Como falei no post anterior, fui para Viena no mês de maio de 2018 e me hospedei 5 dias no Hotel Sacher – Viena, viajei pela Lufthansa (esperava mais da sua classe executiva), o avião era enorme, com dois andares. A ida foi Florianópolis/Guarulhos/Frankfurt/Viena e a volta Berlim/Zurique/Guarulhos/Florianópolis, não precisei voltar a Viena, que era o meu destino na ida, assim pude fazer a viagem em uma sequência, o que dá mais conforto.
Consegui ver tudo o que eu queria em Viena em 4 dias, apertando dá para fazer em três, mas tem que ser dias inteiros, descontando a chegada, que geralmente é de meio dia, em razão do deslocamento.

Cinco dias foram ótimos porque deu para ver tudo com calma, sem correria e ainda curtir esse cidade linda, com gente bonita, elegante e muito simpática. Deu tempo também para dar uma “olhada” nas lojas, pois o comércio de Viena é maravilhoso, tem algumas ruas só para pedestres o que torna o passeio ainda mais agradável.
O Hotel Sacher fica em frente a Ópera Estatal de Viena, infelizmente não tinha nenhuma ópera que eu gostasse na época, então fiz um passeio guiado para conhecer essa que é uma das casas de ópera mais famosas da Europa e do mundo (junto com o Scala de Milão que eu também conheço).
A Ópera de Viena foi inaugurada em 25 de maio de 1869, com a ópera Don Giovanni de Mozart e possui 1.709 lugares. Abaixo a fachada, já anoitecendo.
Na entrada, esperando o guia com tour em espanhol. As datas e horários dos tours que são em alemão, inglês e espanhol estão no site http://www.wiener-staatsoper.at comprei o ingresso no local, na parte de trás do prédio, um pouco antes do início. São grupos de aproximadamente 20 pessoas e tem duração de 40 minutos.

Tivemos a sorte de ver o palco aberto para um ensaio
Agora vamos para a atração mais famosa de Viena, o Palácio de Schonbrunn, para ir até lá me desloquei de táxi, pois fica uns 20 minutos de carro do centro. Também conhecido como o Versalhes de Viena, era a residência de verão dos Habsburgo. O prédio que se visita hoje é de 1743, sob o reinado da Imperatriz Maria Teresa da Áustria, mãe de Maria Antonieta da França. D. Leopoldina, mulher de D. Pedro I, Imperador do Brasil, morou aqui até 1.817. Morreu nesse palácio, o filho de Napoleão Bonaparte, aos 21 anos, durante a sua ocupação em Viena, em 1832.
A sua habitante mais célebre, com certeza, foi Sissi. Elizabeth da Baviera que se tornou Imperatriz da Áustria e Hungria pelo casamento com o Imperador Francisco José I, em 1.854. Uma mulher cuja história trágica nada tem a ver com os filmes protagonizados por Romy Schneider.
Para conhecer o interior do Palácio de Schonbrunn comprei um tíquete, antecipadamente, no seu próprio site http://www.schoenbrunn.at que incluiu o Grand Tour (visita aos 40 aposentos), mais o Gloriette e o Jardim Privado. Há várias composições de tíquetes, conforme o interesse da visita. Para visitar os jardins é gratuito.
Feliz de estar aqui, andando por esse mesmo chão onde pisaram Maria Antonieta, Sissi, Maria Teresa da Áustria, Napoleão Bonaparte e tantos outros.
Não é permitido fotografar no interior do palácio. Na parte de trás está o Gloriette, um jardim com café na colina e a Fonte de Netuno, lindo!
Foi no Palácio de Schonbrunn que Mozart tocou para o público pela primeira vez, aos seis anos de idade. O palácio é lindo demais e seus jardins de sonho, é uma atração imperdível em Viena.
Outra atração, agora no centro de Viena, é o Palácio Hofburg, a 5 minutos a pé do Hotel Sacher, foi o palácio que eu mais gostei. Do ano de 1.279, foi por 500 anos a residência dos Habsburgo, família imperial da Áustria de 1.278 a 1918 (deposta com o término da 1ª Guerra Mundial). Maria Antonieta nasceu aqui em 02/11/1755 (sou de 03/11). Hoje se encontra no prédio o escritório do presidente da Áustria.
O Hofburg é um grande complexo que compõe: os apartamentos reais, museu Sissi, prataria, biblioteca, escola de equitação e igreja. Também comprei o ingresso antecipado pela internet (no mesmo site do Schonbrunn) e não peguei fila na bilheteria.

