Restaurantes Rússia

A gastronomia tem um papel fundamental nas minhas viagens. Passo muito tempo pesquisando sobre restaurantes e bares na cidade que vou visitar. Já comentei isso aqui, penso que conhecer um outro país, uma outra cultura, passa obrigatoriamente pela sua cozinha.

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Bar Percorso Hotel FS St. Petersburgo

Gosto de conhecer locais bonitos, badalados, “da moda” e também estabelecimentos típicos, com história. Não tenho preconceito com aqueles classificados como  “turístico”, afinal, sou turista mesmo! Procuro, isso sim,  fugir do “isca de turista” porque geralmente significa comida ruim e péssimo atendimento

Porém, nem sempre consigo passar todos os dias comendo só a culinária local, às vezes preciso dar uma escapada, porque o tempero típico enjoa, como aconteceu no Marrocos ou quando realmente a comida não me agrada, como a culinária alemã. Nesses casos apelo para a boa e velha “comida internacional”, que geralmente tem um toque do país em que é feita.

Peixes e frutos do mar sempre tem a minha preferência, são bons em qualquer lugar do mundo e mais adaptáveis ao paladar, com exceção da Índia que por questão de higiene e segurança alimentar não passei perto.

Na Rússia o seu prato típico mais famoso é o Stroganoff, com “a” mesmo, uma carne picada com cogumelos em molho cremoso. É bom demais!!! Comi umas 250 vezes e não enjoei. A oferta gastronômica na Rússia é surpreendente. São muitos os bons restaurantes em São Petersburgo e Moscou, difícil escolher entre tantas opções.

Vou começar com São Petersburgo.

SINTOSHO: no Hotel Four Seasons Lion Palace. Culinária asiática fusion, com produtos provenientes de diversos países da Ásia. Foi o terceiro restaurante mais bonito que fui na Rússia. Não sou muito fã da culinária asiática, gosto de ir para conhecer e sou louca pela decoração desses restaurantes, fico babando com o estilo, um ambiente mais incrível que o outro.

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O salão principal onde ficamos era incrível, com um teto de pingentes branco e vermelho

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A comida estava boa (não achei ótima), mas não sou referência em comida asiática, então não vá por mim no quesito comida e vá por mim no quesito ambiente, se você gosta de restaurante “japa” esse é “o lugar” em St. Peters.

E a vista da nossa mesa para a Catedral de St. Isaac foi especial

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STROGANOFF STEAK HOUSE o mais famoso restaurante para comer stroganoff em São Petersburgo. Nas minhas pesquisas ele não tinha me agradado muito, alguns comentários ruins, o ambiente parecia feio pelas fotos, mas a guia Nádia indicou, disse que era bom e como estávamos perto, para facilitar o passeio resolvi arriscar e foi maravilhoso! O restaurante é bem grande, turístico, mas nada disso deve ser impedimento para conhecê-lo. Os ambientes são bonitos, atendimento muito gentil e a comida deliciosa, achei o melhor stroganoff de todos que provei na viagem. Recomendo muito.

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EMPORIUM ELISEYEVE um ótimo local para fazer um pit stop. Mix de loja, restaurante e café, o food hall Eliseyeve vale a pena a visita nem que seja para conhecer o seu interior em estilo Art Nouveau lindo demais! O café serve lanches, refeições ligeiras e fica no meio da muvuca da loja que vive lotada. O restaurante para refeição completa está no segundo piso. E em todo o ambiente térreo funciona a loja com doces, chocolates e bebidas à venda. Foi inaugurado em 1903 pelos irmãos que deram nome ao estabelecimento, passou por vários proprietários, ficou um tempo fechado e reabriu em 2012, restaurado em todo o seu esplendor. Na Nevsky Prospekt, 56 – a principal avenida de São Petersburgo, um lugar imperdível na cidade.

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BELLEVUE BRASSERIE no rooftop do Hotel Kempinsky Moika. É realmente, como diz o seu nome, uma bela vista. O cardápio de inspiração francesa, só que como estamos na Rússia, entrada de caviar não pode faltar, não é mesmo?  O restaurante foi renovado no ano de 2019, ambiente clean, todo envidraçado, atendimento especial, vale a visita.

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Lobby do Hotel Kempinsky

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Mais um Stroganoff para a conta

O terraço da cobertura tem uma vista espetacular, inclusive para o Museu Hermitage, mas mesmo em agosto a noite estava muito fria e não tinha ninguém. Céu de quase 22h

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XANDER BAR no Hotel Four Seasons Lion Palace. Drinks muito bem feitos, ambiente lindo, DJ excelente e os garçons mais simpáticos de toda a viagem. Fomos todas as noites. Adoramos começar ou terminar a noite com um drink, mesmo com o cansaço da viagem ajuda a relaxar e é um momento que passamos a relembrar tudo que vimos naquele dia, bom demais, porque geralmente rende boas gargalhadas, já que a gente vê cada coisa louca nesse mundão de Deus.

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TERRASSA ao lado da Catedral de Kazan, cozinha italiana, japonesa e européia. Pertence ao Grupo Ginza Project que tem mais de 30 restaurantes em St. Peters. Ambiente interno moderno com aquário e balcão de frutos do mar e um mercado com produtos orgânicos. Mix de bar e restaurante tem uma área externa com um visual incrível para a Catedral de Nossa Senhora de Kazan, Atendimento gentil e pratos bem servidos. Vive lotado, super badalado, melhor reservar pelo site http://www.en.ginza.ru

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Acima o terraço do restaurante com essa vista de suspirar. Abaixo a entrada do restaurante que fica em uma galeria. E a cara do marido que não gosta de fotos? Já eu amo!!!

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Agora a melhor surpresa da viagem. Entre a visita aos Palácios de Catarina e Peterhof a guia Nádia (Instagram @passeio.petersburgo) nos levou no restaurante PODVORYE em Tyarlevo, São Petersburgo.

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Na categoria turístico que vale super a pena. Conhecido como “o restaurante russo mais autêntico da Rússia”. Além da sua clientela russa fiel, é frequentado por artistas, políticos, intelectuais, celebridades dos esportes e claro turistas. Foi aqui que o presidente Putin comemorou um aniversário e só por esse fato o marido já quis ir. Tem uma construção típica russa em madeira.

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O restaurante é um parque de diversões! Inclusive muito indicado para ir com crianças.

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Casa da Bruxa

Sua decoração é rica em detalhes e possui uma loja com vários produtos típicos russos à venda.

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Porta do banheiro feminino
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Porta do banheiro masculino
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Urso Recepcionista
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Lojinha

E advinha o prato que a gente pediu? Strogranooooffffffffff

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Amei tudo nesse restaurante: decoração, atendimento, comida e principalmente por ser um lugar tão original e representante da cultura russa.

E caros leitores, vamos em frente que eu viajo para comer, com exceção da Índia (assunto para o próximo post).

Última noite em St. Peters (já estou íntima) o segundo restaurante mais bonito que eu fui, o italiano PERCORSO.

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Recepção do Restaurante Percorso

Sabe aquele ambiente tipo uauuu? É esse aqui. Que restaurante lindo! Não cansava de ficar admirando os seus detalhes. Todas as suas paredes revestidas com tecido adamascado, caixas de madeira em treliça e o lustre de pingentes de cristal em tons de âmbar dava um efeito mágico. Em um ambiente assim a comida nem precisa ser boa, a gente nem liga, só que era, aliás divina!

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Cozinha
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Primeiro ambiente
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Corredor para o Salão Principal
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Salão Principal

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Cordeiro com purê de batata e aspargo
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Tiramissu

Na saída fomos no bar do restaurante Percorso, lindo demais!

