por suspeita de traição juntamente com seus filhos e netos e a chave jogada fora no rio Arno. Toda a família morreu de fome. A história é contada por Dante Alighieri no livro A Divina Comedia (Inferno XXXIII).
Na mesma Piazza Cavalieri se encontra a Igreja de Santo Stefano, de 1567
E o Palazzo della Carovana, de 1562, com sua fachada decorada com figuras alegóricas e zodiacais, onde funciona a Escola Normal de Pisa, uma instituição de ensino superior criada por ordem de Napoleão Bonaparte em 1810.
Estátua de Cosme de Medici
Seguimos por mais algumas ruas, primeiro pela Borgo Streto, Piazza Garibaldi e depois de atravessar o Rio Arno pela Corso Itália.
Lungarno Galileu Galilei
Detalhes arquitetônicos que eu amo
Gostei de Pisa, o marido achou sem graça, não é uma cidade que eu gostaria de ficar, passar mais tempo, mas em um passeio bate e volta a partir de Florença valeu a pena.
Em setembro de 2017 fui para a Sicília pela primeira vez e me apaixonei. Um dos lugares que visitei foi o Vale dos Templos em Agrigento. Fiz um passeio bate e volta partindo de Palermo com a empresa Get Your Guide, de van, em um pequeno grupo.
Acho esses passeios de um dia inteiro muito cansativos, mas não tinha outro jeito, não queria dormir em Agrigento, meu objetivo era só conhecer o Vale dos Templos mesmo. E ainda teve um bônus! (já vou contar).
Palermo, onde montei base por 4 dias, fica ao norte da Sicília e Agrigento ao sul. Na ida fomos por Sciacca A distância é de 132 Km. A duração é de aproximadamente 2h. Quer dizer, são 4 horas de deslocamento ida e volta!
Chegamos em Agrigento e fomos conhecer o Museu Arqueológico Regional Pietro Griffo, com um acervo maravilhoso de achados arqueológicos gregos e romanos da região.
O nosso motorista era um italiano muito engraçado e simpático, gostou muito da gente e disse que não estava no roteiro, mas queria nos levar para conhecer a Scala dei Turchi em Sciacca, onde depois paramos para o almoço.
Foi esse o bônus! Um lugar incrível, que eu nunca tinha ouvido falar, nem vi em todos os meus estudos sobre a Sicília. A “Escada dos Turcos” é um penhasco de pedra calcária no Mar Mediterrêneo em formato de degraus. O branco é tão branco que chega a doer os olhos. Fica a 13 Km de Agrigento.
O nome Scala dei Turchi é por causa dos árabes que invadiram a região e que genericamente são chamados de “turcos”. Parece uma escada mesmo.
E essa vista para o almoço do restaurante Lido Scala dei Turchi.
Depois seguimos para o Vale dos Templos de Agrigento, um parque arqueológico super interessante com exemplares da arquitetura grega.
Templo de Juno – 450 a.c.
O Vale dos Templos foi um centro religioso quando Agrigento era a colônia grega de Akragas, há mais de 2.500 anos.
Templo de Hércules
Como se não bastasse todo o patrimônio histórico do lugar ainda tem uma vista linda para o mar Mediterrâneo
Templo de Zeus
A construção mais impressionante é o Templo da Concórdia, do século V a.c. em excelente estado de conservação.
Templo da Concórdia
Em estilo dórico, o Templo da Concórdia foi transformado em igreja no século VI o que foi a causa da sua conservação.
Junto ao templo da Concórdia, uma Oliveira com aproximadamente 500 anos!
O Vale dos Templos em Agrigento é um lugar incrível que vale a pena colocar no seu roteiro pela Sicília.
Quando planejei a minha viagem para a Sicília (fui em setembro de 2017) não foi fácil escolher as cidades para visitar em 10 dias, porque são muitas as que eu tinha e ainda tenho vontade de conhecer. Siracusa (Ortígia) era uma delas.
