A incrível história de Pompeia está no imaginário de todos nós e quando resolvi conhecer Nápoles claro que tinha que incluir uma visita as ruínas de Pompeia, pela facilidade e proximidade do deslocamento. Assim, em junho de 2017, contratei um passeio guiado com a empresa Viator (em espanhol). Fomos de van em um pequeno grupo.
Pompeia foi uma cidade do antigo império romano, situada a 22 km de Nápoles e destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.c.
O que se sabe a respeito da erupção e a sua data aproximada vem dos relatos de Plínio, o jovem, que estava em Nápoles e registrou o que viu.

A população de Pompéia era de 15.000 habitantes e um dado curioso é que eles não sabiam que aquela montanha tão próxima da cidade era um vulcão, pois a sua última erupção havia sido 1.800 anos antes. Como já haviam sofrido com terremotos, quando a erupção começou poucos fugiram, já que pensaram que os tremores eram de outro terremoto.

A erupção do Vesúvio durou dois dias e não foi comum, pois não teve lava, mas sim um gás superaquecido que possuía cem mil vezes mais energia térmica do que a bomba de Hiroshima.

As ruas de Pompéia e sua história. Caminhar por aqui é incrível. Casas, comércio, toda a vida social e administrativa da cidade. Suas ruínas preservadas para contar o que foi e como viviam os seus habitantes.

Abaixo as ruínas do Thermopolium que se acredita ser o primeiro restaurante fast food do mundo, pois foram encontrados vestígios de comida e pela sua arquitetura parecia um “buffet”.
A cidade possuía as suas Termas, prática muito comum aos romanos já que inventaram o SPA _ Sanitas per Aquam
Um detalhe do passeio é a dificuldade para fotografar as atrações mais importantes, tem sempre “milhares” de pessoas na frente, é irritante!
Outra curiosidade de Pompéia é o Lupanar (prostíbulo), como era uma cidade que recebia visitantes de todas as origens, muitas línguas eram faladas, então para facilitar a comunicação e saber o que “o cliente” gostaria de fazer havia um “cardápio”, ou seja, desenhos de várias práticas sexuais na parede para escolher. Achei genial!
O que mais atrai as pessoas que visitam Pompeia é ver os corpos das pessoas que morreram em razão da erupção do Vulcão Vesúvio. Conforme a teoria que eu acredito, os habitantes morreram pela onda térmica que foi expelida pelo vulcão (não houve lava) e com a “chuva” de cinzas muitos corpos permaneceram no seu formato de morte.
Acontece que esse formato é oco, já que com o calor intenso os corpos “sumiram”, derreteram por completo. Ficando apenas a “casca” de cinzas. Com a descoberta oficial de Pompeia no ano de 1748 para preservar esses formatos de corpos foi introduzido gesso para eles não se desmancharem.
Então, para ficar claro, não existem corpos carbonizados ou esqueletos dos habitantes de Pompeia, só o formato destes corpos feito por cinzas com recheio de gesso.

Os artefatos e utensílios encontrados estão expostos em um grande galpão
Por fim, o Forum, a praça principal da cidade, o centro administrativo onde restam colunas de antigos templos. Ao fundo o Vulcão Vesúvio, ainda ativo.

A emoção de visitar Pompeia é muito grande, para quem adora história é um local imperdível, para nunca esquecer!




O acesso a Pompeia é bem fácil, a linha de trem para em frente a entrada das ruínas. É possível fazer um bate e volta de Roma, mas como é um passeio longo, cansativo, melhor a partir de Nápoles. O terreno é bem acidentado, pedras, areia, o calçado ideal é tênis. Tem barracas de comida e bebida, além de banheiro na entrada, depois lá dentro não tem mais nada. É bom levar uma garrafa de água e se estiver calor, como no meu caso, chapéu. Não tive dificuldade, nem fiquei cansada. Não sou adepta de exercícios físicos, mas tenho bastante energia e resistência em viagens. O passeio não é adequado a pessoas que tem problemas de locomoção.
Acredito ser necessário pelo menos 5 horas para visitar Pompeia, um lugar incrível que eu adorei conhecer.