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Fechamos assim com chave de ouro nossos 4 dias em St. Petersburgo. O último dia mesmo considero que foi o mais incrível e perfeito que já desfrutei em uma viagem.        E aqui vai um agradecimento especial para a querida guia Nádia que sei é leitora do blog: muito obrigada pelos dias maravilhosos que passamos na sua cidade. Pelo seu trabalho dedicado e de excelência. Pela calma e gentileza em todos os momentos. Adoramos ter lhe conhecido. Tem pessoas que passam pela vida da gente e nos marcam de uma forma muito especial, você é uma delas! Assim que nos vimos já soube, parecia que nos conhecíamos a vida toda ou de outras vidas (para quem acredita). Espero um dia retornar a sua linda cidade e que a gente possa se reencontrar. Por enquanto, vamos mantendo contato pelas redes sociais, porque fazer amigos pelo mundo é a herança mais valiosa que uma viagem pode nos deixar.

Agora, antes que eu comece a chorar, vamos para Moscou!

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Silk Lounge Bar do Hotel Four Seasons Moscou

Na primeira noite em Moscou fomos no restaurante BELUGA que fica no Hotel Nacional. Muito próximo do nosso Hotel Four Seasons, do outro lado da rua, só que nós os marinheiros de primeira viagem (russa) tentamos atravessar a rua e nada, impossível, várias pistas, nenhum sinaleiro ou faixa e agora? Voltamos ao nosso hotel e o porteiro explicou que havia uma passagem subterrânea! Lá fomos nós de novo, a charmosa aqui de salto porque era perto. Só que a passagem era imensa, uma galeria com lojas, lanchonetes, guichês de serviços e tíquetes já que dá acesso também a estação de metrô. Andamos tanto que não dava para acreditar, não chegava nunca a superfície, mas chegamos! Voilá!

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O Hotel Nacional é um ícone da cidade. Construído em 1903 é uma joia da arquitetura imperial russa.

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BELUGA é um dos restaurantes do hotel, especializado em caviar, que são as ovas do peixe esturjão não fertilizadas, sem qualquer tipo de aditivo ou conservante. Podem ser frescas ou pasteurizadas. O esturjão, maior peixe de água salgada do mundo depois do tubarão baleia, é proveniente do Mar Cáspio e como está cada vez mais raro, hoje em dia as ovas também são extraídas de outros peixes como salmão, truta ou tainha (caviar substituto). Os principais produtores de caviar são a Rússia e o Irã.

Há três tipos de esturjão no Mar Cáspio: a) Sevruga é o menor deles, com ovas pequenas e escuras, b) Ossetra é o peixe que nada em águas mais profundas e tem sabor um pouco diferente, c) Beluga o maior dos peixes e também o mais escasso, com ovas de cor acinzentada, sendo então o caviar mais caro, mais especial, por isso o nome do restaurante.

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Outro ambiente lindo, serviço impecável, mais um restaurante incrível para a lista.

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Potato Caspian

RYBY NET: São muitas as opções incríveis em Moscou, não seria lógico repetir, só que eu gostei muito deste restaurante que descobri por acaso, do outro lado da rua do Cristal Room Baccarat  que eu queria ir (tem em Paris já fui é ótimo), mas estava fechado em férias.

A Nikolskaya é a rua que passa pela lateral da Catedral de Kazan e da loja de departamentos GUM. Já mostrei essa rua nos outros posts sobre Moscou. Ela estava com um céu de lâmpadas que era a coisa mais linda à noite. Nessa rua tem muitos restaurantes e como não deu certo ir no Baccarat, fiquei olhando os outros até que me agradei do Ryby Net, uma steak house e entrei.

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Nikolskaya Street de dia
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Nikolskaya Street à noite

Fui para almoçar. Agora é que tem uma dica: o nome do restaurante está em russo. Então não adianta procurar por Ryby Net. Procure o número 12 da rua Nikolskaya e entre na porta ao lado da hamburgueria FARIII, é do mesmo proprietário, o grupo http://www.novikovgroup.ru que tem nada menos do que 91 restaurantes na Rússia.

Abaixo a fachada e porta da Steak house. Pectopah é restaurante em russo. O outro nome é Ryby Net. Alfabeto danado esse.

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Ambiente super charmoso, atendimento simpático com garçons se esforçando no inglês para lhe ajudar.

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Detalhe do Teto

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No cardápio: carnes de vários cortes, fillet mignon em duas opções: regular e prime. Fui de prime. Aí eu jamais iria imaginar que a melhor carne que já comi na vida seria na Rússia e foi!

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Acompanhamento pedi batatas (na foto não aparece) e molho à sua escolha, no meu caso bernaise. Fiquei enlouquecida! Carne saborosa, no ponto exato que eu pedi, amei. Tive que voltar. No outro dia almoçamos aqui novamente e foi maravilhoso.

Depois, à tarde, um pit stop no BOSCO CAFÉ. De frente para a Praça Vermelha tem dois espaços, um para café com lanches rápidos e confeitaria e outro interno um restaurante italiano. Fui para fazer um lanche e amei. Só pelo fato de sentar nesse lugar tão privilegiado e ficar observando o ir e vir já vale.

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Entrei para fazer fotos internas, está vazio porque não era hora de almoço ou jantar.

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A vista de uma mesa do terraço (área externa) onde fiquei

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Nosso lanche: Chá Earl Grey (marido aprendeu a tomar e agora ama). Strudel de maça para ele brownie de chocolate para mim, depois compartilhamos, uma delícia! Mais um da série tem que ir.

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Nesse dia era o aniversário do marido e queria um lugar bem especial para ir jantar. Então escolhi o restaurante WHITE RABBIT, classificado em 13° lugar na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Merece a colocação. O White Rabitt é lindo, situado no 16° andar de um prédio com uma vista incrível, atendimento muito especial (marido não deixou dizer que era aniversário dele) e comida excelente.

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Dentro do elevador do White Rabbit

A entrada do restaurante é pela Smolensky Passage, uma galeria comercial. Em razão do horário a galeria estava com as lojas fechadas, mas a porta fica aberta e um segurança indica o caminho do elevador. A gente sobe até o final, sai e tem mais um segurança que mostra o outro elevador (esse da foto acima) e a gente chega no 16° andar.

São dois andares. No primeiro piso tem um bar com aquário de frutos do mar e toillets.

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Depois sobe a escada para o segundo piso onde tem as mesas. O ambiente é todo envidraçado, a decoração é baseada na obra de Alice no País das Maravilhas e a vista é fantástica!

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Relógio da Alice no País das Maravilhas
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Outro bar na parte superior

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O ambiente superior também tem um mezanino e lounges com mesas e sofás (para grupos maiores) ou só mesas (onde nós ficamos).

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Palmas para o aniversariante, celebrando 60 anos

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Pedimos lagostim na grelha com manteiga de ervas, uma coisa de bom! Abaixo a vista

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Na última noite, escolhi um clássico para me despedir dessa cidade incrível: o TURANDOT: restaurante asiático cujo nome homenageia a ópera de Giacomo Puccini que estreou em 1926, baseada no drama de Carlo Gozzi, de 1762, que conta a estória de uma princesa chinesa Turandot,  que obriga seus pretendentes a resolver três enigmas ou são condenados a morte.

O prédio onde o restaurante está instalado já vale a visita. Construído como um palacete florentino em uma mansão onde só havia a fachada. Suas obras duraram 6 anos e meio. A entrada possui um lobby, um pátio interno em estilo renascentista com teto de vidro.

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Estátua de Netuno
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Escadaria com tapeçarias Aubusson século XVIII

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Salão Principal em dois pisos, escolhi o piso superior, a Rotunda, para ficar bem perto do fabuloso lustre estilo Louis XIV, feito em São Petersburgo, com cristais, quartzo e ametistas provenientes dos Urais, Brasil e Madagascar.

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O restaurante possui salão térreo e superior (Rotunda – onde fiquei). Oito salas privativas para pequenos grupos, salões de recepções e eventos. Atendimento extremamente gentil e comida deliciosa, tem opções de culinária internacional, como filé ao foie gras (prato do marido).