Como uma das bases foi Catânia, por três dias, e dois dias são suficientes para conhecê-la, resolvi incluir Siracusa em um bate e volta de um dia.
Ortígia é uma pequena ilha de apenas 1 km² onde se encontra o centro histórico de Siracusa e se liga a parte continental por uma ponte.
Fui de trem e digo que foi a primeira e última vez que andei de trem na Sicília. Eu amo viajar de trem, mas lá é impossível. Os trens são horríveis, mesmo! Muito velhos, muito sujos, não tem lugar para malas (ainda bem que não tinha) e principalmente muito lentos. Não dá! Nem usei a passagem de retorno, contratei um táxi para voltar. Não foi caro.
Com o trem chegamos na parte continental de Siracusa, pela manhã, pegamos um táxi e fomos direito para o Parque Arqueológico Neapolis que é perto da estação.
Anfiteatro Romano do sec I a.c.Teatro Greco sec V a.c.
A atração mais importante do parque arqueológico é o Orecchio de Dionisio, uma caverna cuja entrada é uma enorme fenda.
Entrada do Orecchio di Dionisio
A caverna é artificial, ou seja, foi construída. Tem 23 metros de altura e 65m de profundidade. Era utilizada pelo tirano Dionísio (432 a.c. – 367 a.c.) que governou Siracusa, para trancar os prisioneiros e os espiava de uma cavidade mais alta onde era possível escutá-los, já que tem uma característica acústica que permite amplificar o som em até 16 vezes.
Dizem que o nome da caverna: Orecchio di Dionisio foi dado por Michelangelo, por ter a forma semelhante ao ouvido humano e pela sua função (escutar o que falavam os prisioneiros) na época de Dionísio.
Dentro do Orecchio di DionisioNa saída do Orecchio di Dionisio
Sinceramente não curti esse passeio. Gosto de ruínas arqueológicas, visitei algumas na Grécia que amei, mas o Parque Neapolis não tem muito o que ver, ao mesmo tempo é grande, gastei quase uma manhã inteira aqui, para mim não valeu a pena.
Então partimos para Ortígia a ilha de Siracusa. Pegamos um táxi e pedi para nos deixar direto na Catedral, na praça central, a Piazza Duomo, porque ao meio dia fecha e só reabre às 16h.
Como é lindo o Duomo de Siracusa, Catedral dedicada a Natividade de Nossa Senhora. Foi construída aproveitando um templo grego de 2.500 anos com reformas e intervenções em vários séculos IX, XIII e XVIII.
No seu interior tem três capelas: Santa Luzia, Sacramento e Crucifixo
A praça central onde se encontra a Catedral também é linda (Piazza Duomo)
Passear por Ortígia é uma delícia, são muitas ruas charmosas com cafés, confeitarias, restaurantes (comemos muito bem), lojinhas (comprei uma túnica linda e uma testa di moro), ateliers, etc. A partir do Duomo seguimos pelas ruas no seu entorno até chegar na Piazza Archimede, na Rua Cavour, ontem tem a Fontana de Diana.
A fonte de 1906 , em estilo clássico/art nouveau, tem Diana, deusa da caça, protetora de Ortígia em tempos gregos e quatro tritons que empurram dois cavalos do mar.
Uma das lojas que eu mais gostei foi a Cool de Sac. Elizabeth sua estilista cria túnicas e caftans lindos e na hora preparou a embalagem de tecido para a guardar a túnica que eu comprei. A loja tem acessórios lindos também.
As ruas de Ortigia são bem estreitas e de repente se abrem em uma praça ou pátio com restaurantes e lojas
Caminhamos até o mar, onde tem a Porta Marina , do século XV e a arquitetura dos prédios a beira mar é linda demais!
