Taj Mahal – Agra – Índia

O mundo está vivendo uma época triste e absurda com a pandemia de Covid-19  – Coronavírus. Viagens canceladas, adiadas, prejuízos financeiros imensos, mas que não podem ser comparados ao pior deles: a perda de vidas.

E embora possa parecer um momento inapropriado falar em viagens eu penso diferente. Tenho a esperança de que um dia isso tudo vai passar e possamos retomar as nossas vidas com normalidade. Até porque para mim viajar não se resume a quinze ou trinta dias fora de casa. É todo um envolvimento em sonho, pesquisa e planejamento no antes, a curtição no durante e as memórias maravilhosas que ficam no depois.

Também porque me solidarizo com todos os profissionais que trabalham com turismo e para a sua recuperação desses tempos difíceis, nós precisamos voltar a viajar, o tão mais breve seja possível.

Assim, vou continuar publicando as minhas viagens, porque principalmente em época de confinamento, relembrar bons momentos é o remédio da alma.

Parto agora para o último post da série da viagem para a Índia, em novembro de 2019, os outros registros você lê aqui Índia – Impressões gerais Udaipur – Rajastão – Índia Jodhpur – Rajastão – Índia

E aqui New Delhi – Índia Jaipur – Rajastão – Índia Ranakpur e Pushkar – Índia

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O emblemático símbolo do amor TAJ MAHAL, uma das 7 maravilhas do mundo moderno e Patrimônio da Humanidade pela Unesco, está localizado na cidade de Agra, a 215 Km da capital New Delhi. Cidade de 1.700 milhão de habitantes, fundada no século XI, às margens do rio Yamuna, foi a sede do Império Mongol.

Ficar na cidade de Agra foi muito difícil. A poluição estava absurda, a pior dos últimos 20 anos. A miséria e a sujeira também, a mais “agressiva” de toda a viagem. Foi o único dia que passei mal na viagem. Dores no corpo todo, ardência nos olhos e garganta, até uma dor horrível na costas na região dos rins, enfim, tomei um remédio e nem saímos para jantar, dormi super cedo. No outro dia já estava boa.

O Hotel não era bom, claro que fica difícil comparar com os palácios do Rajastão. O ITC Mughal tem áreas comuns bem bonitas, mas o quarto era feio, com ar pesado, cheiro de mofo, banheiro minúsculo, nada a ver com a classificação 5 estrelas que possui. Ainda bem que foi só por uma diária. Não recomendo esse hotel, foi o único previsto no tour que eu não gostei, deveria ter trocado pelo Oberoi.

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A cidade de Agra gira em torno do Taj Mahal, mas o Forte Vermelho é uma atração impressionante e também merece a visita.

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O Forte de Agra, conhecido como Forte Vermelho foi construído a partir do ano de 1080 em arenito vermelho e mármore branco, às margens do Rio Yamuna. O Imperador Mongol Humayun foi coroado aqui em 1530. Em Delhi conheci a sua tumba.

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Porta Amar Singh

Passando o portão de acesso – Porta Amar Singh visualizamos o primeiro pátio e o Jahangir Mahal – palácio construído para ser o harém principal onde viviam as concubinas do Imperador. Jahangir filho de Akbar o Grande e pai de Shah Jahan (do Taj Mahal) possuía 300 mulheres e 5.000 concubinas. Que disposição!

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Vou dizer que pelas fotos não gostei do meu look, parecia uma cigana. A saia tem um tom de rosa lindo que não apareceu, mas, paciência, vamos em frente.

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Os detalhes de incrustações das paredes com pedras semi preciosas como no Taj Mahal

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Palácio do Rei: Khas Mahal, um salão de mármore com pilares hindus onde o Imperador se reunia com a corte e do seu trono assistia o seu passatempo favorito: briga de elefantes (que horror). Aliás, o Imperador Jahangir (1569-1627) possuía 12.000 elefantes, 2.000 camelos, 100 leões, 4.000 cães, 3.000 veados, 500 búfalos e 10.000 pombos.

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Foi neste forte que o construtor do Taj Mahal, o Imperador Shah Jahan foi aprisionado pelo seu filho na Torre Musamann Burj. Conto essa história mais abaixo.

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Torre Musamann Burj

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Sala do Trono

Enquanto estávamos tentando ver a vista do Taj Mahal (impossível com a poluição) um macaco tentou roubar o celular de um turista. Ele chegou a pegar o celular, mas o aparelho não passou pela grade. Levamos um susto, eu estava bem do lado, foi muito rápido!

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O ladrão e seu comparsa

No caminho de volta temos uma visão panorâmica do complexo de palácios e mesquitas do Forte de Agra. O Salão Diwan-i-Am ou o Hall de Audiências Públicas era o local onde o Imperador ouvia os pedidos e recebia as petições de seus súditos

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Salão Diwan-i-Am

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Saindo do Forte fomos de carro até o jardim, do outro lado do rio Yamuna, para ter a primeira visão do Taj Mahal. Pelo caminho passamos no centro de Agra. Pensem em uma cidade feia e sem graça, é essa.

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Ainda bem que sempre tem um amigo pelo caminho. Observem a cor da foto, parece em meio a fumaça.

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Chamar esse local de jardim só pode ser piada e de mau gosto. Se trata de um terreno com terra, poeira e mato. Uma mureta impede o acesso ao rio Yamuna e aqui dizem, se tem uma “visão privilegiada” do Taj Mahal, em um dia de céu azul acredito. A minha foi essa.

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Estou de óculos escuros para proteger um pouco os meus olhos, já que a poluição, que parecia mais uma fumaça ardia os olhos. No aplicativo de previsão do tempo dizia que o dia estava ensolarado. Até pode ser. Mas a poluição não permitia ver. Parecia uma neblina muito densa. O guia explicou que se você sai de casa com uma roupa clara ela fica escura até o final do dia. É  impressionante como as pessoas conseguem viver assim, em uma condição tão adversa. A cara de animação do marido é contagiante.

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Abaixo consegui um ângulo um pouco melhor, de um pedaço do terreno que tem algumas plantas, por isso chamam de jardim. É muito mal cuidado.

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No outro dia acordamos bem cedo para a visita oficial ao Taj Mahal. O dia amanheceu assim, mas logo a poluição tomou conta novamente. Abaixo a chegada na bilheteria.

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E no caminho do complexo para chegar no Taj Mahal

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No fundo do arco da entrada, o Portão de acesso Darwasa já dá para ver um pedacinho dele. Dá para acreditar que em menos de 10 minutos o céu que estava assim…

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Virou assim? E eis que ELE surge diante de mim, impossível não ficar martelando na minha cabeça a música de Jorge Ben Jor…”Foi a mais linda história de amor, que me contaram e agora eu vou contar. Do amor do príncipe Shah Jehan pela princesa Munthaz Mahal (bis)…te te te te teterete te teterete te tereteteteeeeeee Taj Mahaaaalllllll”

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A vontade era de chorar, rir, pular e gritar: Genteeeeeeeeee eu estou no Taj Mahal!!!!   Abaixo o portão de entrada – Darwasa – visto pelo lado de dentro

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A quantidade de turista é grande, olhando da entrada assusta, mas dá para fazer umas fotos mais exclusivas com paciência e pelas laterais. Agora, vamos a história.

Shah Jahan foi um Imperador Mongol, seu nome vem do persa que significa Rei do Mundo. Ele nasceu no Paquistão (1592-1666) e mandou construir o Taj Mahal, que iniciou em 1632, em honra a sua esposa Aryumnd Ban Began que havia falecido no ano anterior no parto do 14° filho. Era a sua esposa favorita e conhecida por Mumtaz Mahal (a joia do palácio). O Imperador queria um monumento grandioso para que o mundo lembrasse para sempre da sua rainha.

Apesar de Mahal significar palácio, nunca foi a função deste local. Trata-se de um mausoléu porque aqui repousam os restos mortais de Muntaz Mahal que foram trasladados quando a obra ficou pronta (em alguns sites de pesquisa não consta essa informação).

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A emoção de estar lá foi imensa, mesmo com a decepção inicial do céu encoberto pela poluição, ter a oportunidade de conhecer é realmente única, um privilégio.

A arquitetura do Taj Mahal é islâmica, típica muçulmana. A sua cúpula branca tem 44 metros e foi “costurada” com fios de ouro. No seu entorno tem quatro cúpulas menores. O Taj é todo simétrico. Os seus quatros lados, as suas quatro fachadas são exatamente iguais. Levou 20 anos para ser construído, trabalharam 20.000 homens e custou 50 milhões de rúpias. Recebe 20 milhões de turistas por ano.

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Tinha a imagem na cabeça do banco onde a Princesa Diana em visita a Índia sentou em um banco sozinha. E aqui estou eu! Tenho várias fotos com o marido também. Contratamos um fotógrafo profissional que ofereceu seus serviços na entrada do Taj Mahal. A vantagem é que ele conhecia os melhores ângulos e como indiano pedia para as pessoas se afastarem em alguns cliques, como a maioria dos turistas é da Índia ficava tudo bem, pois não é fácil conseguir uma vaga nos bancos.

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O fotógrafo também fornece no CD fotos profissionais do Taj Malhal para se ter uma ideia da sua magnitude.

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Foto: J.R.S. Colour Lab

Quando vai se aproximando do Taj Mahal percebemos que ele não é todo branco, já que possui muitas incrustações de várias pedras semi preciosas. Os desenhos em preto, inscrições em painéis caligráficos, são versos do Corão.

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O Taj Mahal foi construído em mármore branco extraído da jazida de Makrana, decorado com jade e cristais da China, turquesas do Tibet, safiras do Sri Lanka, ágatas do Yemen, ametistas da Pérsia (Irã), lápis-lazulis do Afeganistão, corais da Arábia saudita, quartzo do Himalaia, âmbar do Oceano Índico, 500 quilos de ouro e centenas de diamantes.

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Todo esse trabalho de flores são das pedras semi preciosas que relacionei acima, que também estão no seu interior (não pode fotografar) e brilham com a luz de lanterna. A delicadeza dos desenhos da sua decoração é impressionante.

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Brasileira tem que tocar não é mesmo? Não é proibido!

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E também aqui os fãs não deram trégua, muitos pedidos para fotos 😉 Saudade!

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O interior do Taj Mahal é bem pequeno (não pode fotografar), uma sala octagonal com altura de 25 metros adornada por 8 arcos. A cúpula no seu interior é bem menor para servir de base e sustentação para a cúpula externa. Tem dois túmulos, porém foi projetado todo em simetria para ter apenas o túmulo de Muntaz Mahal no centro.