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Foi o restaurante mais bonito da viagem, levou o primeiro lugar, cada canto era decorado com extremo bom gosto, um palácio mesmo, jantar em local de sonho. E mesmo sendo um ambiente extremamente requintado, tinham pessoas vestidas de todos os estilos, do mais formal (como nós) ao mais casual, sem qualquer problema.

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E para fechar a noite fomos tomar um drink no CAFÉ PUSHKIN, quase ao lado do Turandot que funciona como café, restaurante e bar.

O nome do café é em homenagem a Alexander Pushkin (1799 – 1837) o maior poeta russo da época romântica.

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O café possui quatro ambientes: café e bar no piso térreo (Pharmacy Hall), sala de jantar no piso superior (The Library) e no mezanino e ainda um ambiente de terraço externo. Fomos só para tomar um aperitivo e nos instalaram no salão de jantar The Libraryn no piso superior,  para mim o mais bonito (sempre ajuda nessas horas estar vestido de maneira formal). O ambiente é em estilo barroco repleto de antiguidades e estantes com livros do chão ao teto.

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Na saída esperando o Uber

O Café Pushkin é um lugar do tipo “tem que ir” em Moscou. Pode ser a qualquer hora do dia, pois funciona das 10:00 às 23:00 como café, confeitaria e restaurante. Para se ter uma ideia da beleza do ambiente, abaixo uma foto da internet.

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Foto do site http://www.travelaway.me

Um local que nós fomos e não fotografei foi o MOSKOVSKY BAR dentro do Hotel Four Seasons porque segundo a política do hotel de preservar a intimidade de seus hóspedes fotos não são aconselhadas nas suas dependências. Assim, mesmo indignada, resolvi respeitar. O ambiente é muito bonito, ótimos drinks (Bellini divino) e lotado, se bem que de tão escuro, acho que não iria aparecer nada nas fotos mesmo. Mais uma vez a internet me socorre (foto profissional é outro nível).

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Foto do site: http://www.afisha.ru
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Foto do site: http://www.afisha.ru

Nosso tour pela Rússia durou 7 dias, foram 4 dias em São Petersburgo e 3 dias em Moscou. Em todos os restaurantes comemos muito bem e o atendimento foi muito gentil e simpático, à exceção de um. O único que fez jus à fama do mau humor dos russos, que considero injusta quero deixar bem claro.

Quando saímos do Museu Hermitage em São Petersburgo, logo em seguida seria o passeio de barco, então fomos em um restaurante bem próximo do pier para facilitar e agilizar o almoço. O restaurante “Na Abordazh“, que significa “on boarding”, fica no Enbamkment River Moika, 40.  Tem um ambiente simples, com detalhes náuticos. Atendimento super mal humorado da garçonete, comida tão demorada que tive que perguntar três vezes, parecia que ela tinha feito de propósito, outras mesas eram servidas menos a nossa. A comida estava horrível, enfim, uma péssima experiência. Em uma viagem de 19 dias pela Escandinávia e Rússia foi o único estabelecimento que não deixei gorjeta. Saí indignada, ainda bem que em seguida foi o passeio de barco que de tão lindo logo esqueci. Deixo o registro para não caírem nessa “roubada”.

Este é o último post da viagem de Agosto de 2019 pela Escandinávia e Rússia. Roteiro que super indico. As cidades são lindas, povo educado e hospitaleiro. Deu muita saudade rever fotos e informações para o blog.

No próxima sequencia de post, já em rascunho, contarei sobre a Índia, viagem que fiz em Novembro 2019 e que me marcou profundamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Moscou – Parte II

Continuando o tour pela capital da Rússia, o primeiro post você lê aqui Moscou , no terceiro e último dia na cidade bati o meu recorde de caminhada: 21,5 Km! Estava um dia lindo, temperatura perfeita, clima muito bom em agosto na Rússia.

Então, em um dia assim, vamos aproveitar para curtir a cidade a pé.

Pela manhã cruzamos a praça que fica em frente ao nosso hotel Four Seasons em direção a Catedral de Cristo Salvador e o Rio Moskva.

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Acima a World Clock Fontain é a clarabóia de um shopping e abaixo a Praça Manege com seu centro de exposições ao fundo.

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Descendo a Rua Mokhovaya chegamos na Praça Borovitskaya onde se encontra a Biblioteca Estatal Russa e uma estátua de bronze gigantesca (como tudo em Moscou) monumento em homenagem a Valdimir, o Grande. Príncipe de Kiev, faleceu no ano de 1015, considerado santo nas igrejas ortodoxa e católica pelo seu papel na evangelização na Rússia.

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Às margens do Rio Moskva, com vista para a Ponte Bolshoy e o Kremlin ao fundo.

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Abaixo, vista para o outro lado do Rio Moskva, em direção à Catedral de Cristo Salvador

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Ponte do Patriarca

A Catedral de Cristo Salvador foi originalmente construída e consagrada em 1883 em agradecimento pela vitória contra Napoleão Bonaparte na invasão do ano de 1812. Totalmente destruída por Stalin em 1933 por considerar um símbolo czarista, a igreja ortodoxa russa, através do Patriarcado de Moscou, construiu uma nova, nos anos 2000, nos moldes da original.

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A Catedral possui 104 metros de altura e comporta 15.000 pessoas.  As peças mais importantes são 3 tronos: Natividade de Cristo, São Nicolau e Sagrado Príncipe Alexandre Nevsky. Fotografias proibidas no seu interior.

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Cathedral Of The Russian Orthodox Church. Interior of the Cathedral of Christ the Savior. Moscow. 12.07.2010

Atrás da Catedral, no lado esquerdo, tem um guichê que vende os tíquetes para o passeio de barco pelo Rio Moskva. O pier fica logo abaixo da Ponte do Patriarca. Infelizmente não consegui fazer o passeio, cheguei cedo e o primeiro barco só saía às 11:45 da manhã, além de ter que esperar muito no local, como faria um tour às 14:00 horas, não dava tempo, uma pena, queria muito, mais um motivo para voltar.

Logo depois, vi no Instagram da top blogueira Lalá Rebelo que o passeio mudou o trajeto e não está passando em frente a Catedral de São Basílio, parte mais bonita, em razão de obras na ponte, previsto para normalizar em um ano, então fiquei mais conformada.

Abaixo, na foto do guichê, o horário do primeiro barco era perfeito pra mim, mas não ia sair (sem explicação). Aliás, na Rússia aconteceu isso algumas vezes, informações pela internet que havia anotado quando cheguei lá não batiam, tudo diferente e os sites não são atualizados. A programação é alterada e a gente fica bem perdido.

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Vamos adiante, seguimos por trás da Catedral de Cristo Salvador em direção a Rua Arbat.

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A Rua Arbat é um calçadão de aproximadamente 1 km. Lojas de chineses que vendem souvenirs, restaurantes de redes de fast food, percorri toda a sua extensão e só gostei de uma ou duas lojas. Apesar de ser considerada uma rua típica, a velha Rua Arbat (não confundir com a Avenida Nova Arbat), possui uma arquitetura bonita, mas não faz jus a sua fama.

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Rua Arbat – Monumento ao cantor e poeta Bulat Okudzhava

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Loja de artigos para casa que amei

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Após o almoço, fomos fazer o passeio programado com a http://www.moscowprivatetours. Nossa guia Svetlana nos levou no Parque VDNKh (Centro Panrusso de Exposições) e no Museu da Cosmonáutica, presente de aniversário para o marido, desejo dele.    Por minha escolha não teria incluído esse passeio no nosso roteiro, mas valeu muito a pena, adorei e recomendo.

O museu da Cosmonáutica tem tudo que se possa imaginar sobre o programa espacial russo bem como a corrida espacial principalmente a disputa com os americanos. Naves e estações espaciais, animais famosos e homenagem aos seus cosmonautas. Na Rússia não se diz astronauta, porque para eles a viagem é para o Cosmos.