Paramos para almoçar e sempre fazemos amigos
Uma vista linda do mar Mediterrâneo é no Belvedere do Largo da Fontana Aretusa
A Fontana Aretusa é separada do mar apenas por uma parede de pedra. Tem muitos peixes (tainha) e é praticamente coberta por papiros que crescem aqui espontaneamente.
Caminhando pelo Lungomare Alfeo, a calçada a beiramar fomos em direção ao Castelo Maniace na extremidade da ilha de Ortígia.
O Castelo Maniace era uma fortaleza e foi construído pelo Imperador Frederico II em 1232. Hoje é aberto ao público, mas não tem muito o que ver além da sua estrutura e a sua vista a beira mar.
Uma loja italiana que eu amo é a Ortígia, perfumaria com sabonete líquido, em barra, cremes hidratantes, uma linha de lenços de seda e bermudas masculinas para a praia, linha home com difusores e velas aromáticas. As fragrâncias são maravilhosas e as embalagens então, muito lindas. Adoro! Conheci a marca em Florença, mas tem lojas em várias cidades como Veneza, Roma, Palermo. E então quando cheguei em Ortígia quis conhecer a loja matriz, que dá nome a marca.
O logo da Ortígia são dois leopardos com palmeiras. Essa imagem é de um mosaico que está no teto do palácio real de Palermo o Palazzo dei Normanni, que também conheci. Site: http://www.ortigiasicilia.com
Depois paramos para fazer um lanche no Caffe Minerva, na Piazza de mesmo nome, rua lateral do Duomo.
Dá para conhecer a ilha inteira em uma tarde, mas fiquei com pena de não ter passado uma noite aqui, imagino como deve ser mágico. De todos os lugares que conheci na Sicília, Siracusa e sua ilha Ortígia foi o único que me deu vontade de voltar, porque achei que um passeio bate e volta não foi suficiente.
E de Siracusa dá para montar base para conhecer conhecer algumas cidades próximas que são incríveis como Noto e Ragusa. Fica para uma próxima! Fotos abaixo dos vários ângulos da Piazza Duomo.
Acho que vou mudar o nome do blog para Bertoncini pela Itália. Brincadeira! Como passei 60 dias no país em 2017 (março, junho e setembro) conheci tantos lugares incríveis que quero muito compartilhar!
A primeira vez que ouvi falar de Taormina pensei: nossa, onde é? Então fui pesquisar e me apaixonei no ato! A Sicília é uma Itália tão diferente que nem parece Itália. A sua arquitetura com influência dos muitos povos que por lá habitaram (gregos, árabes, etc) a tornaram única, singular.
Fiquei na Sicília 9 dias em setembro de 2017, dois deles em Taormina.
Me hospedei no Hotel Belmond Timeo. Eu adoro essa rede de hotéis (Orient Express), são fabulosos e o Timeo não foge a regra. Ele está situado em uma área verde enorme, com jardins lindos, colado ao Antigo Teatro Grego e a poucos passos da praça central de Taormina. O Timeo tem um hotel irmão o Belmond Villa Sant’Andrea, que fica na beira do mar da Baía de Mazzaro, em Isola Bella. Os dois hotéis tem parceria e uma van leva os hóspedes de um para o outro. O Villa Sant’ Andrea também é incrível, fui almoçar lá, mas prefiro o Timeo.
Reservei um quarto duplo “deluxe” pelo http://www.grandluxuryhotels.com e recebi um upgrade para uma suíte. Um quarto enorme e bastante confortável com sacada com vista para a piscina, o mar e o Vulcão Etna.
A vista do Vulcão Etna da sacada do quarto
Taormina se situa na província de Messina na Sicília, tem 13 Km2 e 10.000 habitantes. Foi fundada no ano de 396 a.c. pelos Gregos e é banhada pelo mar Jônico.
Saí de Catânia com um transfer (carro com motorista) para chegar em Taormina. Não tem aeroporto na cidade, o mais próximo é em Catânia (onde fiquei 3 dias). O trajeto leva uns 50 minutos (são 55 km). Existe a possibilidade de fazer o trajeto de trem, mas pelo que eu estudei (e a única experiência que tive em Siracusa) não aconselho. Os trens são velhos, lentos e não tem lugar para malas.