No extremo da plataforma tem 4 minaretes com 40 metros de altura cada um que foram construídos ligeiramente inclinados para fora, no caso de abalo sísmico não caírem em cima do Taj Mahal.

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O Imperador Shah Jahan também planejou construir um mausoléu para si, do outro lado do rio (existe só a fundação até hoje), todo em ônix preto com uma ponte de prata que fizesse a ligação entre os dois palácios. Conseguem imaginar se isso tivesse sido construído?

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Porém, um filho do Imperador, Aurangzeb, achando um absurdo os gastos da construção do Taj branco, mais o projeto mirabolante do Taj preto, matou seus irmãos mais velhos, prendeu o pai que estava doente na torre do Forte de Agra e assumiu o trono em 1658. Shah Jahan ficou encarcerado por 8 anos e através do reflexo de uma moeda na sua torre da prisão conseguia visualizar o Taj Mahal, seu sonho realizado. Ele faleceu em 1666, quase 18 anos após o término da obra. O filho mandou construir um túmulo para Shah Jahan dentro do Taj Mahal, ao lado do túmulo da esposa, só que maior, tirando assim a simetria interna do palácio na qual foi projetado.

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O entorno do Taj Mahal é lindo com jardins bem cuidados. O espelho d’água estava com depósito de areia de tanta poluição.

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O Taj Mahal tem duas mesquitas, uma de cada lado, construídas em arenito vermelho. De frente para o Taj, a da esquerda vale a pena entrar para fazer a famosa foto com o contorno, emoldurando o palácio.

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Visitamos o Taj Mahal pela manhã cedo de uma quinta-feira. Como já estava aberto não pegamos fila para entrar. A bilheteria estava bem tranquila. Sexta feira não abre. O tempo não estava bom, encoberto com bastante poluição. A visita é rápida, em menos de 30 minutos dá para conhecer, só que eu não tinha vontade de ir embora, queria ficar olhando para ele, de todos os lados, ângulos, absorvendo toda a sua beleza e gravando na memória cada detalhe. Também porque no fundo queria acreditar que estava ali de verdade, que não era um sonho.

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Conhecer a Índia foi romper um ciclo na minha vida, pausar um roteiro que eu sempre seguia: certo, seguro e pré-determinado, mas também sem sobressaltos, sem adrenalina. Foi o querer me aventurar, desvendar o desconhecido, ver e fazer coisas que eu não estava acostumada, o choque cultural elevado a máxima potência.

Tive medo, preocupação, quis desistir. Só que depois refleti e cheguei a conclusão que eu deveria enxergar como um privilégio ter a oportunidade de conhecer um país tão distante, que poucos se aventuraram. Através de uma viagem quis deixar uma marca profunda e inesquecível em mim e consegui. A Índia não é para todos, uns dizem que é um “chamado”. Para mim foi um impulso, passar meu aniversário de 50 anos em um lugar diferente, que com coragem ou loucura levei até o fim. E foi inesquecível! Penso que determinados destinos e a Índia é um deles, a gente não deve pensar muito, deve ir, se jogar mesmo, porque acredite o retorno é mágico. 

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Final de viagem e felizes

Paris, Roma, Lisboa, Madri são cidades que eu amo e estarão sempre nos meus roteiros. Passei momentos maravilhosos em todas elas, mas são o “nosso mundo”. Marrakech, Istambul e a Índia foram os meus destinos “exóticos” até agora e foram tão diferentes, incríveis, realmente “um outro mundo”, uma outra forma de pensar, de viver e que, a par de conhecer atrações lindas, tem o poder de nos transformar, sem a gente querer e no início sem a gente perceber. Acho que foi esse o motivo preponderante de eu ter amado a Índia. Voltar com algo a mais, algo diferente, um olhar em formato panorama, que enxerga muito além do que o universo da nossa vida cotidiana permite e que acabamos nos acostumando.

Hoje, mais do que nunca, percebo que um destino novo, inexplorado e pelos nossos olhos ainda não visto nos traz experiências ainda mais fantásticas, para sempre na memória. Nunca tive passagens tão incríveis, tantas histórias para contar, como nas viagens de Istambul, Marrakech e agora da Índia. A cabeça vem cheia, um turbilhão de emoções e eu adorei essa sensação.

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Namastê  “o divino que habita em mim saúda o divino que habita em você”

Agora que o mundo se abriu pra mim fiquei viciada. São muitos os lugares que eu quero conhecer, muitas aventuras que quero vivenciar. Israel, Egito e China (torcendo para o Coronavírus passar logo) estão na minha cabeça há algum tempo. Claro que ainda tenho muito o que explorar na Europa, principalmente a sua parte oriental como Polônia, Romênia e Ucrânia. Destinos de praia como Croácia e ainda algumas ilhas gregas como Milos, Naxos e Zakynthos, enfim, a lista de desejos é imensa. Espero conseguir, então mundo me aguarde que aí vou eu!

 

New Delhi – Índia

Capital da Índia, situada no norte de país é a 2ª cidade mais populosa do mundo com 29 milhões de habitantes, atrás apenas de Tóquio (com 37 milhões).

Delhi foi capital do Império Mongol desde 1638. Em 1803 a capital passou a ser Calcutá e somente em 1947 com a independência do domínio britânico é que voltou a ser capital. Depois foi dividida em Old Delhi (antiga sede do império mongol) e New Delhi a nova cidade construída ao sul declarada capital e sede administrativa.

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Humayun’s Tomb

Chegamos na Índia pela Alitália, via Roma, de madrugada. Tivemos apenas um dia na cidade na chegada e um na partida, e apesar de ver quase tudo o que eu queria achei pouco, uma pena, porque amei, fiquei com aquela sensação de quero mais. Era o lugar que eu tinha “mais medo” na Índia porque muitas pessoas falam mal, reclamam do caos, enfim, um misto de curiosidade e pânico tomava conta de mim.

De fato New Delhi, onde fiquei hospedada e passei a maior parte do tempo, é um lugar impactante. Mexe com todos os seus sentidos. Um choque cultural muito grande. Tem áreas organizadas, limpas e bonitas (que eu não imaginava) e outras de lixo e miséria extrema. Poluição terrível, parecia uma neblina densa, uma fumaça constante, difícil de enxergar e respirar. O aplicativo de previsão do tempo dizia que o dia estava ensolarado, só que é impossível enxergar um céu azul e sol com o ar tão poluído. Aliás, eu nunca tinha visto e sentido algo assim. O marido começou a se sentir mal assim que chegou.

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Rashtrapati Bhawan – Casa do Presidente

O trânsito é muito louco, ninguém respeita regras, um verdadeiro Krishna nos acuda! É muita buzina, atordoante. Tem milhares de tuk tuk  que facilitam o deslocamento. Não fiquei parada em congestionamentos. E além de táxis tem também o transporte pelo aplicativo OLA, o equivalente ao Uber.

O hotel que fiquei hospedada Taj Palace é fantástico, da mesma rede que administra os palácios do Rajastão. Lindo demais. Muito moderno e confortável com uma decoração de extremo bom gosto. Tem restaurantes e bares incríveis. No dia da volta fiquei em outro hotel da rede – o Taj Mahal (aquele do atentado) e foi péssimo, tinha um ar decadente, nem se compara.

O lobby do Hotel Taj Palace foi um dos mais bonitos, no segmento Hotel Urbano, que já me hospedei. A decoração indiana faz toda a diferença.

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O elevador, tem mais lindo?
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Café da manhã
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Tea Lounge no lobby – café, doces e chás

O quarto era um sonho. Uma suíte espaçosa com sala e lavabo e depois o ambiente do quarto com closet e banheiro.

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Nosso guia em Delhi era um rapaz muito gentil e simpático, seu apelido é Saci, achei o melhor guia da viagem, cada cidade era um guia diferente. Ele nos contou que é solteiro, mas seu pai insiste que ele se case, porque na Índia a família da noiva tem que pagar um dote e seu pai está precisando do dinheiro. Também contou que para agilizar o casamento sua família já lhe mostrou várias fotos de moças, mas ele acha que em pleno século 21 é difícil casar com alguém sem conhecer, então ele vai enrolando.

A Índia é assim, cheia de contrastes, moderna e altamente tecnológica de um lado, antiga com tradições ultrapassadas de outro.

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Look do marido by Saci para entrar no Templo Gurudwara

Começamos no nosso tour passando pelo Índia Gate, o Arco do Triunfo indiano.

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Fica localizado na Rajpath Road, India Gate Circle. De 1921, possui 42 metros de altura. Homenageia os soldados mortos nas guerras anglo-afegãs e posteriormente os da 2ª Guerra Mundial. Embaixo tem o túmulo do soldado desconhecido.

Depois passamos pela casa do Presidente. Rashtrapati Bhawan é uma das maiores residências presidenciais do mundo. Aqui foi um local que eu fiquei com muita vontade de conhecer, mas no meu dia em Delhi não estava aberta para visitação. As visitas são só as sextas, sábados e domingos.

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O prédio foi construído para ser a casa do vice-rei da Índia a partir de 1931 até 1950. Possui 19.000m² em um terreno de 130 hectares, 4 andares e 340 quartos. Morou aqui Lorde Mountbatten, tio do Príncipe Philipp e primo da Rainha Elizabeth, designado para “devolver” a Índia aos indianos.

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Uma das atrações mais importantes de Delhi se chama QUTAB MINAR, um minarete que faz parte de um complexo de ruínas de uma mesquita do ano de 1.193 construída pelo governante turco Qutub-Ud-Din-Aibak. Patrimônio mundial da Unesco, possui arquitetura indo-islâmica.

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Pelo caminho tem muitos esquilos que pedem comida. Eu levei do Brasil pacotes de bolacha salgada para me salvar da comida indiana e dei um pedacinho para ele. Não quis, não gostou, claro não tinha pimenta!

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Qutab Minar – conhecida como Torre da Vitória é o minarete de tijolos mais alto do mundo. Com 72,5 metros de altura, base com 14,3 metros de diâmetro e topo com um diâmetro de apenas 2,75 metros.

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Foto “artística” por insistência by Saci

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A construção foi feita com arenito vermelho e mármore branco, com esculturas e versos do Corão.

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Namastê

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Foi aqui no Qutab Minar que tive o meu primeiro contato com indianos e a receber os pedidos de fotos que eles fazem para estrangeiros, principalmente para mulheres loiras. Logo depois, o guia disse para um grupo que eu era uma “celebridade de Hollywood”. Pra que! Começou a formar fila para fazer foto comigo, hilário!