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Monumento aos Conquistadores do Espaço

Na entrada uma estátua do Cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar para o espaço, em 12 de abril de 1961, na nave Vostok 1.

Yuri tinha apenas 1,57m de altura, sendo sua compleição a ideal já que a nave possuía 4,4 m de comprimento e 2,4 m de diâmetro. Enquanto observava o nosso planeta do espaço pronunciou a famosa frase: “A Terra é azul”. Yuri Gagarin faleceu em 1968, aos 34 anos de idade, em um acidente aéreo.IMG_4075.JPG

Abaixo o módulo da nave Vostok 1 onde ficou o cosmonauta Yuri Gagarin

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Vostok 1
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Vostok 1

Também, logo na entrada, as cachorrinhas Belka e Strelka primeiros seres a viajarem para o espaço e voltarem vivos. A viagem ocorreu em 19 de agosto de 1960, aniversário de um ano do marido! Eram vira-latas e viviam na rua e foram escolhidas principalmente por causa da inteligência e esperteza desses cães já que foram treinadas para executarem pequenas tarefas na espaçonave Sputinik 5. Viraram celebridades na URSS, participando de vários programas de televisão.

Posteriormente, Strelka teve filhotes e uma cachorrinha chamada Pushinka foi dada de presente por Nikita Khrushchov à Caroline filha do Presidente dos Estados Unidos John Kennedy.  Elas tiveram vida longa e quando faleceram foram empalhadas, foto abaixo.

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Vale lembrar que o primeiro ser vivo a viajar para o espaço foi a cadelinha Laika, em 1957 na nave Sputnik 2, mas ela morreu horas depois de calor. No museu há um memorial em sua homenagem.

Abaixo a nave Sputnik 5 onde viajaram Belka e Strelka junto com um coelho, 42 camundongos e algumas plantas.

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O museu só tem informação em russo. O nosso tour foi feito com um guia do próprio museu, Aleksander, simpático e com informações muito interessantes, só falava russo, sendo traduzido pela nossa guia. 

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Uma das coisas mais interessantes do museu é poder entrar no módulo da primeira estação espacial do mundo, a MIR, que foi colocado na órbita da terra em 1986. Com o guia do museu você não espera, ele tem preferência de entrada e a gente fica sozinho com ele.

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Dentro da Estação Espacial MIR

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Comidinhas

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Meteoros que a gente pode tocar (essa mão não é minha) depois eu toquei também 😉

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Sondas de exploração espacial

Abaixo um modelo da nave Soyuz, do programa espacial soviético do mesmo nome, com início em 1967 e capacidade para três cosmonautas, sendo aperfeiçoada e utilizada até os dias de hoje.

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Coincidência fashion – Laranja é a cor dos Cosmonautas

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O que mais me impressionou foi realmente o pequeno espaço interno do módulo onde ficam os cosmonautas. O foguete é enorme, mas a nave onde eles ficam é super apertada, dá uma agonia imaginar ficar horas ou dias nesse local.

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No museu há muitas fotos e objetos contando a história não só do programa espacial como também dos Cosmonautas. Abaixo na galeria de fotos, o primeiro à esquerda é Yuri Gagarin.

Na fila de baixo, na segunda foto, a primeira mulher a viajar sozinha para o espaço: Valentina Tereshkova, nasceu em 1937 e em 1963 aos 26 anos, na Vostok 6, deu 48 voltas ao redor da órbita da terra. Sua missão durou 71 horas. Só para se ter uma ideia do seu pioneirismo, a segunda mulher a ir para o espaço só aconteceu quase 20 anos depois. Casou com um cosmonauta, teve uma filha e entrou para a carreia política e foi deputada. Valentina hoje está com 82 anos e sempre disse que gostaria de ir para Marte, nem que a viagem seja só de ida (sem volta).

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Depois do incrível Museu da Cosmonáutica fomos a pé, logo ao lado, no Centro Panrusso de Exposições – Parque VDNKh – sigla em russo para Exposição das Conquistas  da Economia Nacional,  criado para divulgar as criações soviéticas no campo industrial.

Posteriormente foi se acrescentando pavilhões acadêmicos e culturais.

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A grandiosidade do parque já se vê logo na entrada com o tamanho do portal. A altura é inacreditável. O Centro Panrusso foi inaugurado em 1939, logo em seguida fechado por causa da 2ª Guerra Mundial, reformado até 1959, em 1989 já contava com 82 pavilhões.

Os números são impressionantes. Possui área de 2.375.000 m², maior que o Principado de Mônaco. Mais de 300 exposições anuais e seus 400 pavilhões fechados possuem área de 266.000 m². Dá para passar uma vida inteira aqui, mas eu só tinha uma tarde.

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Acima ao fundo e abaixo o Pavilhão Central que conta a história soviética.

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Desde que a Prefeitura de Moscou retomou a administração do parque ele está muito bem cuidado, seus canteiros de flores são lindos e vários projetos estão em andamento para criar ainda mais opções de lazer para todas as idades. Fomos em uma terça-feira, só que como era época de férias e estava um dia lindo, com sol e calor, estava lotado de famílias e crianças brincando. Foi muito legal, pois a maioria eram locais passeando com seus filhos, sempre fico pensando como é importante ter esses espaços que unem lazer e cultura para as pessoas.

Os pavilhões dos países, 50 no total, são de representação de um país que integrava a antiga URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.  Existem também locais de exposições tecnológicas, científicas e culturais.

Geralmente eu entrava para conhecer o que eu achava mais bonito por fora e o da Armênia que já tinha uma indicação de um amigo que valia a pena. Não fotografei o interior deles (só o da Armênia). Os pavilhões dos países exibem a sua história e cultura e alguns possuem além de restaurante ou loja de comida típica, também a venda de produtos fabricados no país de origem.

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Pavilhão do Cazaquistão
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Pavilhão da Ucrânia

Abaixo fachada e interior do pavilhão da Armênia

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Pavilhão do Azerbaijão
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Pavilhão da Armênia

No parque ainda tem os pavilhões da era espacial, do cinema, da robótica, dos jovens artistas, aquário, enfim é realmente um mundo de coisas para ver e fazer.

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Pavilhão da Energia Atômica
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Pavilhão de Belarus

Na Praça Espacial o Foguete Vostok, o avião Yak 42, Helicóptero MI-8 e o Buran

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Foguete Vostok
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Ônibus Espacial Buran

Na avenida principal do parque as suas atrações mais famosas: as fontes.

A Fonte da Amizade das Nações – Fonte Durzhba Narodov, possui 16 esculturas em bronze folheadas a ouro e representa as 16 nações que faziam parte da extinta URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

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E a Fonte da Flor de Pedra que foi restaurada e reaberta recentemente toda decorada com mosaicos.

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O Parque VDNKh fica a 10 Km do centro de Moscou (da Praça Vermelha) acessível de metro pela estação Prospekt Mira. É um local lindo com atividades interessantes e também para relaxar nos seus bancos, tomar um sorvete (fizemos isso) e apreciar o ir e vir. Eu não tinha muito tempo em Moscou, mas valeu a pena ter incluído no meu roteiro, recomendo muito a sua visita.

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De volta ao hotel, fomos jantar e depois passear por essa cidade linda à noite, que fiquei apaixonada. Abaixo um resumo das fotos noturnas de Moscou nos três dias que passamos lá

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Teatro Bolshoy
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Praça Vermelha
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Museu Estatal Russo
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Loja departamentos GUM
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Praça Manege
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Torre do Prédio “Sete Irmãs”

Não imaginei que iria gostar tanto de Moscou, seu pontos positivos superam em muito os negativos. E está ficando cada dia melhor, mais aberta ao turista, muito limpa e segura. Sua história de contrastes e superação é inspiradora. De todas as cidades que conheci nesse roteiro entre Escandinávia e Rússia, Copenhagen e Moscou foram as que mais me atraíram e não vejo a hora de voltar.