Já na saída do Hotel Timeo para passear deu para sentir o charme desse lugar.
As lojas de louças são de enlouquecer! É muito comum na Sicília usar floreiras em forma de cabeça. Se chamam Testa di Moro (cabeça de mourisco) e tem uma lenda. Uma linda jovem siciliana se apaixonou por um rapaz árabe (mouro) e viveram um caso de amor. Um dia, o rapaz disse que iria voltar para a sua terra porque tinha mulher e filhos. Inconformada, a jovem pediu então uma última noite de amor. Naquela noite, depois que o rapaz dormiu ela cortou a cabeça dele, plantou manjericão e colocou na varanda. Os temperos cresceram fortes e bonitos causando inveja nos vizinhos que passaram então a copiar e foi criada a tradição.
As floreiras de cabeça de mouros são lindas, tem de todos os tamanhos e cores. As coloridas são realmente muito bonitas, mas acho que combinam com casa de praia, como não tenho mais, escolhi uma que combinasse mais com o meu apartamento na cidade. Comprei em Ortigia, fabricada em Caltagirone, a cidade da louça na Sicília. Pesa 5 Kg e trouxe em uma mala de mão!
Testa di Moro de Caltagirone – Sicília
A rua principal, a Corso Umberto, é intercalada por duas praças: a Piazza IX Aprile e a Piazza Duomo.
Piazza IX de Aprile
A Piazza IX de Aprile é conhecida como “a sala de estar” mais elegante de Taormina. É muito bonita, possui um belvedere (terraço) com uma vista incrível para a baía de Naxos e o Vulcão Etna. O seu piso preto e branco cria um efeito muito interessante.
Torre do Relógio
O nome da praça se deve ao fato de terem anunciado aqui, em 09 de abril de 1860, que Garibaldi havia desembarcado em Marsala para iniciar a sua conquista da Sicília. Na realidade Garibaldi chegou na Sicília um mês depois e existe os que consideram esta data “o dia da mentira” e outros que dão o crédito à cidade porque Taormina foi a primeira a anunciar a conquista.
Polêmicas à parte, a praça ficou com o nome e é o coração da cidade.
Igreja de San Giuseppe – séc XVII
Vista da Piazza IX de Aprile – TaorminaO piso preto e branco da Piazza IX de Aprile
Atravessamos o pórtico (arco) da Torre do Relógio e seguimos pela Corso Umberto, a rua principal da cidade, repleta de lojas e restaurantes.
Mosaico lindo na Torre do Relógio
E chegamos na Piazza Duomo, a outra praça de Taormina. A Catedral é do ano de 1400 e dedicada a San Nicola di Bari.
Le Quattro Fontane – a fonte da Piazza Duomo com seus quatro cavalinhos, é o símbolo da cidade, do ano de 1635.
Passear pelas ruas de Taormina é se deparar com encostas e vistas tão lindas que os gregos espertos sabiam mesmo o que estavam fazendo quando descobriram esse pedaço de paraíso em 396 a.c.
Um dos lugares que eu almocei, e amei, foi no restaurante Oliviero, no Hotel Belmond Villa Sant’Andrea, em Isola Bella, a van do Hotel Timeo vai e volta várias vezes por dia.
Vista da entrada, na estrada acima, do Belmond Villa Sant’Andrea
Que lugar mais lindo! A Via Nazionale que costeia a Baía de Mazzaro tem vistas incríveis
Hotel Belmond Villa Sant’AndreaVista da mesaAdoro Club Sandwich
De volta ao centrinho, passeamos pelo Giardino Pubblico e considero um lugar imperdível para quem visita Taormina, é lindo demais!
A vista do Jardim Público de Taormina
E essa arquitetura? Taormina é um sonho!