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O marido aproveitava em alguns momentos para fotografar também quando eles estavam fazendo a foto. Tenho muitas fotos com esse povo tão gentil e amável (na sua maioria). Dá uma saudade imensa.

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Saída da Qutab Minar e o povo lá atrás esperando para fotografar comigo. Adorei ser celebridade hahaha!

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Segunda parada: Templo de Lotus. Casa de adoração da fé Baha’i. Um local de encontro de todas as religiões para adorar a Deus. A religião Baha’i é monosteísta (acredita em Deus e só nele) foi fundada na Pérsia em 1844. Seu símbolo é uma estrela de 9 pontas.

A arquitetura do templo foi inspirada na flor de lótus. Possui 27 pétalas em 9 lados. Recebe 4 milhões de visitantes por ano. Tem 9 portas de entrada e comporta 2.500 pessoas no seu interior, que não pode fotografar.

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De 1986 o templo está em uma área de 105.000 m² com lagos e jardins. Baha deriva do árabe que significa Glória.

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Um dos locais que eu queria conhecer, mas não estava no programa do tour era a Humayun’s Tomb – a tumba do Imperador Mongol Humayun. Conversei com o guia e por um preço adicional ele nos levou.

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Trata-se do mais antigo mausoléu mongol em New Delhi e serviu de inspiração para o Taj Mahal. Todo construído em arenito vermelho e mármore branco, pela viúva Hamida Banu Begum, nove anos após a morte de Humayun, de 1565 a 1572.

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O sarcófago do Imperador está sob a cúpula de 42,5 metros de altura. Aqui, repousam os restos mortais de Humayun – 2° Imperador Mongol da Índia, avô de Shah Jahan (construtor do Taj Mahal).

Vários parentes da dinastia etão enterrados aqui. O túmulo mesmo do imperador encontra-se no subsolo.

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Ao redor do mausoléu, nos seus jardins, tem construções incríveis, fazendo deste local uma das atrações que considero imperdíveis em Delhi.

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Outro local imperdível, que também não estava no tour e por um valor adicional conseguimos ir foi a mais incrível construção que eu conheci em toda a viagem: o Templo Akshardham, o maior templo hindu do mundo.

Todas as fotos e informações sobre este local eu retirei do blog http://www.gigantespelomundo.blogspot.com mais as informações do meu guia, porque quando eu fui não era permitido fotografar nem o seu exterior, tive que deixar o celular no carro, no estacionamento, distante do templo. Há seguranças por todos os lados impedindo fotografias.

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Foto do site: http://www.gigantespelomundo.blogspot.com

O Templo Akshardham foi obra de Pramuk Swami Maharaj, líder espiritual que contou com 7.000 artesãos e 3.000 voluntários para a sua construção. O seu exterior é de arenito rosa  e o interior de mármore de Carrara. Possui 43 m de altura, 96 m de largura e 110 m de comprimento, com 9 cúpulas, 20.000 estátuas do hinduísmo, 234 pilares esculpidos, 148 elefantes de pedra em tamanho real que pesam 3.000 toneladas.

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Foto do site: http://www.gigantespelomundo.blogspot.com
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Foto do site: gigantespelomundo.blogspot.com

Quando a gente vai se aproximando do Templo Akshardham vai sentindo o impacto da sua magnitude. Pelas fotos é possível observar a altura dele em relação as pessoas. Todas as suas paredes externas são trabalhadas, esculpidas na pedra com detalhes da flora, fauna, dançarinos, músicos e divindades.

O seu interior foi o local mais fantástico que eu já vi na vida. Seu altar todo em ouro e pedras preciosas é surreal, a demonstração mais forte dos contrastes presentes a todo momento na Índia, a riqueza extrema de um lado com a miséria absurda do outro.

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Foto do site: http://www.gigantespelomundo.blogspot.com

Não dava para acreditar no que os meus olhos estavam vendo!

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Foto do site: http://www.gigantespelomundo.blogspot.com

O templo foi oficialmente inaugurado em 2005. A entrada é separada para homens e mulheres e depois de passar pelo detector de metais há uma revista de bolsas e física. Nem em aeroportos eu vi uma segurança tão rigorosa.

Para quem tiver interesse em mais informações e ver fotos incríveis que não consegui copiar para o blog é só acessar: http://www.akshardham.com site oficial do monumento.

No almoço fomos em um restaurante lindo, indicado pelo guia: The Imperial Spice.

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A comida foi escolhida pelo guia atendendo ao nosso pedido de que não tivesse muita pimenta. Arroz e frango. E advinha? Era tanta pimenta que fritava a boca! Também com um nome desse o que eu esperava? Em todas as cidades a gente convidava os guias para almoçarem conosco, mas nenhum aceitou, isso só havia acontecido em Marrakech. Não sei se eles tem constrangimento em razão de comerem com as mãos, pois não usam talheres. Para mim não é problema, cada um com a sua cultura, é para isso que viajamos.

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Visitamos também a Gandhi Smriti – conhecida anteriormente como Birla House, um museu em memória de Gandhi. De todas as atrações de Delhi considero essa dispensável, só se você realmente é interessado na vida e obra de Mahatma Gandhi. O espaço é bonito e tem alguns de seus pertences pessoais.

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Gandhi morou neste local em seus últimos 144 dias de vida.

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Mohandas Karamchand Gandhi nasceu em 1869, casou-se aos 13 anos com Kasturba e fez os seus estudos na faculdade de Direito em Londres. Na volta se envolveu politicamente contra o domínio inglês, sempre pregando a não violência, com protestos pacíficos, então se tornou um líder que ficou conhecido como Mahatma, que significa Grande Alma.

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Homenagem a mulher de Gandhi – Kasturba

O domínio inglês terminou em 1947 separando o país em Índia para os hindus e Paquistão para os muçulmanos, sem opção, Gandhi aceitou a divisão o que gerou novos protestos dos nacionalista, inclusive contra ele. Em 1948, Gandhi sofreu um atentado por disparos de arma de fogo e foi fatalmente atingido aos 78 anos. Seu corpo foi cremado e parte de suas cinzas jogadas no Rio Ganges. Outros locais abrigam as cinzas.

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Por fim, conhecemos o templo GURUDWARA BANGLA SAHIB, da fé Sikh. Um palácio do século XVII, que foi residência do Marajá Jai Singh e hospedou o guru Har Krishan que veio a falecer neste local.

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Antes de atravessar o portal é necessário tirar os sapatos e cobrir a cabeça.

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A religião Sikh é panteísta. E mais uma vez, não é permitido fotografias no interior do templo que é belíssimo.

Anexo ao templo tem a cozinha e refeitório onde são servidas 10.000 refeições gratuitas por dia, com a ajuda de voluntários. Funciona das 9:00 às 15:00 e das 19:00 às 22:00 horas e a comida é vegetariana, claro.

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Nosso guia Saci mostrando os pães

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Refeitório do Templo Gurudwara

O guru Har Krishan (1656 – 1664) apesar de criança à época, já que faleceu com 7 anos, quando estava hospedado no palácio, durante uma epidemia, deu água do poço para ajudar os doentes, atraindo posteriormente fama e peregrinos para o local que acreditam no poder curativo de suas águas.

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Não só as mulheres, mas também os homens devem cobrir a cabeça neste templo, podem usar lenço, boné ou chapéu. O mais comum é o turbante, usado pelos fiéis Sikhs.

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Abaixo portal pelo lado da saída. Nas laterais do templo vimos muitas pessoas deitadas no chão (homens na sua maioria) sob o efeito de drogas alucinógenas.

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Detalhe do mármore incrustado do portal

À noite resolvemos jantar em um dos restaurantes o hotel. Quando estávamos descendo um hóspede no elevador nos indicou o Orient Express. Um restaurante em forma de vagão de locomotiva em homenagem a lendária ligação pelos trilhos entre Paris e Constantinopla.

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Fica a dica deste restaurante incrível, lindo, atendimento muito gentil e comida boa. No final o Chef veio nos cumprimentar e fez questão de fazer a foto abaixo. A melhor noite na Índia foi a primeira!

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Depois fomos no bar do hotel para tomar um aperitivo, sempre pedimos taça de vinho ou champanhe, nunca esqueçam que gelo é proibido na Índia, um perigo! O Blue Bar é lindo, badalado, amei!

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Ficou faltando conhecer Old Delhi que achei daria tempo na volta, mas não consegui.

New Delhi é caótica, vibrante, colorida, louca, intensa, o espelho do seu país. E eu amei! Para conhecer a Índia tem que ir de mente e coração abertos. Abstrair suas mazelas, tentar entender que é outro mundo, outra cultura para absorver toda a história e superação de seu povo que é fantástica. A Índia é um caldeirão de experiências e a sua capital a porta de entrada dessa incrível descoberta.

Ranakpur e Pushkar – Índia

No roteiro pelo Estado do Rajastão, em novembro de 2019, durante o trajeto de carro, fizemos duas paradas para conhecer as cidades sagradas de Ranakpur e Pushkar.

A primeira Ranakpur se localiza entre as cidades de Udaipur e Jodhpur, em Desuri, distrito de Pali. Saímos de Udaipur e a distância de 92 Km levou 2 horas. O caminho é por estradas que se alternam entre boas e ruins. E aqui passamos o único perrengue de toda a nossa viagem.

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Em um lugar que o GPS marcou entre Sayra e Maga, na Rodovia RJ SH 32, uma estrada de asfalto bom, só que estreita e sem acostamento, em uma curva um outro carro veio pra cima da gente na contramão. Para desviar e evitar a colisão o nosso motorista puxou rápido a direção para esquerda, saímos da estrada e como tinha um degrau do asfalto para o chão de terra, ficamos desgovernados e paramos a centímetros de uma ribanceira. Não tinha guard rail. Fiquei tão nervosa, a gente podia ter morrido se caísse. Da minha janela vi o buraco na mata lá embaixo! Não aconteceu nada. Foi Deus! O motorista verificou os pneus, estava tudo certo e continuamos a viagem. Foi um susto enorme.

Depois, no outro dia, percebi isso no carro:

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O nosso motorista preparou um bouquet de pimentas e amarrou na placa do carro.

Durante o trajeto cenas de uma Índia bem rural.

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Este vídeo não existe

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Ranakpur possui um complexo de templos do século XV, um dos mais importantes da Índia, com 14.000 m de área total, no meio das montanhas Aravalli.

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Jainismo é uma das religiões mais antigas da Índia, contemporânea do budismo, surgiu no século VII a.c. na bacia do Rio Ganges. O seu fundador Mahavira assim como Buda, era nobre e abandonou a sua vida de conforto para se dedicar a sua fé.

