Até o ano passado a única porta de entrada na Itália pela TAM era Milão (hoje também por Roma), então, obrigatoriamente, em algumas viagens, na ida e na volta, passei alguns dias na cidade, o que acho ótimo, pois amo Milão.
Porém, explorei pouco ainda o seu entorno, tem cidades muito interessantes e Turim (Torino em italiano) é uma delas. Conheci em um bate e volta de trem a partir de Milão, em setembro de 2017, a viagem dura 50 minutos aproximadamente, recomendo muito, eu adorei.
Na região do Piemonte, Turim é a quarta maior cidade da Itália, tem uma população de 900.000 habitantes.

A cidade é famosa por abrigar o Santo Sudário. Uma peça de linho, relíquia sagrada, que envolveu o corpo de Jesus Cristo após a crucificação. Sobre o espinho da coroa de Cristo você pode ler aqui Pisa – Itália
O Sudário original se encontra na Catedral de Turim, na Piazza Giovanni. Está guardado em uma urna de alumínio e exposto, normalmente, a cada 10 anos, por autorização do Papa. A próxima exposição está marcada para o ano de 2025. Há também uma cópia que fica na Igreja de San Lorenzo.
Do ano de 1498, em estilo renascentista, a Catedral de Turim é dedicada a São João Batista. Aberta todos os dias das 7:00 às 12:00 e das 15:00 às 19:00 horas.

Depois da igreja, fomos para uma das atrações mais importantes de Turim: o Palazzo Reale, na Piazzeta Reale. Do século XVI era o antigo palácio da Casa de Saboia. Possui um acervo muito rico de quadros, tapeçarias e objetos.
O Palazzo Reale se trata de um complexo com vária alas. Uma delas é a Armeria Reale: armas e armaduras antigas que ocupam três salas do palácio, é lindo.
São muitas salas com mobiliário e ainda a biblioteca, o museu arqueológico e a Galeria Sabauda.
A Galleria Sabauda é onde se encontra a coleção de arte acumulada pela família Sabóia, uma das mais importantes da Europa. Turim pertenceu ao Ducado de Saboia e foi capital da Itália por 3 anos (1563). Em 1946 a monarquia foi abolida na Itália e a família exilada.
A Galleria Sabauda (Savoy ou Saboia), se situa na nova ala do palácio e possui obras primas das escolas européias, pinturas italiana, holandesa e flamenca.
O meu maior interesse em Turim era conhecer o Museu Egípcio, que fica na Via Accademia delle Scienze, perto do Palazzo Reale, mesmo porque em Turim nada é longe, as atrações ficam bem concentradas em torno da praça principal.
O Museu Egípcio de Turim é o 2º maior do mundo, atrás apenas do Museu do Cairo.
Comprei o ingresso antecipado pela internet (com hora marcada) no site do museu porque tinha lido que as filas eram enormes, enfim, no dia que eu fui não tinha fila, mas é melhor garantir.
O museu é es-pe-ta-cu-lar! Possui três andares mais o subsolo. O seu acervo é imenso e a disposição das peças em salas escuras, só o objeto iluminado, fica muito bonito. No 1º andar se encontra o Vale das Rainhas e no 2º andar a Tumba de Nefuru, suas principais atrações.
A cidade de Turim é bonita e muito agradável para passear, tem muitas lojas, restaurantes e bares espalhados por arcadas que são cortadas por praças e galerias, ideais para fazer uma parada para um café ou sorvete, dependendo da época do ano.

A Galleria Subalpina é a mais importante, o símbolo de Turim. Uma passagem coberta que fica entre a Piazza Castello e a Piazza Carlo Alberto. É do século XIX.
Almocei na Galleria Subalpina, no café e restaurante Baratti e Milano, um local histórico de Turim, desde 1858. Além do salão para refeição tem bar, confeitaria, gelateria e uma loja para comprar chocolates que são deliciosos e vem em latas lindas, um ótimo presente. Como amo chocolate, a lata que comprei foi para consumo próprio mesmo.
Esqueci de fotografar o prato, estava com tanta fome, só lembrei na hora da sobremesa.
Outra passagem coberta é a Galleria San Federico, de 1930, uma das entradas é pela Via Roma.
A Piazza San Carlo, na via Maria Vitória é conhecida como “a sala de visitas” de Turim. O seu conjunto arquitetônico é o barroco sofisticado. Possui as igrejas gêmeas de Santa Cristina (!!!) e San Carlo. Tem muitos cafés e lojas nas suas arcadas e no centro a estátua do Duque Emanule Filiberto. Detalhe: o vermute foi inventado aqui!
Não podia deixar de conhecer e fotografar a Igreja de Santa Cristina (!!!)
Além da Catedral, outra igreja importante de Turim é a San Lorenzo. Nessa igreja se encontra uma cópia do Sudário, um tecido de linho de 4,42m de comprimento por 1,13m de largura. Nesse pano se vê a imagem de frente e verso de um homem adulto nu, com bigode, barba e cabelos longos, feridas que revelam que foi crucificado com pregos, espancado e coroado com espinhos, como Jesus Cristo.
A Igreja de San Lorenzo fica exatamente ao lado esquerdo do Palazzo Reale.

Há muito mais o que ver em Turim, o ideal é dormir uma noite para continuar a conhecer a cidade, mesmo porque, pela quantidade de bares e restaurantes que eu passei deve ser muito animada. Pretendo voltar mais uma vez para visitar o Palazzo Madama, o Castelo Medieval Acaja, Museu do Cinema, Mole Antonelliana e o Parque Valentino à beira do Rio Pó, entre tantas outras atrações.

Turim foi uma maravilhosa surpresa, capital do Piemonte vale mesmo a pena conhecer.
Blog pra lá de especial. Tá na cara que ela entende do riscado. Dicas maravilhosas. A gente viaja junto
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Obrigada! Fico muito feliz!
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