O próximo e último post desta viagem será sobre os restaurantes e bares incríveis que conheci na tradicional São Petersburgo e na cosmopolita Moscou.

 

 

 

 

 

Moscou

Capital da Rússia até 1703, quando Pedro, o Grande a transferiu para São Petersburgo e desde 1918, após a revolução bolchevique, foi fundada em 1147, teve a sua ascensão em 1462 com Ivã III e depois a partir de 1613 com a dinastia dos Romanov.

A cidade possui 12 milhões de habitantes, sendo uma das mais populosas do mundo.

Moscou é a Rússia da nossa imaginação. As construções que parecem os brinquedos de blocos de madeira da infância (quem tem mais de 40 anos conhece), os prédios pintados de vermelho, a arquitetura monumental do regime comunista. E a realidade: trânsito difícil, taxistas nada confiáveis e placas só em russo.

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Porta da Ressurreição – Praça Vermelha

E eu amei!!! Vou confessar: gostei mais de Moscou que de São Petersburgo.            Explico:  St. Peters é linda, tem muitas coisas interessantes, mas não parece uma cidade, é uma atração turística! Além de parecer muito mais Europa. Moscou é diferente, é Rússia. Então para conhecer realmente a Rússia precisa ir para Moscou.

Cheguei em Moscou de trem, vindo de São Petersburgo, são 4 horas de viagem. Reservei 3 dias para a cidade e foi muito pouco. Subestimei Moscou. Tem muita coisa para ver e fazer, é uma cidade grande, de deslocamento complicado, não consegui ver tudo o que eu queria, deu muita vontade de voltar, quem sabe um dia!

Fiquei hospedada no Hotel Four Seasons que fica na Praça Vermelha. Não existe localização melhor para visitar Moscou, principalmente se for pela primeira vez, do que a Praça Vermelha e o seu entorno.

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O Fous Seasons Moscou é o melhor hotel da cidade. É lindo, moderno, com uma decoração de extremo bom gosto.

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E como havia ficado no hotel da rede em St. Peters me deram um upgrade para uma suíte de 98 m2. Quando entrei no quarto não acreditei. Eu nunca tinha ficado em um quarto assim na minha vida! Era um apartamento, com todo o luxo, conforto e comodidade de um hotel 5 estrelas. Reserva pelo http://www.grandluxuryhotels.com

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O quarto
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Hall do quarto com armários
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Continuação do hall do quarto com lavabo
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Sala de TV
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Sala de Jantar
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Banheiro

Na foto acima uma parte do banheiro, já que do outro lado tem a ducha e o sanitário.

Havia também um closet, separado, com vários armários e gavetas que dava para colocar roupas para mais de um mês e eu fui passar apenas 3 dias!!! Ohhh vida! Já fiquei 20 dias em um hotel que tinha apenas duas minúsculas portas de armário para roupas. Como são as coisas, não é mesmo? Fora que nem tive tempo para sentar e assistir TV ou pedir comida na “minha” sala de jantar, pois queria mesmo era aproveitar as muitas opções de restaurantes maravilhosos.

Mesmo assim amei a oportunidade de ficar em um hotel e quarto tão incríveis.

Bom, vamos sair e conhecer a cidade que eu estava louca de ansiedade. Como cheguei em um domingo já agendei a visita as estações de metrô, uma atração turística da cidade. O metrô de Moscou movimenta milhares de pessoas por dia, então se tiver oportunidade de visitar em um domingo é bem melhor, muito mais tranquilo.

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Com a Guia Tatiana na estação Novokuznetskaya

Contratei pela empresa Get Your Guide, única que encontrei com o horário que eu queria, um tour privativo em espanhol, com a guia Tatiana Vyazova. Nem me passou pela cabeça tentar visitar as estações sozinha. O serviço de um guia é fundamental nesses casos em que você tem pouco tempo e precisa fazer render. Em duas horas e meia conhecemos as estações mais bonitas e importantes de Moscou.

A primeira foi a Estação Ploshchad Revolyustsii que fica embaixo da Praça Vermelha, de 1938, possui estátuas de bronze e para dar sorte precisa passar a mão em uma estátua, no nosso caso escolhemos o focinho do cão.

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Estação Arbatskaya – linha 3 – Arbatsto – Pekovskaya, de 1953.

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Estação Kievskaya – Há duas estações com o nome Kievskaya só para confundir ainda mais o  turista, por isso a importância de se contratar um passeio guiado para conseguir chegar corretamente nas estações. Abaixo fotos da estação da linha 3, em homenagem ao povo da Ucrânia.

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Estação Kievskaya, de 1954, a outra de mesmo nome, localizada na Linha Koltsevaya, número 5, com mosaicos de Lenin e Stalin.

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Estação Slavyansky Bulvar da linha Arbatsko-Pokrovskaya, inaugurada em 2008

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Estação Belorusskaya, de 1952, dedicada aos irmãos eslavos da República da Bielorússia

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Estação Novolobodskaya de 1952, com 32 vitrais e um mosaico de Pavel Korin que diz “Paz em todo mundo”.

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Estação Prospekt Mira de 1952 tem lustres lindos e detalhes em porcelana nas paredes.

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E a mais linda estação de metrô de Moscou e acho que do mundo: Komsomolskaya, é a mais luxuosa das estações. Seu teto amarelo e os lustres de bronze parecem realmente um palácio. De 1952, possui 8 painéis que representam a luta da Rússia por  liberdade  e independência.

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A estação Mayakovskaya de 1938 tem uma arquitetura futurista. Os seus arcos são de metal e se você tiver habilidade pode lançar uma moeda de um lado que ela corre perfeitamente até o outro. Nós tentamos e não conseguimos. No teto tem 34 claraboias com mosaicos que retratam as 24 horas na vida do povo russo, sendo várias atividades que vão desde a colheita até a cosmonáutica. Tem 33 metros de profundidade e na Segunda Guerra Mundial serviu de abrigo antiaéreo.

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Estação Taganskaya, de 1959 possui 48 painéis com perfis em baixo relevo de mármore e um lindo tom de azul ao fundo, homenageando soldados, pilotos e marinheiros russos.

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No primeiro dia também aproveitei para conhecer a GUM, a loja de departamentos mais famosa da Rússia. A GUM parece mais com um shopping mesmo, com lojas em espaços independentes como conhecemos no Brasil e não nos moldes da Laffayette ou Printemps em Paris por exemplo, com muitas lojas em cornes sem divisões (que particularmente não gosto).

A GUM fica na praça Vermelha e é linda demais! Foi construída entre 1889 a 1893 na época do Czar Alexandre III, na Revolução Bolchevique foi fechada e só reabriu em 1953.

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Na área externa duas coisas chamam a atenção: os canteiros de flores, imensos e lindos! Depois as luzes na fachada e no calçadão em frente a sua entrada principal que formam um verdadeiro céu iluminado. A noite é fantástico!

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No interior da GUM tem lojas, inclusive de várias grifes, restaurantes, cafés, o quiosque de sorvete mais concorrido do planeta e um mercado no térreo.

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O Bosco Café é um ótimo local para fazer uma parada, tem espaço para lanches, café e doces e outro de restaurante para refeições. Fui para tomar um chá e comer um doce.  Adorei, atendimento muito simpático (li o contrário) e consegui uma mesa na parte externa para ficar apreciando o ir e vir.

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Como era muito próxima ao meu hotel, acabei passando na GUM três vezes. O seu nome corresponde as iniciais em russo de “Loja de Departamento Estatal” pois funcionou como um mercado de distribuição de gêneros alimentícios para a população durante o regime comunista. Após a queda do comunismo, se transformou no shopping center mais caro do mundo, interessante não? O seu nome atual é outro, em russo parecido com TYM (não sei como fazer no computador o alfabeto cirílico) que significa Loja de Departamento Universal, mas continua sendo conhecida por GUM.