Alguns preceitos do Jainismo: verdade, não violência, não roubar, castidade e desprendimento material.

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Nos templos Jain não pode usar (portar) produtos de origem animal. Assim, cintos e bolsas de couro são proibidos. Comprei bolsas de tecidos na viagem para esse fim. Calçados são proibidos também, qualquer um, de couro ou não, por respeito ao solo sagrado.

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Para entrar no templo não precisa pagar (a princípio) e tem um guichê que fornece audioguide em várias línguas inclusive em espanhol. O porém é que precisa deixar o passaporte como garantia, achei um absurdo, mas concordei. A gente deixa os sapatos na entrada. Na saída ao devolver o audioguide o funcionário pede uma gorjeta.

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Porta de entrada do templo
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Degrau de entrada do templo

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O código de vestimenta (para as mulheres) também deve ser respeitado. Ombros e pernas tem que estar cobertos. Não foi necessário lenço na cabeça.

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O templo principal – Chaumukha tem 3 andares e levou 50 anos para ser construído.  Tem 29 halls, 80 cúpulas e 1444 pilares todos diferentes um do outro, tem sempre algum detalhe que os diferencia. Foi todo construído em mármore branco, da mesma jazida que extraíram o mármore do Taj Mahal.

Dentro do templo tem uma parte no centro para oração e nós turistas não podemos entrar e nem fotografar, só os fiéis tem acesso.

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Acima das escadas local de oração

As incrustações dos pilares tem várias figuras como de dançarinas e flautistas. Posições de Ioga e Kama Sutra também.

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As cúpulas são lindas. Um trabalho tão detalhado e minucioso parece de renda.

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No Jainismo a sua tradição religiosa tem como centro os seres humanos e suas preocupações e ensina que o Universo é eterno e não possui um Deus criador.

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Mahavira fundador do Jainismo

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img_7492A arquitetura dos pátios e área externa do templo principal é incrível na riqueza de detalhes

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No interior do templo havia um homem preparando algo que não consegui identificar, parecia comida. No Jainismo eles usam máscaras para evitar engolir algum inseto voador, como preservação e proteção a qualquer ser vivo.

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A visita ao templo é muito interessante, mesmo que não pratique a religião ou não seja indiano, através da fé de um povo também conhecemos muito de sua cultura.

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A outra cidade sagrada que visitamos foi Pushkar, entre Jodhpur e Jaipur, no distrito de Ajmer, a 183 Km de Jodhpur, aproximadamente 4 horas de carro.

Nessa visita não tivemos guia. Os trajetos entre uma cidade e outra fazíamos só com o motorista. Em Pushkar ele estacionou o carro em uma grande feira de camelos, muito próxima do templo.

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A feira de Camelos de Pushkar é famosíssima, mas eu nunca tinha ouvido falar! E nem apareceu nos meus estudos pré viagem. Quando cheguei lá e vi essa maravilha, fui pesquisar a respeito.

É uma feira anual, sempre na primeira semana de novembro, onde se comercializa camelos (claro), entre outras atividades, como corrida de camelos (claro), passeios de balão e shows pirotécnicos

Eu acho esse bicho o máximo! Muito engraçado, tem um jeito de andar com um molejo completamente diferente. Só tenho medo de me aproximar muito porque eles mordem ou cospem. Mas, em Marrakech fiz várias fotos com eles, lá eles eram bem mansos.

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Os animais são todos bem decorados, com um colorido único, como tudo na Índia. Na feira são vendidos muitos apetrechos para enfeitar os camelos.

E muitos possuem uma carroça em formato de cama para passeios.

Junto com a feira, seguindo em frente, chegamos no mercado de Pushkar, com muitas lojas e barracas vendendo de tudo.

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Os lindos trajes coloridos das indianas, sou fascinada. Ombros e pernas cobertos. A barriga pode mostrar porque não é considerada uma parte sensual do corpo feminino. Cobrir a cabeça ou a face toda com o véu depende da região da Índia, se são casadas ou solteiras. Como estamos no norte e em uma área rural, essa prática é mais comum. Na feira e no templo haviam mulheres de várias regiões, assim vimos diferentes estilos.

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Aqui foi o lugar que eu consegui comprar com uma certa “tranquilidade” várias lembranças de viagem, presentes para parentes e amigas como bolsas, pulseiras, carteiras. Os vendedores não eram tão insistentes como nos outros locais e o da barraca que comprei a maior parte dos itens era bem tranquilo, deixava eu ver e escolher com calma.

Só que mais uma vez, não consegui desconto (sou péssima para negociar), só ganhei um brinde, um artigo a mais, à minha escolha, melhor que nada.

O mercado se estende por duas ruas e vende roupas, sapatos, tecidos, bolsas, bijouxs. Tem várias barracas de comida e bebida também, geralmente água, refrigerante e suco, já que é muito difícil encontrar bebidas alcoólicas fora dos hotéis (amei a Índia).

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No final do mercado chegamos na base do templo.

PUSH significa lótus e KAR mão. Os hindus acreditam que a cidade surgiu através de um lago que se formou por uma grande flor de lótus colocada naquele local pela mão do deus Brahma.

Pushkar é a terra do deus Brahma, a cidade mais sagrada da Índia para os hinduístas, que representam 70% da população. Pelo menos uma vez na vida, os fiéis devem fazer a peregrinação ao templo. O Hinduísmo é a terceira maior religião do mundo. São politeístas (acreditam em vários deuses) e em reencarnação.

No Hinduísmo há três deuses principais: 1) Brahma: deus da Criação, 2) Shiva: deus da destruição (transformação) é o deus da Ioga, 3) Vishnu: deus da Proteção. Um deus hindu bem conhecido do mundo ocidental é Ganesha (corpo de homem e cabeça de elefante) deus da prosperidade, que remove obstáculos e traz soluções.

A representação de Brahma é um homem que possui 4 cabeças, quatro braços e em uma das mãos uma flor de lótus.

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Foto do site: http://www.ocosmopolita.net

Foi o local de maior aglomeração de pessoas que visitei na Índia. Para subir as escadas do templo tinha fila, mas andava com rapidez.

Na base do templo precisa deixar os sapatos já que não é permitido entrar com eles no solo sagrado. O desespero do marido de ter que deixar os seus sapatos ali, naquele mundo de calçados espalhados e depois não encontrar na volta. Mas, na Índia sempre tem um jeitinho. Havia um comerciante oferecendo uma prateleira para deixar os sapatos, mediante pagamento claro. Beleza, problema resolvido.

E lá fomos nós, enfrentar a multidão para subir a escadaria do templo de Brahma.

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No interior do templo não pode fotografar, então só fiz essas fotos externas.

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A quantidade de gente na fila para entrar no templo era de chorar.

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No pátio do templo tem “mini templos” para orações e oferendas.

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Na saída do templo (o mesmo local da entrada) continuando pela rua em frente até o final se encontra o lago de Pushkar, onde os fiéis e turistas vão para fazer rituais de bençãos ao deus Brahma.

Como já mencionei anteriormente, fiz uma viagem turística e não tinha interesse (nem crença) nos rituais do hinduísmo. Li também que há diversos golpes neste local e muitos que se oferecem para fazer a benção, se dizendo sacerdotes (mas não são) cobram preços exorbitantes, bem no estilo pega turista.

Então não fui ao lago onde, além dos rituais de purificação e outras bençãos, realizados nos “ghats”, que são portões para colocar as oferendas e pedidos, os peregrinos vão visitar porque aqui foram jogadas as cinzas de Gandhi.

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Lago de Pushkar e seus ghats. Foto do site: http://www.civitatis.com

As paradas em Ranakpur e Pushkar foram muito interessantes pelo aspecto cultural, já que a Índia era para mim, e ainda é, um outro mundo, tão distante e diferente. Mergulhar em cidades do interior, locais de peregrinação e fé, foram episódios até então inéditos na minha vida como turista. Paisagens e memórias que ficarão para sempre.

 

 

 

Jaipur – Rajastão – Índia

A cidade de Jaipur é mais um post da série da viagem à Índia em novembro de 2019. Os outros posts da viagem você lê aqui Udaipur – Rajastão – Índia Jodhpur – Rajastão – Índia New Delhi – ÍndiaÍndia – Impressões gerais

Rajastão é um estado indiano que faz fronteira com o Paquistão. Possui área de 342 km² e fica  no deserto de Thar, a noroeste da Índia. Tem 68 milhões de habitantes e a sua capital é Jaipur.

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Patrika Gate

Jaipur foi fundada em 1728 pelo Marajá Sawai Jai Singh II, possui 3 milhões de habitantes. É uma cidade planejada, coisa rara na Índia, então possui ruas com asfalto, calçadas e canteiros com jardins (incrível). É limpa também, vi pouco lixo em Jaipur, uma cidade que tem muito o que ver e fazer, inclusive Jaipur é a cidade que a maioria dos turistas conhece porque faz parte do circuito “triângulo dourado” o tour mais popular entre os que visitam a Índia que inclui Agra e Delhi.

Também é conhecida por ser “a cidade rosa”. Em 1876 o marajá mandou pintar a cidade inteira de cor de rosa para receber a visita do Príncipe de Gales, Albert, filho da Rainha Vitória, futuro rei Eduard VII. A mulher do marajá adorou o resultado e desde então a cidade é pintada dessa cor.

Em algumas partes da cidade não acho que a cor seja rosa, mais parece cor de telha

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Fazia parte do roteiro “Os palácios do Rajastão” em Jaipur a hospedagem no Hotel Rambagh Palace, administrado pela rede TAJ. Fiquei 2 noites e recebi um upgrade.

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O Palácio Rambagh, de 1835, começou como a casa da criada favorita da rainha. Depois foi uma hospedaria real, pavilhão de caça e por fim residência do Marajá Swai Man Singh II. As treliças são feitas em mármore esculpidas à mão.

O Hotel é lindo demais, tem um estilo diferente do Lake em Udaipur (palácio de verão) e do Umaid em Jodhpur (palácio da cidade). Parece um palácio de campo. Adorei ter conhecido três estilos bem diferentes de residências dos marajás.

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Achei o quarto deste hotel o mais bonito que me hospedei. Possuía vários ambientes: quarto, saleta, closet e banheiro.

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A saleta foi o ambiente mais lindo e o que eu mais gostei no quarto, com vista para os jardins que possui aproximadamente 50 pavões.

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A localização do quarto era uma charme, parecia uma vila privativa, com terraço próprio para descansar e apreciar a vista.

