Voltando para a viagem que fiz mês passado pela Grécia, uma das ilhas que conheci foi Patmos, que fica no Mar Egeu Meridional, a 55 Km da costa da Turquia e faz parte do conjunto de 12 ilhas chamado Dodecaneso.
Patmos pertence a Grécia desde 1948 (já foi dos Otomanos, Venezianos e Italianos) sua capital é Chora e Skala o porto principal. É conhecida como a Jerusalém do Mar Egeu, dada a sua importância sagrada e por ter sido aqui que o Apóstolo João escreveu o Livro do Apocalipse em 95 d.c.
Chegamos com o cruzeiro em Patmos em 21 de agosto, terça às 17:30 h, e tínhamos 4 horas para conhecer a ilha. Como a minha intenção era só conhecer o Monastério e a Gruta foi tempo suficiente. Comprei uma excursão do navio, com guia em espanhol, que foi excelente e ainda sobrou um tempinho para apreciar a linda vista lá de cima onde se encontra o monastério e olhar umas lojinhas.
A primeira parada foi no Monastério de São João que fica a 15 minutos de ônibus do porto. É um mosteiro ortodoxo grego fundado em 1088 em Chora, sendo patrimônio da Unesco. Na primeira pesquisa que fiz sobre o monastério dizia que o horário de funcionamento era das 8:30 às 13:30 horas todos os dias, mas não é assim. Terça é das 16 às 19h, Sábado das 17 às 20h e Domingo das 16 às 18h. O site para verificar os horários de funcionamento é http://www.patmosmonastery.gr está em grego, mas é só colocar no tradutor que dá para entender, para quem vai sozinho conseguir se programar.
O mosteiro fica no alto e tem um ângulo difícil para fotografar

No primeiro piso, no pátio interno, à esquerda, tem a Capela do Mosteiro que é linda demais, dedicada a São João o Teólogo! As paredes do mosteiro tem afrescos impressionantes.


No piso superior tem o Grande Tesouro do Mosteiro que é o maior museu do Mar Egeu com preciosos artefatos bizantino e a Caveira de São Tomé Apóstolo, mas infelizmente não pode fotografar.
Para visitar o mosteiro e a gruta mulheres e homens precisam ir com roupas que cubram os joelhos e os ombros. Aqui na parte alta do mosteiro.
Final de tarde, o sol já se foi e a luz ainda é linda
O ônibus deixou a gente muito próximo ao mosteiro, tivemos que subir uma rua e alguns degraus, não foi muito esforço. Já na descida, pela mesma rua, tem umas lojas e restaurantes muito legais.
Depois, descemos mais uma rua, mais ou menos uns 5 minutos a pé para a segunda parada, a Gruta do Apocalipse. Dentro da Gruta, logo na entrada tem um Capela dedicada a Santa Anna. No interior da gruta mesmo é proibido fotografar.
A primeira entrada para a gruta, porta em frente, onde tem uma loja e alguns ícones bizantinos em exposição

Capela de Santa Anna dentro da gruta
Do lado direito da capela está o lugar onde o Apóstolo São João o Evangelista morou no ano de 95 d.c. em razão do exílio (prisão) na ilha, e nesse período, escreveu os relatos que veio a ser o livro bíblico do Apocalipse. Ele viveu aqui com um discípulo, Prochorus, que escrevia o que lhe era ditado. João na realidade ditava o que lhe era revelado por Jesus Cristo em nome de Deus em visões.
No livro do Apocalipse, que significa revelação, João diz que estava em Patmos. Ele deveria escrever e entregar as revelações as 7 Igrejas da Ásia Menor, como Éfeso, Esmirna, Pérgamo entre outras.
No teto da caverna (gruta) tem uma trinca tripla, onde ele ouvia a voz do Senhor, que simboliza a Santíssima Trindade.
Na rocha da gruta onde São João apoiava a cabeça para dormir e a mão para levantar está envolto em prata.
Fotos abaixo do Blog http://www.culturaeviagem.wordpress.com onde pode se visualizar a trinca no teto. No chão, atrás da grade o buraco onde São João apoiava a cabeça e um buraco menor na parede, ao lado da grade, onde ele apoiava a mão para se levantar.
Foto abaixo do site http://www.terrasantaviagens.com.br
A Gruta Sagrada do Apocalipse é um local de imensa importância para os cristãos no mundo e Patmos, com certeza, mais uma ilha incrível da Grécia.