Continuando sobre a cidade de Viena, que eu adorei conhecer e quero muito voltar, você lê os outros dois posts aqui Hotel Sacher – Viena e aqui Viena – parte I, um lugar maravilhoso que eu visitei foi a Belvedere.
O museu Galeria Belvedere é um dos edifícios barrocos mais lindos do mundo, construído pelo Príncipe Eugênio de Sabóia. Ele é composto por dois edifícios o Superior (principal) e Inferior (atrás do prédio principal) divididos por um lindo jardim.
Só conheci o Upper (Superior). Com obras distribuídas em dois andares, é uma galeria especializada em Arte Austríaca dos séculos XIX e XX. Era aqui que se encontrava o quadro retrato de Adele Bloch Bauer, de Gustav Klimt, cuja história serviu de inspiração para o filme A Dama Dourada, com Helen Mirren.
A Belvedere possui um bom acervo de obras de Gustav Klimt (1862 – 1918) e Egon Schiele (1890 – 1918), os dois mais famosos pintores da Áustria.

O Beijo de Gustav Klimt, sua obra mais famosa.

O jardim atrás da Upper Belvedere e o outro prédio ao fundo
À tarde visitei o museu que eu mais gostei, o Kunsthistorisches. É o museu de História da Arte e Belas Artes de Viena. Um dos mais antigos do mundos, de 1891. Fica na Maria Theresien Platz uma praça linda, com o Museu de História Natural na frente. Tem sempre muita gente nos jardins, estudantes principalmente, um ótimo lugar para passear.
O Kunsthistorisches (que nome danado) é enorme! O seu acervo é imenso, desde coleções egípcias e greco-romana até pinturas de Rafael e Vermeer. Esse museu está na categoria me tranca lá dentro e joga a chave fora! Arruma tempo para ir conhecer, não dá para perder. A fachada do Kuns (sou obrigada a abreviar).
E do outro lado da praça, bem em frente, o Museu de História Natural (não fui, fica para a próxima), pra mim os prédios são idênticos, os cartazes das entradas identificam as exposições que estão acontecendo em cada um
No centro da praça o Memorial da Imperatriz Maria Tereza (atrás por causa do sol)
O prédio do museu é tão lindo e o café Heavenly no térreo maravilhoso!

Como sou rata de museu, também fui no Leopold Museum que fica na Museumsplatz, o quartier dos museus em Viena. Um local moderno que abriga obras de Klimt e Schiele e está sempre com muitas exposições.

Passear por Viena é sempre uma festa para os olhos – Rathaus – a Prefeitura
O Parlamento Austríaco, parcialmente destruído na 2ª Guerra, reconstruído em 1956
Mais uma igreja, a St. Peter, do Século XVIII, foi inspirada na Basílica de São Pedro, no final da Habsburgegasse (uma área de pedestres muito legal, com lojas e restaurantes)
À noite, outro restaurante que eu gostei muito foi o Palmenhaus, ao lado da Galeria Albertina. Ambiente bonito, ótima comida e atendimento super simpático (a garçonete disse que gostava muito do Brasil porque já tinha namorado um paulista). Aliás, todo lugar que a gente ia, alguém dizia que já tinha namorado um de São Paulo, impressionante. Taxista, vendedora, funcionário do hotel, garçom, etc. E daí “arranhavam” um pouco de português. Então se você não fala alemão e nem inglês, em Viena não se preocupe! Hahaha exagero!
Viena é famosa por seus cafés e um dos mais famosos é o Café Demel, de 1786, fica na Kohlmarkt, perto do Museu da Sissi. Considerado também a melhor confeitaria de Viena, mas fomos para almoçar e a comida não estava boa. Outro famoso é o Café Central, na Herrengasse, Freud e Hitler o frequentavam
Por fim, fomos no Mercado Municipal, gosto sempre de visitar e como sobrou tempo resolvemos ir, não é imperdível, mas é bem legal, gostei. No caminho tem a “calçada da fama”.
Última dica de restaurante em Viena, o DO & CO que fica no prédio do Museu Albertina, a entrada é pelos fundos do museu, na Albertinaplatz, como estava quente (para eles), só estava funcionando a área externa, a interna é bonita, mas não pude ficar lá. Do mesmo grupo da Stephansplatz, aqui o ambiente e a comida são mais casuais.


No início das minhas postagens sobre Viena comentei que tinha uma alta expectativa em relação a cidade, na realidade tinha em relação ao que eu queria conhecer: seus palácios, museus e atrações, mas não fazia ideia de que iria gostar tanto da cidade em si: suas ruas, restaurantes, mas principalmente o astral, a energia do lugar que é algo que não se explica, a gente sente. Fui em maio, o clima estava ótimo e acho que isso contribuiu para encontrar as pessoas mais alegres, o inverno já tinha ido embora. A simpatia do vienense é cativante, vai muito além da “só” boa educação. Demonstram prazer em atender e ajudar o turista. É um povo nitidamente feliz, como achei também em Berlim e não achei em Budapeste, mas como tudo na vida, é muito pessoal.
Viena me deixou uma ótima impressão e aquela certeza de que como deve ser maravilhoso morar na que foi eleita “a melhor cidade do mundo para se viver”.