Não sou fã de shopping no exterior, não gosto de perder tempo em lojas de departamentos nas minhas viagens, mas considero que dar uma “passada” para conhecer a GUM vale muito a pena, o prédio é lindo (seu teto de vidro ilumina o local naturalmente) e tem ótimas opções de gastronomia.

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No entorno da GUM, a poucos passos, se encontram várias atrações imperdíveis para se visitar em Moscou e vou explicar a diferença nas fotos do céu e roupas nestas atrações.

Fui na Praça Vermelha várias vezes nos 3 dias que estive em Moscou, pois o Hotel FS é aqui. Só que durante o dia, nos horários de visitação das igrejas, lojas e museus, a quantidade de pessoas era absurda, agosto é alta temporada em Moscou e as fotos externas não ficavam boas.

Então combinei com o marido, acordar as 5:30h da manhã e sair para fotografar as fachadas (amanhecia antes das 4h), ele topou e deu certo! As fotos mais lindas da vida, com um céu azul limpo e as atrações só para mim. E pasmem: às 6h da manhã, em frente a Catedral de São Basílio, quando eu já tinha terminado as minhas fotos, chegou uma excursão de chineses!

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Catedral de São Basílio

O melhor ângulo para fotografar a Catedral de São Basílio é na diagonal direita. Só que parte da Praça Vermelha estava fechada para um evento e não dava para passar. Mesmo assim, consegui fotografar praticamente todos os ângulos dessa Igreja que é tão linda e diferente para nós, o seu colorido tão intenso, parece realmente de brinquedo.

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O seu nome é Catedral da Intercessão da Virgem do Fosso. Possui 9 cúpulas e a sua construção começou em 1561 por ordem do Czar Ivan, o Terrível, que reza a lenda, mandou cegar os arquitetos para que eles nunca mais pudessem repetir o projeto ou construir outra igreja mais bonita.

Originalmente era branca e dourada, só em 1860 que foi criada essa composição de cores que fascina o mundo.

Possui dois andares sendo a junção de 10 igrejinhas. No seu interior há placas indicando o trajeto e os nomes das igrejas por onde se está passando, como por exemplo: Igreja da Entrada do Senhor em Jerusalém, Igreja dos Três Patriarcas de Constantinopla e Igreja de São Gregório da Armênia, mas é um labirinto difícil de se localizar e fiquei dando várias voltas, passei muitas vezes pelos mesmos lugares, embora não tenha ficado incomodada com isso, porque na realidade, por mim, eu nunca mais sairia de lá de dentro 🙂

Comprei o ingresso antecipado pela internet no site http://www.tickets.shm.ru porque as filas no local são enormes. Chegando lá tem que trocar pelo tíquete no guichê que para isso não tem fila. O site abre em russo, mas com o google tradutor fica bem simples.

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Como são várias igrejas os seus estilos mudam, principalmente a decoração das paredes.

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Na Catedral de São Basílio não existe uma nave, com amplitude como vemos nas igrejas tradicionais, mas sim um emaranhado de corredores escuros com pequenas salas e altares. É realmente muito diferente e interessante.

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Ainda na Praça Vermelha, ao lado da Porta da Ressurreição se encontra o fantástico Museu Histórico Estatal, e, como sempre, me desculpem o desabafo, a ignorância dos turistas ainda me assombra. A cidade estava lotada e o museu praticamente vazio, triste! Claro que é muito melhor visitar um local mais tranquilo, sem tanta gente, só que acho um absurdo os turistas não se interessarem pela arte e cultura do país que estão conhecendo.

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Na fachada do museu tem uma estátua do Marechal Zhukov. Tem prédio mais lindo?

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O Museu Histórico do Estado foi fundado em 1883 na Coroação do Czar Alexandre III. O seu acervo é composto por pinturas, armas, utensílios, vestuário, decoração, jóias e relíquias imperiais dos Romanov.

A entrada é pela lateral esquerda, assim que ultrapassa a Porta da Ressurreição.

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Abaixo lateral e fundos do Museu Estatal um dos prédios mais lindos da Praça Vermelha

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E o seu interior é tão lindo, o que mais me impressionou na Rússia foi justamente isso, além do acervo, os prédios tem uma decoração incrível.

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Visitei o museu sozinha, sem acompanhamento de guia, assim como na Catedral de São Basílio. A compra do ingresso na bilheteria local foi bem fácil e as peças do acervo tem explicação em russo e em inglês. O museu fecha na terça-feira e o seu horário de funcionamento até às 21h facilita a visita.

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A outra igreja situada na Praça Vermelha é a Catedral de Kazan, ao lado do Museu do Estado, assim que passa a Porta da Ressurreição, à esquerda. Sobre a história do ícone de Kazan você pode ler aqui São Petersburgo

A igreja, em agosto, mês da minha visita, se encontrava em obras e só pude conhecer uma pequena parte do seu interior, onde não é permitido fotografar.

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A Porta da Ressurreição, o portão de entrada da Praça Vermelha é uma réplica do original, possui uma pequena capela (porta de madeira) e no chão em frente o marco zero de Moscou.

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Também na Praça Vermelha se encontra o Mausoléu de Lenin, junto as muralhas do Kremlin, o seu corpo está embalsamado há quase 100 anos. Não tive interesse em visitar, a fila é imensa, a maior de todas as atrações de Moscou, porque como o local é pequeno, poucas pessoas podem entrar por vez, então a fila anda bem devagar.

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Foto do site: http://www.dw.com

E para fechar os prédios da Praça Vermelha, que tem esse nome não só por causa da cor de suas construções mas também porque Vermelha em russo antigo significava bonita, a fachada da Duma, a antiga “câmara dos Deputados” no regime bolchevique.

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Agora o local mais fascinante de se conhecer é realmente o Kremlin de Moscou. Junto a Praça Vermelha é surpreendente! As suas igrejas são lindas demais, o Palácio do Arsenal, seu museu, é imperdível, em muitos tours guiados ele é excluído, fuja desse tipo de passeio! Procure fazer o tour mais completo possível ou vá sozinho e passe muitas horas lá para poder aproveitar tudo (o ideal).

Contratei o Full Kremlin Tour, pelo site da empresa http://www.moscowprivatetours.com com a guia Svetlana, uma russa muito querida, super competente, que fala português fluente e ainda conhecia a minha cidade Florianópolis! Foi um serviço muito pontual e profissional, fiz outro passeio com ela e fiquei muito satisfeita, recomendo.

Kremlin significa fortaleza, mas o da Praça Vermelha é tão famoso que incorporou o nome como significado. Como no caso da marca Gilette (para lâmina de barbear). Na realidade existem outros kremlin na Rússia (30 aproximadamente), mas o de Moscou é de fato o mais importante e emblemático.

O Kremlin de Moscou possui uma área de 30 hectares em forma de triângulo e faz fronteira com a praça Vermelha, o Parque Alexandre e o Rio Moskva. Tem mais de 1000 anos (começou com uma construção de madeira) e ganhou importância com Ivan III, o Grande, em 1462. É a sede do poder (governo) na Rússia desde 1917 com a revolução Bolchevique.

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Em frente ao memorial do Soldado Desconhecido e a Torre da Trindade ao fundo

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As suas muralhas possuem 2,5 Km de extensão e altura que varia de 5 a 19 metros e um total de 20 torres. A entrada para os turistas é pela Torre Kutafyia, conectada a Torre da Trindade nos Jardins de Alexandre.

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Torre da Trindade entrada do Kremlin – lado de fora
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Torre da Trindade – vista pelo lado de dentro do Kremlin

O primeiro prédio que avistamos no interior do complexo, da fortaleza, é o Palácio Estatal, um prédio construído na década de 1960 que hoje funciona como teatro do Ballet do Kremlin

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Em frente, o Grande Palácio do Kremlin, onde o Presidente Vladimir Putin trabalha, por questão de segurança nunca se sabe se ele está ou não,  e o marido decepcionado que não conseguiu encontrá-lo.

