Terminando a série de postagens sobre a Costa Amalfitana, deixei por último o lugar que eu mais gostei: Ravello! O espetacular hotel que fiquei hospedada você pode ler aqui Hotel Belmond Caruso – Ravello .
Passei o dia dos namorados, 12 de junho de 2017, nesta cidade mágica, foi um sonho!
Ravello tem 7km2 e 2.500 habitantes. Pertence a província de Salerno, na região da Campânia e embora pertença a Costa Amalfitana não é banhada pelo mar. Nem precisa, nem faz falta! É um lugar tão lindo, romântico, charmoso, que um dicionário inteiro de adjetivos não consegue expressar realmente o que é Ravello, uma perfeição da natureza!
Como viajo sozinha com o marido consegui “manobrar” um pouco o roteiro e ficamos mais tempo em Ravello do que o previsto de tanto que amamos, acabamos indo mais tarde para Amalfi, o que foi ótimo porque pudemos aproveitar ainda mais a cidade e não fez falta depois no período de Amalfi.
Como Ravello fica no alto a vista lá de cima é um espetáculo, um verdadeiro camarote para o Mar Mediterrâneo! Mas antes de chegar lá, contratei um transfer no Hotel Sirenuse para fazer o trajeto Positano/Ravello pela famosa Costiera Amalfitana, uma estrada realmente de tirar o fôlego. Não conseguia parar de fotografar.
Como pode um lugar ser tão lindo? E está só começando!

E chegamos no nosso destino
Ravello é inteira florida. São jardins e vasos de flores por todos os lados, um colorido lindo que junto com o verde das plantas e o azul do céu e do mar compõe um espetáculo visual tão perfeito que parece um lugar que não existe na vida real, que a gente imagina somente em contos de fada!
Depois de deixar as nossas malas no hotel fui na praça central para visitar o Duomo, a Catedral de Ravello porque queria conhecer (adoro igrejas) e principalmente para agradecer a Deus a oportunidade e o privilégio de estar em um lugar assim.
A Catedral de Ravello é dedicada a San Pantaleone e o sangue do Santo é mantido em um relicário. Fica na Piazza Duomo.
O púlpito é muito interessante, tem sua maior parte revestido em mosaicos e possui 6 colunas sobre leões. A Catedral tem 900 anos e as portas de bronze são do ano de 1179 e foram feitas em Constantinopla.


Ravello tem dois locais imperdíveis para se conhecer: a Villa Rufolo e a Villa Cimbrone.
A Villa Rufollo fica na Piazza Vescovado, instalada no Parco Regionale dei Monte Lattari. A sua atração principal são os belíssimos jardins. Como Ravello é a cidade da música e muitos festivais acontecem no verão, estavam montando o palco para um concerto e os jardins não estavam completos.

A Villa Rufolo foi construída por uma rica família mercantil no século XIII e teve seu auge no século XIV quando recebia os reis de Nápoles para banquetes. Após anos de abandono e negligência foi comprada em 1851 por Sir Francis Neville Reid, um botânico escocês que a recuperou.
A vista da Villa Rufolo é linda demais
Ravello é conhecida como a cidade da música, tem um auditório projetado por Oscar Niemayer (não tive interesse em conhecer). Richard Wagner quando visitou a Villa Rufolo em 1880 ficou tão impressionado, que o inspirou a escrever aqui o 2° Ato de Parsifal, ópera que estava trabalhando há duas décadas. Wagner morreu três anos depois.

O jardim principal estava coberto por um palco para um concerto, essa foto do Site: http://www.ravello.com mostra a sua beleza. Não é um sonho?
Após conhecer a Villa fomos almoçar no terraço do restaurante do Hotel Rufolo para continuar apreciando essa vista incrível. Foi maravilhoso!
Depois do almoço, seguimos para a atração que eu estava mais ansiosa para conhecer, a Villa Cimbrone. O caminho até a Villa é lindo! São 750 metros, aproximadamente uns 10 minutos da praça principal, não tem como errar, Ravello é muito pequena e tem placas indicando o trajeto.
Chegamos a Villa Cimbrone! As primeiras construções no local datam do século XI e pertencia a família nobre Acconciajoco. Depois de passar por muitos proprietários a área foi adquirida da família Amicci de Atrani por Ernest William Beckett (Lorde Grimthorpe) em 1904, que acrescentou vários elementos arquitetônicos. Pouco da estrutura original é visível.

Até os anos 1960 a Villa Cimbrone, de propriedade da família Beckett, recebeu várias personalidades como Greta Garbo (em 1938), Winston Churchil, Virginia Wolf, TS Eliot, entre tantos outros. Na década de 1970 a propriedade foi vendida para a família Vuilleumier que a utilizou como residência e depois a transformou em um hotel. Hoje os jardins do Hotel Villa Cimbrone são abertos ao público das 9:00 às 20:00 horas, todos os dias, mediante o pagamento de um ingresso.



E agora o lugar mais incrível – A Terraza do Infinito, segundo Gore Vidal: “A mais bela vista do mundo”, um belvedere (mirante) com estátuas de figuras da Antiguidade e uma vista deslumbrante para o Mar Mediterrâneo.


É um lugar tão lindo que não dá vontade de ir embora, a gente tem necessidade de ficar ali, absorvendo toda aquela imensidão azul. A perfeição da natureza nos emociona.

É difícil com tantas pessoas visitando fazer fotos “exclusivas”, marido suou para fazer as minhas fotos. Também com celular, sem ter talento ou ser profissional fica difícil registrar a panorâmica do local. Então vou me socorrer da internet para que o leitor possa ter uma ideia melhor da Terrazza do Infinito.

Definitivamente, a Terrazza do Infinito é um dos lugares mais lindos do mundo!
Depois de fazer um esforço enorme para sair da Terrazza, a minha vontade era montar uma barraca e dormir ali, continuamos passeando pela encantadora Ravello, suas praças e ruazinhas charmosas com lojas de cerâmica de enlouquecer.

Outro ponto que tem uma vista fantástica e era muito próximo ao Hotel Caruso onde estava hospedada é a do jardim do Hotel Palazzo Avino, livre para visitação. Achei tão lindo que fui duas vezes.
Ainda deu tempo para curtir a piscina do hotel, aproveitar a vista do terraço do quarto e e à noite jantamos também no Hotel Caruso, com detalhes aqui Hotel Belmond Caruso – Ravello . Só três fotos para matar a saudade (ou ficar com ainda mais!)
Para finalizar, a inscrição em um muro do jardim da Villa Cimbrone: “Perdido para um mundo no qual não anseio por nada. Eu sento sozinho e comungo com meu coração satisfeito com meu cantinho de terra. Feliz por não me arrepender ao partir.”
Ravello um lugar para nunca esquecer!