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Porta e varanda do quarto

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Sempre vinha um amigo nos visitar no terraço

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O Lobby do Hotel Rambagh é lindo com fonte de mármore, balaústras (lustres) de arenito e quadros de marajás

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Aqui também o receptivo foi com música, flores, colares e a pinta na testa. Já se hospedaram no Rambagh Lorde Mountbatten, Príncipe Charles e Jacqueline Kennedy.

O Hotel possui 4 restaurantes e um bar. Na primeira noite fui jantar no Restaurante Suvarna Mahal, o mais bonito e formal, cozinha indiana, localizado no Salão de Jantar do Marajá. Neste restaurante os sousplats são de ouro.

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Foi aqui que eu comi o único prato que eu realmente gostei na Índia, uma entrada: queijo grelhado com vegetais. Não fiz a foto. Estava uma delícia. O prato (foto abaixo) arroz com vegetais e frango bom também, só que com muita pimenta. Até os pães do couvert tem pimenta, um deles inclusive não consegui comer, queimava a boca.

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Detalhe que o garçom disse que esses pratos tinham pouca pimenta! O marido queria cordeiro, mas ele avisou que era com bastante pimenta, imagina!

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Após o jantar um drink no Polo Bar. Como a Índia foi colônia inglesa o Polo sobre cavalo é um esporte muito popular. No bar tem muitas fotos de jogos de polo, onde aparecem o marajá e a família real inglesa, em especial o Príncipe Philip e o Príncipe Charles.

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O Hotel Rambagh é mágico à noite. No jardim em frente ao restaurante e bar fica um músico tocando cítara.

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No roteiro programado para a cidade não estava previsto conhecer dois pontos de Jaipur que eu queria muito. Então conversei com o motorista e ele nos levou.

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O primeiro foi o Patrika Gate (foto na abertura do post). Visitamos na chegada da cidade pois é um pouco fora do centro, a 7 km do nosso hotel e 10 km do City Palace.

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O Patrika Gate é um portal que fica no Parque Jawar Circle, no caminho para o aeroporto de Jaipur (apenas 1 km), então se você chega ou sai da cidade de avião, não pode perder a oportunidade de dar uma parada aqui, pois é um monumento lindíssimo. Fica aberto 24 horas e a visita é bem rápida. na entrada de um parque, agora se tem interesse de visitar os jardins e fontes também então a visita se torna mais demorada.

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O Maharajá Sawai Jai Singh II construiu este portão com 9 arcos que simboliza a 9ª porta de entrada da cidade, já que havia outras 8 “portas” para entrar em Jaipur. O interior do portão é de uma beleza fascinante. Todo decorado com murais que contam a história da realeza no Rajastão.

Às 19h acontece uma apresentação de fontes musicais no parque e show de luzes no portal. Fui às 15h e estava bem tranquilo. Dizem que o melhor horário para fazer fotos é pela manhã, bem cedo, porque tem menos turistas. No horário que eu fui tinham dois casais com o seus respectivos fotógrafos. Fiquei admirada, achei que ia encontrar lotado.

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O portão é cenário para muitas sessões de fotos, principalmente de revistas e casamentos. Quando nós fomos estavam acontecendo dois shootings 

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O outro local que eu queria conhecer, o Museu Albert Hall, de mobiliário, tapeçaria e arte indiana em geral, infelizmente não consegui visitar o seu interior, não tive tempo,  o motorista passou em frente e fez uma parada para fotos.

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Começando o tour visitamos a atração que considero a mais importante da cidade (e que realmente vale a pena) o Forte Amber.

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O Forte Amber é uma fortaleza com palácios, templos, pátios e jardins. De 1599 foi a residência do marajá Man Singh (1589-1614).

Há três maneiras de chegar no forte: a pé, de carro e de elefante. O nosso tour era de carro até um ponto e depois de cadeirinha no lombo do elefante até o pátio principal.

As ruas são bem estreitas e o percurso muito interessante.

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Durante o trajeto de carro o guia começou a conversar perguntando se a gente queria mesmo ir de elefante, que demorava muito, que ele não considera certo utilizar os animais para esse fim, foi uma situação um pouco constrangedora, enfim, nós também não concordamos em utilizar animais para o trabalho, então resolvemos não subir no lombo do elefante para chegar até o forte.

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Jaipur é a cidade mais turística do Rajastão e no Forte Amber sua atração mais famosa a quantidade de pessoas é enorme. A foto abaixo retrata duas cenas comuns na Índia: os modelitos “sem noção” dos turistas e a insistência dos vendedores. Na Índia não é adequado as mulheres mostrarem as pernas.

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O Forte Amber tem cor amarelo ocre e levou 25 anos para ser construído. Tem quatro patamares e fica no alto de uma colina com uma linda vista.

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O Forte Amber possui um mix das culturas muçulmana e hindu. No interior dos palácios, a riqueza de detalhes nas pinturas de seus tetos e paredes.

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Outro local que visitamos no tour foi o Mantra Yantra, um observatório astronômico construído por Jai Singh II a partir de 1724.

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Neste local existe o maior relógio de sol do Mundo (Samrat Yantra)

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No total são 17 instrumentos de astronomia arquitetônica.

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Por fim, visitamos o City Palace, complexo composto por dois palácios, construídos entre 1729 e 1732 pelo Maharajá Sawai Jai Singh II.

Chandra Mahal – onde parte é ainda residência da família real e Mubarak Mahal palácio das boas vindas, onde as pessoas eram recebidas.

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No Mubarak Mahal existem dois jarros de prata medindo 1,6 m e pesando 345 kg cada um. Os jarros foram feitos para o Maharajá Madho Singh II levar água do Rio Ganges para a Inglaterra, para poder tomar banho, na sua visita ao país para a coroação do Rei Eduard VII, filho da Rainha Vitória em 1902. Cada jarro tem capacidade para 2.000 litros.

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O City Palace é conhecido como o palácio Cor de Rosa.

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A parte mais bonita do City Palace e a Corte dos Amantes, um pátio com portas decoradas. Cada porta representa uma estação do ano.

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E, antes de voltar para o hotel, fizemos um giro de tuktuk pelo comércio de Jaipur.

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Na última noite em Jaipur escolhi para jantar em um restaurante fora do hotel. Foi a única noite na Índia que saímos para jantar. Tinha muita vontade de conhecer o restaurante Bar Palladio, famoso nas redes sociais, que as paredes são pintadas de um azul elétrico!

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A culinária é italiana, mas com “toque” indiano” ou seja, carregada na pimenta. E no cardápio do Bar Palladio a frase: “A estranheza de que você não é mais ou não possui mais, está a sua espera, em lugares estrangeiros e não possuídos.” Ítalo Calvino, um dos maiores escritores italianos do século XX.

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Um lugar incrível para nossa última noite em Jaipur. Saudade imensa desta cidade incrível.

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Jodhpur – Rajastão – Índia

Viagem é realmente algo muito pessoal. As impressões e gostos de um nem sempre servem para o outro. E exatamente isso aconteceu em Jodhpur. No planejamento informei a agência que o objetivo da viagem era comemorar o meu aniversário, então, o contato da Pioneer Journeys no Brasil, a querida Cíntia me aconselhou passar a data em Udaipur ou em Jaipur, mais bonitas e interessantes, porque Jodhpur era a mais sem graça das três cidades do Rajastão.

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Forte Mehrangarh

Só que fui para Índia a partir de Roma e a companhia Alitália não tem vôos diários para Delhi. Soma-se a isso eu não poder chegar em Delhi em uma segunda-feira porque está tudo fechado e nem estar em Agra em uma sexta-feira porque o Taj Mahal não abre. Quer dizer, tive que fazer um malabarismo danado e a data do meu aniversário, 03 de novembro, caiu  na cidade de Jodhpur. Paciência pensei, o importante é que estarei na Índia.

Em um ponto concordo com a agência, Udaipur é a mais bonita sim, mas Jodhpur está longe de ser sem graça e no meu ponto de vista foi a melhor das três, mais do que Jaipur, a capital do Rajastão. Concluindo, Jodhpur foi a cidade que eu mais gostei de toda a viagem, depois foi Delhi (que a maioria odeia). Foi maravilhoso, um sonho poder passar o meu aniversário nesse lugar.

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Forte Mehrangarh

Jodhpur é segunda maior cidade do Estado do Rajastão, possui 1 milhão de habitantes, tem 78 Km², foi fundada em 1.459 e se situa junto ao deserto de Thar a noroeste da Índia.

Fiquei hospedada no Hotel Umaid Bhawan Palace, administrado pela rede TAJ. Foi o hotel mais incrível da viagem. O hotel mais lindo que já fiquei na vida!

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O Palácio Umaid foi construído entre 1928 e 1943 em arenito amarelo e está localizado na colina Chittar o ponto mais alto de Jodhpur. Trabalharam na construção 5.000 homens durante 15 anos. O prédio não possui argamassa ou cimento, as pedras foram esculpidas e unidas por entalhe, intercalando peças positivas e negativas. Possui 347 cômodos sendo a principal residência do marajá de Jodhpur, sua alteza Gaj Singh. O nome do palácio, Umaid, é em honra ao avô do atual marajá.

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A chegada no Hotel Umaid é um acontecimento. Fomos recebidos com banda de música, pétalas de rosas, colares de flores e a marca de pigmento na testa para prosperidade.

O lobby é composto de vários ambientes um mais lindo do que outro e a cúpula do palácio possui 32 metros de diâmetro e 195 metros de altura em estilo renascentista. Foram utilizados no seu interior 1 milhão de metros quadrados de mármore. Seu jardim tem 100.000 m². O prédio foi dividido em três partes: hotel, residência do marajá e museu (aberto ao público).

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Todos os hotéis que ficamos na Índia tinham um forte esquema de segurança, mas no Umaid, por ser em parte residência do marajá, a vistoria era ainda mais rigorosa. Antes de entrar no hotel, o motorista tinha que abrir o capô e o porta malas do carro. Um segurança passava um aparelho detector de bomba embaixo do carro e as malas passavam no aparelho de Raio X.

Também neste hotel, infelizmente, não encontrei o Seu Marajá para cumprimentar, dar um oi, enfim, agradecer a hospitalidade 😉

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A reserva foi feita pra um quarto standard, só que no check in recebi um upgrade para a suíte histórica, um quarto muito confortável, com sala, closet e varanda.

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O café da manhã é servido no restaurante Pillars, onde jantamos no meu aniversário. Um espaço no terraço com vista para uma enorme área verde e que tinha sempre músicos ou eventos artísticos acontecendo.

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E sempre um amigo para fazer companhia no café

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De todos os hotéis o Umaid foi o que tinha o staff mais gentil, parecia uma grande família, todos muito simpáticos, bem falantes, sorridentes, a gente se sentia muito bem, recebidos com muito carinho e atenção. O pessoal do café, restaurantes, spa, recepção, porteiros, amei cada um por tanto afeto.