Ao lado do Hotel Timeo, onde fiquei hospedada, se encontra o Teatro Grego de Taormina. O Antigo Teatro é “apenas” do Século III a.c. Sim, você leu certo, do ano 300 antes de Cristo, quando o grego Andrômaco reuniu os refugiados de Naxos, que tinha sido arrasada pelo tirano Dionisio e os instalou em uma colina em Tauro, chamando-se a cidade posteriormente de Tauromenium (para Taormina é um pulinho).
O Teatro Antigo de Taormina é palco até hoje de shows e concertos musicais no verão.
O palco atrás e cobertura de madeira nas arquibancadas
Uma noite jantamos no restaurante Timeo, do hotel que estava hospedada, localizado em parte do imenso terraço com vista para a baía de Naxos e o Vulcão Etna. Comida e serviço maravilhosos, uma experiência pra nunca esquecer.
Camarote para essa vista, lindo demais!
Nas extremidades da rua principal, a Corso Umberto, existem dois arcos, vestígios das entradas muradas e protegidas da cidade que são a Porta Catânia e a Porta Messina.
A Porta Catânia fica logo depois da Piazza Duomo, atravessando o seu arco encontramos o Palazzo Corvaja, as ruínas do teatro Odeon Romano e a Igreja de St. Caterina.
Porta Catânia
Palazzo Corvaja
Teatro Odeon
Na outra extremidade da Corso Umberto, a Porta Messina e a Igreja de San Pancrazio
Porta Messina vista de trásPorta Messina
Igreja de San Pancrazio
A influência moura (árabe) na arquitetura de Taormina se percebe a todo momento
E as suas lojas maravilhosas tem de tudo, roupas, bijouxs, louças, mas enlouqueci na loja de perfumes e acessórios típicos sicilianos “Narcisse Erbe e Profumi”
Na última noite fomos jantar no restaurante Cinque Archi, na Piazza IX de Aprile e foi maravilhoso. No caminho a Corso Umberto bem mais vazia.
Vista da janela do Restaurante Cinque Archi
Café da manhã no Hotel Timeo sempre com essa vista, nesse incrível terraço
E muitas flores
Taormina é um lugar mágico e sem dúvida o mais incrível na maravilhosa Sicília.
Uma das coisas que eu tinha muita vontade de fazer na Itália era assistir uma ópera na Arena di Verona. A temporada abre em junho, início do verão. Então na minha viagem de 22 dias no mês de junho de 2017, ajustei as datas e cidades para estar em Verona e conseguir assistir o espetáculo.
Me hospedei por três dias no Hotel Due Torri. A princípio não era o hotel que eu queria, mas quando eu fui reservar em janeiro (5 meses antes) já estava lotado. Os espetáculos na Arena são muito procurados e a cidade fica cheia. Gostei muito do Due Torri, tem uma ótima localização, staff muito gentil, o recomendo. Só teve um porém, o ar condicionado não funcionava bem. Detalhe: pegamos entre 35 e 45 graus em Verona, foi de matar! Em nenhum lugar (lojas e restaurantes) o ar condicionado dava conta.
É um hotel antigo, estilo medieval, parecia do Conde Drácula!
Pianista no lobby bar todo final de tarde
O quarto tinha detalhe em vermelho! Não parece de vampiro?
Dois dias são suficientes para conhecer bem a cidade. Verona tem várias atrações, mas é pequena. Reservei três dias porque queria também fazer um passeio bate volta para o Lago di Garda, que é ao lado, mas fiquei mal humorada com o calor absurdo e não fui.
O primeiro lugar que visitei foi o Castel Vecchio e a sua famosa Ponte Scaligero
O Castel Vecchio foi construído em 1350 por Cangrande II e era uma fortaleza. Foi danificado por Napoleão Bonaparte e depois bombardeado na 2ª Guerra Mundial. Hoje é o maior museu de Verona com acervo de arte romana, medieval e renascentista (amo). Possui estátuas, afrescos, jóias e quadros de Bellini, Veronese e Pisanelo.