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É possível visitar a parte do palácio que é usada para recepções e eventos, mas precisa agendar com meses de antecedência, são poucos acessos disponíveis, alto custo do ingresso e a necessidade de se fazer uma pesquisa na documentação do interessado previamente enviada, já que o Kremlin é um dos locais mais seguros do mundo.

Abaixo, a Praça das Catedrais é o coração do Kremlin, onde está a maioria das atrações que se pode visitar.

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O Tsar Pushka, o canhão do Czar, é o maior canhão do mundo. Feito em bronze em 1586, possui 5,34 metros e 18 toneladas. O calibre é de 890 mm e nunca foi usado. Foi construído só para intimidar os inimigos e mostrar o poder bélico russo.

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Tsar Kolokol, o Sino do Czar, é o maior sino do mundo, com 6,14 m de altura e 6,6 m de diâmetro e possui 222 toneladas!!! Nunca foi pendurado, suspenso, porque não haveria torre que pudesse sustentá-lo. De 1733, feito em bronze,  está no chão junto ao Campanário.

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O sino foi danificado em um incêndio antes de ser usado e o pedaço que quebrou pesa incríveis 11 toneladas!

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O Campanário de Ivan o Grande, construído entre 1505 a 1508, possui 34 sinos, sendo o maior, o Sino da Assunção com 64 toneladas, e a sua torre mais alta com 81 metros.

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Campanário de Ivan

Na foto acima na praça das Catedrais, com as suas igrejas: a) Catedral da Assunção, b) Catedral do Arcanjo São Miguel, c) Catedral da Anunciação, d) Igreja da Deposição das Vestes, e) Igreja dos Doze Apóstolos.

O interior das igrejas é de uma beleza impressionante, como não é possível fotografar o seu interior vou postar algumas fotos que consegui na internet.

A Catedral da Assunção, também conhecida como a Catedral da Dormição, de 1489 possui cúpulas em ouro, fachada de tijolos e entrada em mosaico. No seu interior o trono de Ivan o Terrível.

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Detalhe do tamanho da fila para entrar, com guia fica mais fácil pular a fila.

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A Dormição de Maria é uma das mais importantes datas do calendário da religião ortodoxa russa. Dormição é a morte de Maria, mãe de Jesus e depois a sua ressurreição e elevação ao céu. A data é comemorada em 15 de agosto.

A Catedral da Assunção era a igreja da coroação dos czares.

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Foto do site: http://www.istockphoto.com – Autor: Vladislav Zolotov

Catedral do Arcanjo São Miguel de 1505, construída na época de Ivan, o Grande possui a fachada branca e 5 cúpulas: Jesus e os 4 Evangelistas. No seu interior os túmulos dos czares Ivan o Terrível e Ivan o Grande. Esta igreja foi o local de enterro dos czares da Rússia até o século XVII. Possui 54 túmulos e 46 lápides de czares e príncipes.

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Foto do site: http://www.pt.sodiummedia.com

A Catedral da Anunciação, de 1489 também possui fachada branca e cúpulas de ouro. Conhecida como o “puxadinho” de Ivan o Terrível. Como o czar se casou algumas vezes era impedido de entrar nas igrejas pela religião ortodoxa russa, então resolveu seu problema construindo um anexo para que pudesse assistir as missas.

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Foto do site:: http://www.nextews.com

A Igreja da Deposição das Vestes, de 1484, era a igreja particular do czar. O seu interior possui desenhos de artistas russos do século XVII. Seu exterior é simples, é uma igreja pequena que fica escondida. As 11 cúpulas do Palácio Terem se incorporam a ela criando um efeito muito bonito.

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A Deposição das Santas Vestes da Virgem Maria é uma festa que data do século V e celebra a viagem das vestes de Nossa Senhora entre a Palestina e Constantinopla. Já no ano de 860 o Patriarca colocou as vestes da Virgem no mar causando uma tempestade que destruiu os navios invasores na Guerra Rus-Bizantina em Constantinopla. A igreja é dedicada  a essa tradição.

Além das igrejas, O complexo do Kremlin de Moscou também possui o Palácio das Facetas, o seu mais antigo edifício, de 1492, decorado com pedras angulosas. No seu interior há dois salões de cerimônia, o salão principal possui 500 m2 e tem o Átrio Sagrado onde o czares recebiam a coroa.

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Foto do site: http://www.blog.universidades-rusia.com

O Palácio dos Terens ou Palácio Teremnoy foi inaugurado em 1636 e era a principal residência dos czares no século XVII. Junto ao palácio foram construídas 5 pequenas igrejas, que possuem 11 torres finas (base verde e vermelha) com cúpulas douradas, são lindas, a única parte que se consegue ver do palácio, que não é aberto ao público.

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Foto do Site: http://www.itinari.com – Crédito da foto: mamchester

Por fim, a atração que considero imperdível no Kremlin e que muitos tours não incluem, a visita ao Palácio do Arsenal (Armory Chamber), o maior museu do Kremlin, de 1508, o prédio atual é de 1851, tem no seu acervo 4.000 peças.

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A riqueza e importância histórica de seu acervo é imensa. Uma das peças mais importantes é o trono esculpido em marfim do czar Pedro, o Grande. Também possui uma coleção de ovos Fabergé.

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Foto do site: http://www.turismo.culturamix.com

E uma galeria denominada “O Fundo dos Diamantes” cujo ingresso deve ser comprado à parte, na hora. Pedi para Svetlana nossa guia comprar a entrada que é feita em grupos por vez, mas não demorou, fotos são proibidas.

No Fundo dos Diamantes está o 4° maior diamante do mundo no cetro da Imperatriz Catarina a Grande e a coroa do Czar utilizada pela última vez por Nicolau II. Foi muito emocionante poder conhecer um acervo desta magnitude.

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Foto do site: http://www.turismo.culturamix.com
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Foto do site: http://www.turismo.culturamix.com

E assim terminamos o nosso passeio pelo Kremlin de Moscou, mais um risquinho na lista de sonho realizado, na lista dos lugares incríveis para se conhecer.

Como mencionei no início, o Kremlin faz fronteira com os Jardins de Alexandre um dos primeiros parques públicos urbanos da Rússia. De 1823 seu nome é dedicado ao Czar Alexandre I. É composto por três jardins e percorre o lado ocidental da muralha do Kremlin.

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Feliz em Moscou

No próximo post mostrarei a Rua Arbat, o passeio pelas margens do Moskva e o tour incrível que fizemos com Svetlana pelo parque VDNKh e o Museu da Cosmonáutica (presente de aniversário para o marido). Até breve!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Palácios de Catarina e Peterhof

Nos arredores de São Petersburgo (25 km) em uma cidade que à época se chamava Tsarskoye Selo, hoje Pushkin,  foi construído em 1717 o Palácio de Verão de Catarina I, da Rússia.

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Catarina I foi a mulher do Czar Pedro, o Grande e o palácio foi um presente para ela.

Em 1756, o palácio foi todo remodelado pela filha deles a Imperatriz Elizabeth, que foi, por assim dizer, “sogra” de Catarina II, “A Grande”, já que Elizabeth era tia de Pedro, marido de Catarina II e os trouxe para viver com ela, pois como não tinha filhos, escolheu o sobrinho Pedro para ser o herdeiro do trono.

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Fui visitar o palácio na parte da manhã, de carro, com a super querida guia Nádia (@passeio.petersburgo) que contratei por 3 dias para passeios em São Petersburgo.

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Eu e Nádia em uma das salas do Palácio

Elizabeth adorava o luxo e revestiu as paredes e tetos do palácio com mais de 100 kg de ouro.