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O querido Mister Chain Singh porteiro do Hotel Umaid

No final de tarde, por volta das 18h, sempre tem um evento cultural no Hotel Umaid. No primeiro dia assistimos uma apresentação de dança folclórica. A dançarina vai encaixando os potes um a um em cima da cabeça até ficar em uma altura incrível.

E depois ela convidou as mulheres da plateia para dançarem. Só eu e mais uma moça (indiana) aceitaram o convite. Que gente desanimada credo!

A parte de gastronomia do Hotel Umaid é composta por dois restaurantes e um bar. Na primeira noite jantamos no restaurante Risala. Ambiente mais formal. Cozinha indiana e continental. Gostamos (conseguimos comer uma massa com molho de tomate) e no outro dia almoçamos aqui também.

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Sobremesa de chocolate deliciosa
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Trophy Bar – Hotel Umaid
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Drink no Trophy Bar – espumante – gelo nem pensar

O hotel tem muitos quadros dos Marajás de Jodhpur

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Encontro do marido com os marajás

No outro dia, foi meu aniversário, no final do post conto tudo desse dia tão especial. Agora vamos conhecer Jodhpur?

Primeira parada o Forte Mehrangarh do ano de 1.460, fica em uma colina 125 metros acima da cidade. Fica a 15 minutos de carro do centro. Trata-se de uma fortaleza que abriga vários palácios.

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As muralhas tem 35 metros de altura e 21 metros de largura, para acessar o interior do forte passa por 7 portões.

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A charmosa aqui foi de rasteirinha, mas o ideal é visitar o forte e a cidade toda de tênis porque tem muita areia, pedra e sujeira. Já no interior do forte, para chegar no terraço que dá acesso aos palácios, na parte superior, pegamos o elevador, como chegamos cedo (abre às 9h) não tinha fila. Dá pra ir a pé também, mas fica muito cansativo e demorado. Dica: Para quem vai sozinho o ideal é contratar um tuc tuc até o 5° Portão onde está o elevador.

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Na entrada do forte tem algumas lojas, vendedores chatos e câmbio, então resolvi trocar euros e aqui também aconteceu um fato que se repetiu por toda a viagem. Quando entrei na casa de câmbio uma família de indianos entrou comigo e ficou olhando eu trocar o dinheiro, contar, só faltaram colocar a cabeça dentro da minha bolsa! Não eram pessoas pobres, não estavam ali para pedir ou trocar dinheiro, era só por curiosidade mesmo! E eles não fazem cerimônia, grudam para observar o que você vai fazer, em várias lojas foi assim, e, como sempre, no início eu achava interessante e até engraçado, depois cansa.

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Indiana e seus lindos trajes. Elas pedem fotos comigo eu peço para tirar fotos delas

Lá em cima, pouca gente, um milagre na Índia. A época que viajei estava acontecendo o Diwalli, o festival das luzes, um feriado e festa tão importante para os hindus quanto o Natal é para os cristãos. As cidades estavam lotadas e o Rajastão é o estado mais turístico.

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Do terraço dá para ver porque Jodhpur é conhecida como a Cidade Azul. As casas são quase todas pintadas desta cor e existe duas explicações: uma porque o azul é uma cor mais refrescante, melhor para aguentar o quente e úmido verão indiano e outra porque os mosquitos não “gostam” da cor azul, então serve para espantá-los.

Pelas fotos dá para perceber o quanto subimos

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A arquitetura da fortaleza é impressionante e suas paredes externas são em tons avermelhados. Na área dos palácios tem um mix de tons terracota e ocre

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Abaixo trono e fotos da coroação do atual Marajá Gaj Singh II com 3 anos de idade.

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Oi!

O Forte Mehrangarh é um dos maiores da Índia, a família real morou aqui até se mudar para o Palácio Umaid (meu hotel). Hoje funciona como museu, no seu acervo tem antiguidades, obras de arte, armas, roupas, instrumentos musicais e mobiliário.

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Na entrada um hindu e seu cachimbo de ópio

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Assento para colocar em cima do elefante

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Phool Mahal – Hall de Audiências privadas construída pelo Marajá Abhaya Singh no século XVIII em ouro e espelhos

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O que mais me deixou extasiada nos palácios indianos foi a riqueza de detalhes nas suas paredes. Pinturas, espelhos, pedras semi ou preciosas, prata, ouro, madeira, mármore, tudo era usado para compor esse efeito fantástico.

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A sala dos berços
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Um berço real

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E a louca das portas, não posso ver que já quero fotografar, imaginando a moldura

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Saída do Forte Mehrangarh

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Próxima parada: Jaswanthada o Cenotáfio Real. Um local destinado a homenagear a memória dos que já faleceram (não se encontram aqui os restos mortais).

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Na Índia as pessoas não são enterradas e sim cremadas. O Marajá Sardar Singh construiu em 1899 este local que serve como crematório da família real e memorial, em homenagem ao seu pai Marajá Jaswant Singh II,  por isso o nome Jaswanthada,  

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Para entrar precisa tirar os sapatos

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Fazia parte do roteiro também conhecer o Bazar de Sardar, o mercado de Jodhpur. São inúmeras barracas com roupas, sapatos, bijuterias, tecidos, comida e apesar de ter muita sujeira, muito lixo, amei! Gostei muito na viagem de todas as vezes que fiquei na rua andando a pé no meio daquela loucura de carros, motos, buzinas, observando as pessoas, seus costumes. Queria ter uma cadeirinha para ficar sentada só olhando o vai e vem, achava tão incrível, me sentia sempre como em um filme.

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Amei esses sapatos comprei alguns
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Os tecidos são lindos e baratos

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No centro do mercado se encontra a Torre do Relógio (Ghanta Ghar), construída pelo Marajá Sardar Singh entre 1880 a 1911. É possível subir na torre, mas não fui.

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O Sardar Market e a sua Clock Tower é um lugar imperdível em Jodhpur, achei muito interessante e não vi turistas estrangeiros aqui.

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Saída do Sardar Market

Voltando para o hotel, cena comum nas ruas indianas, família inteira na motocicleta, só o homem de capacete, cheguei a ver com 5 pessoas.

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No Hotel Umaid Bhawan Palace uma parte funciona como museu com pinturas, retratos e objetos da família real de Jodhpur. Como era hóspede do hotel um funcionário me acompanhou no tour. E aí se os indianos já me olhavam como uma ET, calculem com o segurança do museu mostrando o acervo e me fotografando, já que fui sem o marido.  Nem nessa hora eu consegui ficar realmente sozinha, eles não deixam.

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Porta do lado esquerdo com pessoas na frente é a entrada do museu
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No pátio do museu – Marido teria feito essa foto muito melhor

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Marajá de Jodhpur Gaj Singh, sua mulher e filhos

Final do dia, como era meu aniversário eu posso tudo, então primeiro marquei uma massagem no JIVA SPA do hotel, que fica junto a piscina interna que se chama Zodiac, já que no chão tem mosaicos com os signos. Fiz uma massagem relaxante com óleos aromáticos. Deixei o celular no armário porque essa vida de blogueira registrando tudo também cansa. Reservei esse momento para desligar.

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A boa fama das massagens indianas é merecida. Que massagem! Primeiro o ambiente: escuro com uma música suave, um perfume delicioso no ar. Começou com uma imersão dos pés em uma bacia de água, flores e óleo aromático quente e uma massagem vigorosa (nada dolorida) para relaxar os pés, meus pobres pés cansados de andar de rasteirinha o dia inteiro agradeceram. Depois uma hora e meia de massagem no corpo todo com óleo e por fim no rosto e cabeça. O óleo não era grudento, passei a toalha e pronto. Saí de lá flutuando!

Depois marquei uma tatuagem de henna. O hotel agenda o horário da sua preferência, tem parceria com artistas que vão no hotel atender.

E  o resultado: achei que ficou lindo demais! Depois de 1 hora pode lavar. Bem difícil de sair. No primeiro dia fica um laranja bem clarinho, achei que não tinha dado certo! Depois com o passar dos dias vai escurecendo cada vez mais. Durou quase 10 dias. E eu passava álcool gel nas mãos 200 vezes por dia.

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Final de tarde mais um evento no hotel, desta vez na área externa, um grupo de músicos e duas dançarinas em uma apresentação incrível, amei!

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O dia do meu aniversário, jamais vou esquecer, desde a hora que acordei até a hora de dormir, todos os funcionários que passavam por mim me davam os parabéns, me desejavam coisas boas, até o segurança “sério” da portaria externa colocou a cabeça para dentro do carro e perguntou se eu estava de aniversário para me cumprimentar.

Foram tantos os gestos e palavras carinhosas, tantas felicitações, que percebi que o dia do aniversário na Índia é realmente uma data muito especial. Eles entendem que é um novo ciclo que se inicia, um livro novo que você tem a chance de escrever a vida da sua maneira. Achei tão lindo, fiquei muito emocionada.

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Quando voltei para o hotel do tour tinham feito Happy Birthday com flores no chão, a equipe de arrumadeiras me deu um tag de mala, ganhei cesta com flores, vinho, porta retrato com a nossa foto da chegada. Prepararam uma festa surpresa para mim no quarto, com bolo, espumante, os funcionários cantaram parabéns, mais um buquê de flores, recebi um lenço de marani e o marido um turbante de marajá, foi muito legal!

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Queria registrar aqui também a parceria do meu marido RB que topou na hora quando eu disse que queria passar o meu aniversário na Índia. Quem nos conhece sabe que o destino não tem nada a ver com o nosso perfil. Quando eu contava que ia para a Índia ficavam todos muito admirados, horrorizados na verdade! E durante toda a viagem ele resistiu heroicamente, participou de tudo com muita boa vontade, inclusive as 50 milhões de fotos que eu pedi, não reclamou de nada (um pouco da comida com toda a razão) e no final da viagem disse para mim que odiou, hahahaha! Parceiro de vida e agora de blog só a agradecer.

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Depois da festa no quarto fomos jantar no Restaurante Pillars um terraço com vista para os jardins.

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Presente que ganhei do marido

E como terminamos esse dia incrível? Primeiro jogando pingue pongue.

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Depois essa surpresa na banheira do quarto nos esperando! Será que eles acharam que ia ter lua de mel? Nessa altura do campeonato!!!

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Quando escolhi passar o meu aniversário na Índia sabia que seria especial, só que com todo o seu encanto se tornou realmente memorável, inesquecível. Foi o aniversário mais incrível da minha vida. Namastê!