A Ponte do Castel Vecchio é a Scaligero. Construída em 1354, de tijolos vermelhos e mármore embaixo, está apoiada em duas torres. Era utilizada como rota de fuga da família governante. Foi totalmente destruída pelos bombardeios da 2ª Guerra Mundial e reconstruída na década de 1950.
Na parte de cima do castelo tem uma vista incrível para a ponte Scaligero e o rio Ádige.
Saímos do castelo e fomos passear pela cidade. Verona tem duas praças importantes: a Piazza Brà onde está a Arena e a Piazza Erbe.
Na Piazza Brà, no lado oeste, está o Portoni della Brà, a entrada da praça, um pórtico com uma torre pentagonal, arcos e um relógio.
A Piazza Brà tem ainda ao sul o Palácio Barbieri, sede do município e ao norte o Liston, uma área pavimentada com mármore (calçadão) com restaurantes. Todo o entorno da Piazza tem uma arquitetura muito bonita.
A atração principal da Piazza Brà é a Arena di Verona. Do Século I, construída entre o final do reinado do Imperador Augusto e início do Imperador Cláudio, sua fachada é de pedra calcária branca e rosa. Sua rica decoração em mármore não existe mais. Esse anfiteatro era usado para lutas de gladiadores.
A Arena di Verona possui 152 m de comprimento, 123 m de largura e 31 m de altura. É o terceiro maior anfiteatro da Itália (o primeiro é o Coliseu de Roma) sendo o mais bem preservado.
Assisti a ópera Nabucco de Giuseppe Verdi, que conta a história do rei Nabucodonosor da Babilônia. A ópera tem 4 atos e teve sua estreia em 1842 no teatro Scala de Milão. A música tema “O Coro dos Hebreus” (Va, pensiero…) se tornou o símbolo do nacionalismo italiano.
Comprei o ingresso com bastante antecedência no site: http://www.arena.it oficial da arena que direciona para a empresa que vende os tíquetes. Escolhi uma poltrona próxima ao palco setor Poltronissime Gold que tem uma entrada privativa sem fila. Como a arena é muito grande, existe fila para entrar no espetáculo, então é bom chegar cedo. Eu cheguei cedo porque sou ansiosa, sempre chego bem antes do horário em qualquer espetáculo.
Com o anoitecer a mudança de tons no céu junto com a iluminação que vai acendendo fica lindo demais!
Fiquei muito emocionada de estar ali, assistindo ópera em um lugar tão emblemático.
O calor de quase 45 graus que fez nesta noite infelizmente prejudicou. Muitas pessoas foram arrumadas, principalmente no setor que eu estava. Mulheres de vestido longo com penteado e maquiagem. Homens de terno ou smoking. Todos derretendo. Quem lucrou foi a vendedora de leques, que eu também comprei. Não sei como os atores com aqueles figurinos pesados conseguiram suportar o calor. Várias pessoas se retiraram antes do término do espetáculo, algumas passaram mal. Mas, é sazonal, sei que no ano anterior, na mesma época, fez frio. O Clima e suas loucuras.
A outra praça de Verona é a Piazza delle Erbe, que é a principal da cidade. Emoldurada pela Torre dei Lamberti e o Palazzo della Ragione. No centro o Chafariz com a estátua da Madonna de Verona.
Palazzo della Ragione e ao fundo a Torre dei Lamberti
Ao fundo o Palazzo Maffei, de 1668, no térreo funciona o Restaurante Maffei, considerado o melhor da cidade. Merece o título, gostei tanto que jantei duas noites.
Coluna com Leão – Símbolo da República de Veneza – Palazzo Maffei
Uma noite jantei no pátio e na outra na área interna (ar condicionado).
O prédio mais bonito da Piazza delle Erbe é a Case dei Mazzanti, do século XIV, com lindos afrescos.