Sissi era uma mulher inteligente, culta, adorava ler e viajar, só que também era obcecada pela beleza e magreza, narcisista, tinha 1,73 altura e pesava 45 Kg, fazia regimes malucos e possuía equipamentos de musculação, uma raridade para as mulheres da época. Não se deixou retratar após os 32 anos de idade e quando começaram a aparecer os primeiros sinais do envelhecimento se cobria com véu para ninguém ver.
Ao lado do Hofburg se encontra a Biblioteca Nacional, uma das bibliotecas históricas mais bonitas do mundo. Possui a Coleção do Príncipe Eugênio de Saboia com 15.000 livros. No total tem 8 milhões de livros expostos. A Sala Imperial (State Hall), sua sala principal, tem 200.000 livros dos anos de 1.500 a 1.850.
No caminho de volta, Ao lado do Hotel Sacher, fomos conhecer o museu Galeria Albertina, coleção de Alberto (por isso o nome) marido da Arquiduquesa Maria Cristina, irmã de Maria Antonieta. No primeiro andar tem as 22 salas Habsburgo, com os seus objetos de arte, decoração e mobiliário. No segundo andar quadros de Monet, Renoir, Miró, Cezanne e Picasso, entre outros e no térreo e subsolo exposições temporárias.
Marido com Matisse que ele ama demais e eu na Exposição Temporária de Keith Haring
Passeando pela cidade de Viena, arte e beleza por todo o lado.
Da série amo igrejas, a Karlskirche igreja barroca localizada na Karlsplatz, de 1737, foi construída por ordem do Imperador Carlos VI em honra a São Carlos Borromeu que livrou Viena da peste. Fui nessa igreja à noite para assistir um concerto de “Quatro Estações” de Vivaldi. Comprei o ingresso on line, no Brasil, pelo site http://www.viennaticketoffice.com mas vi pessoas comprando ingresso no local, na hora, sem problema. O concerto começou às 20:15h e não pode fotografar durante a apresentação.
Foi lindo! Amo as Quatro Estações de Vivaldi e a apresentação em uma Igreja fica ainda mais mágica, já tinha assistido em Roma só que em Viena superou, pela qualidade e duração do concerto.
Outro concerto que eu fui, mas não gostei muito, foi no Musikvrein. A Casa de Música de Viena foi inaugurada pelo Imperador Francisco José em 1870. Tem uma acústica prodigiosa, é o palco permanente da Orquestra Mozart de Viena. O repertório era bom, afinal amo Mozart, os músicos também, o problema mesmo é o local, muito desconfortável, cadeiras apertadas e ruins, gente demais, vários assentos sem qualquer visibilidade, achei um absurdo. A sala é bonita, mas já está decadente. Comprei o ingresso no site vienna ticket também, mas tem que prestar atenção porque nem todos os dias a apresentação é no salão principal, O GOLDEN HALL que é o mais bonito. Achei, sinceramente, o espetáculo o estilo do Lido ou Molin Rouge de Paris (pega turista).
A fachada, na chegada, a cúpula da Karlskirche ao fundo
No Salão Golden Hall, sentei na sétima fileira, ótima visibilidade. Os músicos tocam vestidos de Mozart.
Nos dois concertos eu fui e voltei sozinha, a pé, porque ficavam a uma distância de 600 metros do Hotel Sacher. Viena é uma cidade muito segura e a gente pode andar à noite, a pé, sozinho, sem qualquer problema, tem sempre muita gente nas ruas, é bem tranquilo.
Já que eu estava realizando o meu sonho de conhecer todos os lugares onde Maria Antonieta passou a sua infância, “atendendo a pedido” levei o marido para conhecer o Museu Sigmund Freud. Ahhh se Dr. Freud fosse vivo, hahahaha! Na realidade a maior parte dos objetos do “Pai da Psicanálise” se encontra no seu museu em Londres (que já conhecemos), mas a importância desse local está no fato de que foi o apartamento que Freud morou em Viena. Só para os fãs como o meu marido, porque como museu é bem fraco.
Alguns objetos da coleção de Freud (sonho do marido realizado)
A igreja mais mais importante de Viena é a Catedral de Santo Estevão, em estilo Gótico e Barroco, de 1.137 (porta e torre) e onde se encontram também as tumbas dos Habsburgos (além da Cripta Imperial que eu fui e já mostro). Foi aqui que se realizou o casamento e o funeral de Mozart. Na sua torre tem o maior sino da Áustria. Ao lado da sua Capela interna tem o túmulo do Príncipe Eugênio de Saboia.
A Catedral de Santo Estevão fica em no calçadão da Kärntnerstrasse que começa exatamente ao lado do Hotel Sacher. É uma área ótima para passear, muito animada, cheia de gente, lojas, restaurantes, almocei aqui um dia, no DO & CO, na Stephansplatz, bem em frente e com uma linda vista da catedral. O restaurante é excelente, recomendo.
Outro ovo à milanesa maravilhoso, viciei!
Um lindo carrossel bem ao lado da catedral e bancas de flores, amo!
Depois fui na Cripta Imperial, que fica na Igreja dos Capuchinos. Aqui se encontram as tumbas dos Habsburgos, a da Imperatriz Maria Teresa da Áustria fica em uma sala exclusiva.

À noite fui em um lugar que adorei. Albertina Passage, fica ao lado da Ópera de Viena, quase atrás. É um mix de restaurante, bar, balada, casa de show. Fica no subsolo e é lindo! Comida boa, atendimento excelente, fiz reserva pelo site http://www.albertinapassage.at (tem versão em inglês), as melhores noites são sexta e sábado, mas funciona de terça à sábado a partir das 18h.
Viena tem realmente muitos lugares para conhecer, deixo para outro post outras atrações que visitei nessa cidade incrível. Para a continuação clique aqui Viena – parte II.
Amei , texto leve que nos faz viajar junto
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Obrigada querido, fico muito feliz com as suas palavras! Bjs 😘
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