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Udaipur – Rajastão – Índia

Capital do antigo reino de Mewar, cidade dos lagos e considerada a mais romântica do país. Foi fundada em 1559 pelo Maharajá Udai Singh II. Possui 550 mil habitantes e se localiza no Estado do Rajastão, que faz fronteira com o Paquistão, no noroeste da Índia, a 650 Km da capital Delhi.

Udaipur é conhecida como a Veneza do Oriente, sendo a cidade mais rica da Índia, embora considere mais apropriado dizer a menos pobre.

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Cheguei em Udaipur de avião, a partir de Delhi (voo 1h e 15m). Fiquei hospedada por 2 noites no Hotel Taj Lake Palace, no meio do Lago Pichola. Conhecido como o Palácio do Lago – Jag Niwas – era a residência de verão da família real. Construído pelo Maharana Jagat Singh II em 1746, todo em mármore branco, baseado em um rochedo.

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O hotel só é acessível de barco. Possui pier próprio e barquinhos que fazem o trajeto ida e volta a todo momento. É tão lindo, tão romântico, me senti em um filme. Aliás, neste hotel foram gravadas cenas do filme 007 – Octopussy. Já se hospedaram aqui a Rainha Elizabeth II e Jacqueline Kennedy.

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Pier do Hotel Taj Lake Palace

O trajeto de barquinho até o hotel foi um sonho!

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Pichola, o coração de Udaipur, é um lago artificial de água doce criado no ano de 1362. Possui 6,96 km² de área – 4 km de comprimento por 3 km de largura. Sua maior profundidade é de 8,5 m. A água tem um alto teor de sódio e bicarbonato. Como recebe dejetos de esgoto é muito poluído, embora eu não tenha sentido odor. Tem 17 espécies de peixes, mas, como comentei na introdução que fiz sobre a Índia, que você lê aqui Índia – Impressões gerais não tive coragem de comer peixe e frutos do mar durante a viagem.

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E acredite se quiser, mesmo com toda essa quantidade de água, o lago permaneceu seco de 1998 a 2005. O barqueiro me mostrou a foto abaixo no celular dele.

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O Palácio Jag Niwas era a residência de verão do Marajá de Udaipur, tem vista para o Palácio da Cidade e as colinas de Aravali. Ainda pertence ao marajá, convertido em hotel administrado pela rede TAJ. Existe mais um palácio no lago, falarei sobre ele depois. O Taj Lake é um daqueles hotéis que você não tem vontade de sair. Infelizmente nos dois dias que fiquei lá não encontrei o “Seu Marajá”.

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A chegada no Hotel foi com chuva de pétalas de rosas, música, colar de flores e a marca com pigmento natural na testa: o terceiro olho, para dar prosperidade. Ritual que se repetiu nos três hotéis do Rajastão.

Os ambientes internos: salas, restaurantes, lounges, bares e os externos: pátios, jardins, piscina, terraços são lindos demais!

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O check in foi feito neste sofá

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Piscina – foto do site: http://www.grandluxuryhotels.com
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Piscina à noite

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O quarto era confortável e possuía uma decoração indiana bem típica, achei um charme, tinha uma saleta, mesa e sofá com uma vista linda do lago.

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Vista da janela do quarto

O café da manhã é servido em uma sala linda, toda decorada com pinturas de cenas indianas. O buffet muito completo e variado, mas por medo, só comia pão com manteiga e tomava chá preto. Um dia, por gentileza do garçom, já que o café possui um chef para preparar vários pratos, comi um waffle (única vez que quebrei meu espartano café).

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A vista da sala do café da manhã é maravilhosa. Neste espaço também funciona o restaurante Jharokha, de cozinha indiana mais informal

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No primeiro dia, depois de fazer 5.872.974 fotos do hotel fomos jantar. O restaurante Neel Kamal é o mais formal do Hotel Taj Lake, de cozinha indiana. Ambiente lindo e um músico tocando cítara.

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Não pedi entrada. O “mimo” do Chef foi uma couve frita bem boa. Acompanhamento vegetais crus, não comi, porque é um perigo!

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O prato arroz frito com vegetais, só na pimenta, que dá aquela fritada na boca.

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Lounge do Restaurante Neel Kamal

No outro dia fomos conhecer a cidade. Primeira parada: City Palace considerado o maior palácio do Rajastão com mais de 2 hectares. Fica a menos de 5 minutos a pé do pier do Hotel Taj Lake.

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Fachada do City Palace vista pelo Lago Pichola

O Palácio da Cidade é um complexo formado por 4 edifícios e a sua construção começou com o Maharana Udai Singh II em 1559 e durou 400 anos. Hoje no complexo tem dois hotéis (almocei em um deles) e uma ala privada onde se encontra a residência do marajá de Udaipur e sua família. Na entrada a segurança é reforçada e quem está hospedado no Taj Lake recebe um cartão de “passe livre”, pode entrar e sair quando quiser, não precisa comprar o tíquete, porque o hotel também pertence ao marajá. Então fomos hóspedes de sua alteza! 🙂

Marajá é o título dos nobres da antiga civilização indiana. Seu feminino é marani. Deriva do sânscrito Maharaja e Maharani. Eram reis que governavam uma região da Índia, tinham imenso poder e fortuna. Quando os ingleses dominaram a Índia foram gradativamente perdendo o seu status. Hoje, oficialmente, não tem qualquer poder, o título é só honorário, mas culturalmente ainda exercem influência. Em acordo com o governo permaneceram com os seus palácios. Maharana era o “rei dos reis”, um título acima de maharaja que só alguns possuíam, na cidade de Udaipur tinha um deles.

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Depois do portão de entrada há um pátio interno muito bonito com fontes e portais. Em um dos corredores do pátio funcionam diversas lojas com produtos do artesanato local.

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Portal do Pátio com lojas

Na foto acima turistas desavisados: Na Índia não se mostra as pernas. A “cara” do policial ali atrás era de total desaprovação. Não é proibido andar assim, mas acho que os modos e costumes locais devem ser respeitados. A barriga, por exemplo, pode mostrar à vontade, pois não é considerada uma parte “sensual” do corpo feminino.

Continuando nossa visita, a diferença de estilos arquitetônicos e condição (aspecto) das paredes do palácio é em razão da construção ter se estendido por 400 anos, tendo passado por 22 marajás. Feito em granito e mármore na realidade são no total 11 pequenos palácios.

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Os detalhes das paredes do Palácio chegam no ápice da sua beleza no Pátio dos Pavões

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Palácio de Espelhos

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A história da Índia tem passagens fascinantes, dignas de roteiro de filme, uma delas é de que em vez de cavalos, nas batalhas os inimigos de Udaipur  usavam elefantes. Na iminência de um ataque o marajá ordenou que usassem fantasias com trombas nos cavalos para enganar o adversário. Pelo tamanho eles iriam parecer bebês elefantes e os animais adultos não atacam filhotes! Ideia genial, pena que não durou muito, a farsa logo foi descoberta.

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Uma outra história incrível desse palácio diz respeito a Galeria de Cristal, hoje em exposição em um dos seus hotéis, o Fateh. O marajá Sajjan Singh em 1877 encomendou de artesãos ingleses vários móveis em cristal. Eram sofá, mesa, cadeira, cama, aparador tudo em cristal! Porém, o marajá faleceu antes da encomenda chegar. Quando chegaram as caixas da Inglaterra ninguém da família sabia do que se tratava e também não tiveram o interesse/curiosidade de ver. Essa caixas ficaram esquecidas por 110 anos! Somente nos anos 1980 que resolveram abrir as caixas e a surpresa foi incrível, pois se tratam de artigos belíssimos que viraram peças de museu.

A Galeria fica no piso superior, uma galeria de arcos e infelizmente não pode fotografar. No térreo um salão para eventos no Hotel Fateh.

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Pinturas dos Marajás de Udaipur

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Uma amostra da galeria e a cabeceira da cama de cristal

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Foto do site: http://www.tripsavvy.com
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Foto do site:: http://www.connectrajhastan.com

Abaixo a vista da parte superior do Palácio da Cidade

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No final da visita saímos por este portal que dá acesso ao centro da cidade, ruas de comércio muito movimentadas, com aquele trânsito louco, um medo enorme de ser atropelada e amando cada minuto.

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Muito próximo do palácio se encontra o Templo Jagdish, de 1651. Um templo hindu dedicado ao Senhor Vishnu – o deus da proteção. No interior não pode fotografar. Uma pena, isso se repetiu por toda a viagem, os templos são lindos por dentro.

 

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Escada de acesso ao Templo Jagdish

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O exterior do templo é muito interessante, todo em mármore travertino formado por milhares de esculturas.

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Para entrar no pátio do templo precisa tirar os sapatos

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Depois do templo fomos conhecer o Sahelion – Ki – Bari, o Jardim de Honra das Empregadas de Serviço. Construído no Século XVIII pelo Maharana Sangram Singh para as damas reais.

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A rainha possuía 48 criadas pessoais (empregadas de serviço) e o Maharana resolveu criar um jardim para que as damas tivessem um local de descanso e lazer e principalmente se refrescarem no intenso calor do verão indiano.

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O Jardim é lindo, possui muitas fontes com esculturas em mármore, além de museu e piscina de flor de lótus.

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E aqui, mais uma vez, as fãs não me deram sossego! Saudade das indianas.

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Outra atração que visitamos na cidade foi o Pratap Memorial, no topo da colina de Moti Margi (Pearl Hill). Todos os nossos passeios foram feitos sempre com o guia e motorista que nos deixava na porta das atrações ou o mais próximo possível delas. Esta colina fica um pouco mais distante do centro e no topo encontramos uma estátua e uma bela vista. Não considero este local imprescindível, até porque o acesso não é tão fácil.

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O memorial se trata de uma estátua de bronze do Maharana  Pratap e seu cavalo Chetak, um animal muito fiel e protetor de seu dono que ficou ao seu lado até a sua morte.

Tem uma bela vista para o Lago Fateh Sagar, nome em honra ao guerreiro Rajput.

O Lago Fateh também é artificial, com 4 km² e fica ao norte do lago Pichola. Em 1680 foi inundado e refeito em 1889 com uma barragem para a visita do Duque de Connaught, filho da rainha Vitória.

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Para terminar o tour, começamos a perceber uma prática dos guias que não nos agradou, que era levar para uma “exibição do artesanato local”. Aconteceu em Delhi (primeira cidade da viagem, que vou deixar para comentar depois do Rajastão) e agora em Udaipur. O guia nos leva a uma cooperativa de artesãos que demonstram a sua atividade e depois “se você quiser” pode comprar os seus produtos. As explicações são em inglês, demoradas, em um ambiente fechado, quente e em Delhi ainda tinha cheiro de mofo. Te oferecem chá ou suco (não bebi). É extremamente cansativa e desagradável essa prática de empurrar os turistas para compras sendo visível que recebem comissões. Os produtos à venda são bem caros.