Outra construção que circunda a Piazza delle Erbe, a Casa dei Mercanti, construída em 1301 pela família Scaligero, já foi câmara do comércio, atualmente é um banco.
A Torre dei Lamberti foi construída em 1172 e restaurada em 1468 porque foi atingida por um raio. Tem estilo gótico e possui 84 metros de altura. É aberta a visitação todos os dias e possui uma linda vista da cidade lá de cima (tem elevador). O relógio foi adicionado somente em 1779 e seus quatro sinos tocam para funções distintas como aviso de incêndio ou chamar os cidadãos para conselhos/reuniões.
A Piazza delle Erbe é realmente muito bonita, só acho que não deveria ter os “camelôs” no seu pátio central. São muitas barracas vendendo de tudo: roupas, chapéus, souvenirs. (produtos de baixa qualidade) e que atrapalham o visual.
A Piazza delle Erbe se conecta com a Piazza dei Signori pelo Arco della Costa (arco da costela) porque tem uma costela de baleia pendurada.
Direção Piazza dei Signori para Piazza delle ErbeDireção Piazza delle Erbe para Piazza dei Signori
A Piazza dei Signori é mais tranquila e para mim a mais bonita, possui na esquina o Palazzo della Ragionne (hoje um museu de arte moderna) e a Estátua de Dante Alighieri no centro.
Ao lado da Piazza dei Signori está o mausoléu dos Scaligeri, a família mais poderosa e que fundou Verona, com os túmulos de Cangrande I, Martino II e Cansignorio.
Via Mazzini, a rua mais famosa, liga a Arena di Verona a Piazza delle Erbe. Um calçadão de mármore com lojas e restaurantes. Confesso que fiquei bem decepcionada. Me disseram que era linda, maravilhosa. Não vi nada disso. O mármore com o tempo e o uso já está bem gasto e feio. As lojas são bem “pasteurizadas” de redes que tem em todos os lugares do mundo, como Zara e não vi um restaurante que parecesse bom.
Casa di Giulietta. A mais famosa história de amor da literatura, de Willian Shakespeare, publicada em 1597. A trama envolve o romance de Julieta Capuleto e Romeu Montecchio que se apaixonam, apesar da proibição dos pais, pois as famílias são inimigas. O palco da obra se passa na cidade de Verona, que aproveitando da sua notoriedade fez com que a residência da família Del Capello “se tornasse” a casa dos Capuleto.
Assim, a casa de Julieta fica no final da Via Mazzini, em uma entrada que não tem uma placa muito visível, então passei direto, fiquei procurando pelo número 23 e encontrei. Abre todos os dias, das 8:30 às 19:30, mas na segunda-feira só à tarde.
Na entrada, as paredes com cartas e bilhetes de amor colados, embora não seja permitido. Logo em seguida, o pátio onde tem uma estátua de Julieta e reza a lenda que se passar a mão no seio direito terá sorte no casamento. Não custa tentar, não é mesmo?
Só não tive sorte com a foto que ficou desfocada
A casa em si não tem nada. No térreo uma loja de souvenirs e na parte de cima alguns móveis. Eu já tinha pesquisado e sabia que era assim, só que eu, Julieta Cristina quis pagar o ingresso para entrar e poder da sacada acenar ao meu marido Romeu Rogério, que lá embaixo, bravamente, enfrentava uma multidão de turistas para fazer essa foto.
E, em nome do amor, a gente finge que tudo isso realmente aconteceu.
O amor é lindo
Da série amo igrejas. Visitei três em Verona. Todas são lindas e imperdíveis!
Duomo di Verona, a Catedral de Santa Maria Matricolare, possui afrescos dos séculos XVI e XVII. É um edifício listrado em estilo romântico. Pertence a um complexo onde tem também a Igreja de Santa Helena, restos arqueológicos e o Claustro dos Canônicos.