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Precisa colocar protetor nos pés para não arranhar o chão

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E a selfie no espelho do nosso “grupo”, saudade desse dia

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A maior atração do Palácio de Catarina, sem dúvida, é a Sala de Âmbar roubada pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial, que foi totalmente reconstruída.

Âmbar é uma resina fóssil proveniente dos pinheiros da região às margens do Mar Báltico. De cor que varia do amarelo ao vermelho é muito usado em objetos ornamentais, decorativos ou jóias. Embora pareça uma pedra semi preciosa, um mineral, a sua origem é vegetal.

E advinhem? Não pode fotografar!!! A beleza da sala que foi integralmente reconstruída como a original, com âmbar verdadeiro (não são cópias) é realmente espetacular. Comprei um catálogo e fiz a foto abaixo. As paredes são inteiras cobertas com peças de âmbar das mais diversas tonalidades que vão do amarelo claro, passando pelo laranja até chegar ao vermelho bem intenso, criando um efeito incrível.

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A história da sala começa em 1716 quando o Rei da Prússia Frederico Guilherme I presenteou o Czar Pedro I com painéis de âmbar. Em 1755, sua filha, a Imperatriz Elizabeth resolveu instalar os painéis na sala do palácio acrescentando espelhos e outros ornamentos. Até que na segunda guerra mundial ela foi encoberta com panos, para protegê-la, porém os alemães descobriram, desmontaram os painéis e os roubaram, desaparecendo para sempre.

Na década de 1980 o governo de Moscou resolveu reconstituir a sala e após mais de 20 anos de trabalho, utilizando 500 mil placas num total de 6 toneladas de âmbar, foi inaugurada em 2003. Os alemães doaram 3,5 milhões de dólares para ajudar. Estima-se que a sala valeria 250 milhões de dólares o que a torna a mais valiosa obra de arte desaparecida do mundo. É de arrepiar! (Fonte: Livro “A Sala de Âmbar” de Catherine Scott-Clark e Adrian Levy – Ed. Record)

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Foto do site: http://www.jabuticaba.org

O palácio possui alguns móveis, objetos, vestuário e retratos da família imperial, não está com a totalidade de seus aposentos abertos para visitação porque ele ainda não foi completamente restaurado.

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Salão de Jantar
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Vestido da Imperatriz Elizabeth
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O último Czar: Nicolau II

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Os jardins do palácio são muito lindos e o dia de sol e céu azul limpo de verão em agosto deixou o cenário ainda mais perfeito.

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Após o Palácio de Catarina fomos almoçar em um restaurante incrível – Podvorye – dica da Guia Nádia, que comentarei no post exclusivo sobre os restaurantes que fui na Rússia.

À tarde, a outra atração que eu tinha mais vontade de conhecer em São Petersburgo, depois do Museu Hermitage: o Palácio Peterhof.

Li que o ideal seria conhecer cada palácio em um dia, por causa da distância e do tamanho. Cada viagem é muito pessoal, mas no meu caso, ter conhecido os dois no mesmo dia funcionou muito bem. Se você vai conhecer essas atrações sozinho é possível que perca muito tempo no deslocamento, na compra de ingressos e na própria visitação em si já que não conhece a “logística”. O trajeto entre eles também pode ser complicado.

Como fui com guia e motorista, saímos de St. Peters às 9h, chegamos em menos de 1 hora em Pushkin e 2 horas foi tempo suficiente para conhecer o Palácio de Catarina. O motorista nos deixou praticamente na porta do palácio, não peguei fila para comprar ingresso (a guia já tinha comprado) ou para entrar (salta fila), o tempo rende. Em Peterhof foi o mesmo esquema (fica a 38 Km de Pushkin), tanto que sobrou tempo para no final de tarde fazer um tour pelas estações de metrô – bônus que não estava no programa. Depois, no verão, anoitece às 22h o que faz o seu dia render muito mais.

O Palácio de Peterhof ou o Palácio de Pedro, que dista 30 km do centro de São Petersburgo foi inaugurado em 1723, seguindo as instruções de construção em vários esboços feitos por Pedro, o Grande que foram guardados, já que ele planejava construí-lo desde 1705.

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Entrada de Peterhof

O que são essas cúpulas? Quase surtei quando cheguei aqui. E muitas fontes lindas pelo caminho.

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Fonte Tritão

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Fonte Adão e Eva

Também tem fontes secretas. Pedro, o Grande queria “brincar” com seus convidados e inventou construir jatos de água escondidos pelo jardim, no chão ou em construções, para quando as pessoas passassem por elas seus pés acionassem o mecanismo e ficariam molhadas, de surpresa, no susto! Eu iria odiar essa brincadeira, mas as crianças amam e se divertem muito.

Abaixo um parador para descansar, que na realidade é uma fonte surpresa.

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Passeamos pelos seus jardins

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E existem outros palácios menores no complexo do Peterhof.

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Palácio Monplaisir

 

Então chegamos no Mar Báltico, com vista para o Golfo da Finlândia

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Depois subimos para conhecer o “coração” de Peterhof: a sua cascata de fontes. Abaixo, ao fundo.

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Reservei essa viagem e marquei esse dia de passeio com meses de antecedência, e pensei: tem que dar sol, faz toda a diferença! E fez!!! Que sol, que céu, que dia mais lindo, foi demais!!!

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A Grande Cascata em frente ao palácio possui 200 estátuas e esculturas de bronze dourado (cobertos com folha de ouro), 16 vasos e 29 baixo relevo em mármore. As 64 fontes não usam bombas para funcionar e sim a genialidade de cálculos de queda d’água que fazem com que a pressão dê força para impulsionar os jatos.

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O Palácio Peterhof foi por 200 anos a residência de verão da família imperial russa. Muito atingido nos bombardeios da 2ª Guerra Mundial foi reconstruído e reaberto em 1964. Sua fachada possui 260 metros e seu parque 102 hectares.

A quantidade de pessoas que visitam o Peterhof na alta temporada é enorme. Não tive interesse de conhecer o palácio por dentro (foi todo reconstruído fielmente). O interior é lindo, vi nas minhas pesquisas, vale a pena, teria tempo, mas realmente fui para curtir a sua área externa que é espetacular. A gente não consegue parar de admirar a cascata, não dá vontade de ir embora. Estava um dia tão lindo, felicidade que não cabia em mim!

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Fonte de Sansão

As estátuas de bronze roubadas pelos nazistas, também foram fielmente refeitas com camadas de folhas de ouro. Na fonte de Sansão, que está lutando e abrindo a boca de um leão, seu jato chega a altura de 20 metros.

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No alto do terreno, no platô do palácio com a vista do Mar Báltico

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As águas das fontes desaguam no Mar Báltico lá embaixo.

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As fontes ficam no verão ligadas até às 17h. No inverno não funciona, voltam no final de abril. A visita ao palácio pode ser feita o ano todo.

Foi um dia muito intenso, só que tão agradável na companhia da guia Nádia, que não foi cansativo, então ela ofereceu, de bônus, um passeio pelas estações de metrô e topamos.

O sistema de metrô de São Petersburgo iniciou suas atividades em 1955. É um dos mais profundos do mundo.

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Assim como em Moscou, que futuramente mostrarei, as estações parecem palácios. Abaixo a estação AVTOVO que possui 46 colunas, sendo 16 revestidas de vidro esculpido.

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A estação KIROVSKIY ZAVOD homenageia as indústrias de base do período socialista

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Busto de Lenin

Estação NARVSKAYA é dedicada a bravura do povo soviético e possui 48 esculturas que retratam 12 profissões.

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A profundidade das estações é impressionante, não chegava no topo nunca!

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Detalhes e beleza por todo lado

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Vale a pena acrescentar mais um dia de viagem para conhecer os palácios de Catarina e Peterhof, considero este último, em especial na primavera/verão, um dos roteiros indispensáveis para quem visita São Petersburgo.