Li que é uma prática comum na Índia, inclusive com guias freelancers. Até os motoristas de tuc tuc se você bobear eles não te levam  ao destino diretamente, dão um jeito de passar em uma cooperativa ou loja parceira, onde recebem a comissão por levar compradores. Se você insiste dizendo que não quer ir, como no nosso caso, nas outras cidades, os guias “amarram a cara”.

No caso de Udaipur nos levaram em uma cooperativa de pintores, onde depois tinha a loja de artigos de pintura em papel, pergaminho, ou seda.

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Artista indiano e a sua aula de pintura com pigmentos naturais
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Loja para vender as pinturas da cooperativa

Compramos duas pinturas em seda muito bonitas, não adiantou pechinchar (como todos indicam) o artista/vendedor não baixou o preço, que era bem salgado.

No final do tour fomos almoçar no restaurante do complexo do Palácio da Cidade. Convidamos o guia para nos acompanhar como sempre fizemos em outras viagens (Turquia e Rússia), mas na Índia, diferente dos outros países, nenhum guia aceitou. Falamos então que não era necessário nos acompanhar, que o tour havia terminado, que a gente iria passear um pouco mais sozinhos e depois voltar para o hotel.

Quem disse que o guia aceitou? Ficou esperando a gente terminar de almoçar para nos acompanhar depois.

Almoçamos no restaurante do Hotel Fateh, com mais uma comida horrível para a conta. Pelo menos a vista era linda.

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Vista da nossa mesa no restaurante Café Fateh para o Taj Lake Palace

Depois do almoço insisti com o guia que queria passear sozinha com o meu marido, que o complexo era muito perto do nosso hotel, fácil de voltar e depois de muita conversa ele aceitou e foi embora. Ufa! Outra coisa que me deu agonia na viagem, a gente nunca ficava sozinho. Não tinha oportunidade de ir no comércio local com calma, por nossa conta. Desta vez eu consegui e fomos passear sozinhos pelas ruas loucas de Udaipur.

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A única loja que eu tinha anotado nas minhas pesquisas para conhecer era a Gothwall Art, na Rua Gangour Ghatt Marg, número 20. O casal de artistas proprietário é muito gentil e simpático, eles produzem todos os desenhos e também atendem na loja. O trabalho deles é lindo e comprei gravuras pintadas pelos dois. No final, claro, foto desse casal super querido!

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Como fiquei sem rúpias precisava trocar euros, então pedi para o proprietário de uma  loja de objetos (onde comprei estatuetas de Ganesha, encomenda da minha mãe, sim, eu tenho uma mãe que faz encomendas quando eu viajo) para me informar onde tinha uma casa de câmbio. Ele me informou? Não! Ele me levou lá! Só que estava fechada.

Daí ele disse que conhecia uma pessoa para trocar e nos levou. Era uma loja escondida dentro de um pátio, um ambiente escuro, com cheiro de mofo, nos fechou lá dentro com o proprietário e saiu. O dono depois também saiu para buscar o dinheiro. Ficamos sozinhos uns 15 minutos, morri de medo. Mas, deu tudo certo, trocou o dinheiro, um câmbio bem favorável. Quando saímos o dono da loja de estatuetas ainda estava lá fora nos esperando! Só que desta vez, como eu tinha comprado na loja dele, ele não me pediu gorjeta, disse que queria me levar na casa dele, para me “mostrar” para a família! Eu disse que não dava, estava atrasada e ele insistindo, então saímos correndo o marido e eu. Que gente doida credo!

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Loja onde comprei estatuetas de Ganesha

Ganesha é o deus hindu da fortuna e prosperidade. Tem cabeça de elefante.

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Templos por todos os lados

Outro detalhe: comprei muito pouco na Índia. Os artigos bons são caros, bem caros mesmo. Os baratos, na sua maioria, tem muita porcaria, mal feitos, roupas com bordados exagerados, nada a ver. Conseguir extrair algum item legal, com preço idem é um verdadeiro exercício de paciência. Os comerciantes são muito insistentes, não deixam a gente ver os produtos com calma (e olha que sou bem ligeira para compras) ficam empurrando tudo que tem na loja, nada tem preço, eles dão o preço que querem, daí tem que ficar negociando, achei uma chatice, um cansaço. Na Turquia já foi assim, mas na Índia é muito pior.

Depois dessa aventura, que foi um Krishna nos acuda, voltamos para o hotel sãos e salvos.

Estava no programa da agência fazer um passeio de barco pelo Lago Pichola, mas como o nosso hotel também faz esse passeio com os hóspedes resolvi agendar com o barquinho do hotel, achei mais charmoso do que o barco maior. Reservei para o final de tarde para ver o Sunset.

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O passeio pelo Lago Pichola é lindo, as paisagens são incríveis, a arquitetura dos prédios nas suas margens e outras construções dentro do lago o tornam fascinante, é um passeio imperdível na cidade.

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E em uma parte do lago as mulheres estavam lavando roupas e se banhando, mas o barco não passou muito perto, então as fotos não ficaram tão boas.

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E chegamos na Ilha Jagmandir onde tem o outro palácio do lago. Aqui o barco faz uma parada e descemos para visitar.

 

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O Palácio Jagmandir foi construído entre 1551 a 1652, iniciado pelo Maharana Amar Singh para ser o resort de verão da família real de Udaipur. A entrada é ladeada por elefantes de pedra. No local hoje funciona um pequeno museu e um hotel com bar e restaurante.

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O caminho de volta com o por do sol foi mágico, inesquecível. O sol estava um bola enorme de fogo, lindo demais!

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Resolvemos jantar novamente no hotel, no Restaurante Bhairo de cozinha européia, localizado no rooftop.

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O restaurante é a céu aberto e foi uma das experiências mais marcantes da viagem. Sua vista é realmente de sonho.

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A nossa mesa

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A vista das mesas – marido é o segundo da esquerda para direita

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Udaipur foi a cidade mais bonita que eu conheci na Índia. Seus lagos e palácios compõem um cenário fascinante. Andar pelas suas ruas é vivenciar o caos típico das metrópoles indianas com arte, cultura, história, arquitetura e fé que fazem da Índia um destino realmente singular.

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Índia – Impressões gerais

Estava ansiosa para começar a escrever sobre a viagem à Índia que fiz entre o final de outubro e início de novembro de 2019 para comemorar o meu aniversário de 50 anos.

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Museu Albert Hall – Jaipur

A viagem durou 9 dias inteiros. Comecei por New Delhi (1 dia) fui de avião para Udaipur (2 dias) e depois todos os outros deslocamentos de carro: Jodhpur (2 dias), Jaipur (2 dias), Agra (1 dia) e novamente New Delhi (1 dia). Ranakpur e Pushkar foram visitas (paradas) no meio do trajeto entre as cidades. Foram 1.000 km por terra. Contratei a agência Pioneer Journeys (www.viajarparaindia.com) e fiquei muito satisfeita com o serviço. Tour privativo com motorista e guia (em espanhol), entregaram exatamente o que foi contratado. Seriedade e profissionalismo.

Eu adorei a Índia! Mesmo com vários pontos negativos (já vou falar sobre eles) foi uma viagem espetacular, me sentia como em um filme! Não vou recomendar a Índia para você caro leitor pelo fato de que é um destino muito pessoal, tem que ter perfil, estudar muito, se preparar psicologicamente e acho necessário o suporte de uma boa agência. Guardo na memória lembranças maravilhosas dessa viagem, não sei se um dia irei voltar, acho que está visto, mas quem sabe o que a vida nos reserva? Não digo “nunca mais” para a Índia.

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Taj Mahal – Agra

Fiz uma viagem turística, não fui a procura da Índia espiritual. Sou católica e uma religião que tem milhões de deuses, um com cabeça de macaco, outro com cabeça de elefante mais um com quatro cabeças e quatro braços, não me diz nada. Respeito como espero que respeitem a minha crença. Também não pratico ioga ou meditação. A “energia” que dizem haver lá eu sinceramente não senti. Mas, friso novamente, embora tenha conhecido cidades e templos sagrados, não fiz um roteiro espiritual.

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Templos Jain – Ranakpur

Achei a comida horrível, mesmo não sendo vegetariana gosto muito de legumes e vegetais, por não ter carne de boi, comi cordeiro e frango. Também gosto de comida apimentada, só que lá é pimenta pura.  Quando se pede sem o condimento não tem gosto. Então, por exemplo, arroz temperado com vegetais, um prato muito comum, para mim foi impossível, a boca chegava a formigar, comi mal, até emagreci. Adoro peixe e frutos do mar, minha principal opção em viagens só que os rios na Índia são poluídos e os produtos importados não são armazenados corretamente, o risco de contaminação é alto, não é seguro comer esses alimentos. Fiquei muito mal humorada neste quesito, poucos foram os locais em que a comida agradou.

Abaixo prato com arroz e vegetais e frango, se não fosse a quantidade absurda de pimenta estaria bom. A entrada neste restaurante foi o único prato que eu realmente gostei, um queijo grelhado com vegetais e pimenta claro.

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Restaurante Suvarna Mahal – Hotel Rambagh – Jaipur

Tive uma preocupação neurótica com a higiene. Tinha muito medo de ficar doente e não conseguir aproveitar os passeios. Medo de pegar uma bactéria, passar mal, morrer, enfim, a gente lê tanta barbaridade que fica apavorada, não tinha coragem de comer nada dos buffets, inclusive de café da manhã nos hotéis que eram bem fartos e variados. Meu café da manhã se resumia a chá preto com pão e manteiga. O marido tomou suco de laranja e comeu ovos fritos. Não tive coragem. Frutas nem pensar. É preciso ter em mente que a água na Índia é contaminada, então precisa ter muito cuidado.

Como estava sempre com fome comprava nos paradores da estrada pacotes de bolacha, batata chips, chocolate, coca cola e suco em caixa ou lata. Nunca comi tanta “porcaria” em viagem como na Índia.

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Buffet de Café da manhã – Hotel Taj Lake Palace Udaipur

Em relação a prevenção o que eu fiz: 1) Só escovei os dentes com água mineral 2) Só tomava água mineral, principalmente com gás, coca cola e vinho 3) Gelo nem pensar      4) Carne de boi, não tem e nem pensar 5) Peixe e frutos do ma